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quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Oi larga na frente...

Realmente, uma pessoa para se admirar é o Falco. Luiz Eduardo Falco, presidente da OI, além de uma excelente pessoa, é um profissional como poucos.
Braço direito e esquerdo de Amaro Rolim, fundador da TAM, Falco em muito auxiliou o Comandante, na construção daquela que hoje é a maior companhia aérea brasileira. Talvez, tenha até herdado a matreirice e esperteza política de seu mentor, uma reconhecida "raposa" na condução das negociações do mundo empresarial.
A arguta capacidade de observação de Falco, que tanto o auxilia nos negócios, faz dele um criador de oportunidades. Reza a lenda, que a aviação deve a ele, a criação dos chamados "babadores usados nos aviões, que são fixados nas roupas dos passageiros com duas fitas adesivas. A idéia surgiu um dia, trocando a fralda do seu filho, ao observar a maneira como ela era adesivada.
A sua nova "tacada", apresentando a Ministra Chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, o projeto de participação no Plano Nacional da Banda Larga, coloca a OI na liderança de um processo de extremo interesse do governo federal.
A concorrência, tardiamente acordada, começa a atacar com ladainhas, reclamações e protestos.
"Tratamento privilegiado por parte do governo", "...ele foi a primeira pessoa a ficar contra a proposta e agora quer o monopólio de serviço público".
O governo, na tentativa de colocar "panos quentes" e preservar a sua posição de negociador e dono do projeto, afirma estar aberto a conversas com todas as empresas do setor.
É claro (sem querer fazer um trocadilho) que muitas propostas e negociações ainda vão acontecer. Quem sabe até um "pool" de empresas.
Mas nesse jogo, a OI já saiu com 1 x 0 e ainda conta com a vantagem do empate.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lula e os Poderes

"Não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não fazer".

"Não podemos permitir que nosso destino fique correndo de tribunal para tribunal".

Um leitor incauto pode achar que as frases fazem parte de algum discurso do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sobejamente conhecido por seu desrespeito as instituições e leis do seu país, bem como, por sua conduta ditatorial.

Mas, infelizmente, tornaram-se públicas na voz da mais alta autoridade brasileira. Na voz daquele que, por força do cargo que ocupa, deveria ser o primeiro a zelar pelo equilíbrio e respeito entre os poderes constituídos, dando exemplo inequívoco de submissão as leis e a Constituição Brasileira.

Caro presidente, quem diz o que se pode ou não fazer é a lei. Quem cria as leis, representando o interesse do povo, é o Poder Legislativo, em suas instâncias municipais, estaduais e federal. Um juiz apenas julga se elas estão ou não sendo cumpridas, aplicando a punição prevista, no caso da condenação.

O presidente Lula, afeito as frases prontas e ao discurso populista, mostra, não raras vezes, uma faceta extremamente preocupante, a de alguém que não mede os meios para alcançar o objetivo desejado.

O quase desespero em angariar os votos necessários para eleger Dilma, acaba por levá-lo a atos falhos, ou, no mínimo, impensados.

Acima de todos nós, sem distinções, está a Carta Magna, a Constituição Brasileira. Aquela que todo presidente eleito jura defender e obedecer.

Isso é democracia. A mesma democracia que permitiu à eleição de Lula, possibilitando a sempre positiva alternância de poder.

Como bem dito pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, "Nós não temos soberanos. Todos estão submetidos à lei. Todos nós estamos subordinados à Constituição"