Translate

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quando a lei não ajuda...

"O Brasil é um país amarrado a uma legislação extensa, contraditória, esgarçada, sem visão de futuro e sem planejamento". Essa frase de Ozires Silva - publicada em matéria do jornal Economia Interativa - edição nº37, reflete muito da insatisfação desse brasileiro, com os entraves provocados pela burocracia, ao desenvolvimento do nosso país.
Ozires Silva pode falar de cátedra. Hoje reitor da universidade Unimonte, foi ministro da Infra Estrutura no governo Collor e fundador da Embraer, da qual foi presidente por duas vezes.
Como exemplo, Ozires fazia uma comparação entre a China e o Brasil, que hoje, mais do que nunca é pertinente.
"Em 1998 o governador Mario Covas lança o Rodoanel de São Paulo. Na mesma época os chineses lançavam o seu, para aliviar o trânsito em Pequim. Em 2.008, os chineses já tinham prontos seis rodoanéis"
E por aqui, o que encontramos?
Essa semana, a justiça paulista determinou que a concessionária CCR, administradora do Trecho Oeste do Rodoanel de São Paulo, deve suspender a cobrança de pagamento, nas 13 praças de pedágio.
A CCR, por sua vez, emite um comunicado nos principais jornais de São Paulo, declarando que o Tribunal de Justiça de São Paulo já havia suspendido uma liminar anterior, com parecer favorável a cobrança do pedágio, enquanto se aguarda o final da ação judicial.
A Concessionária alega que tem agido dentro das normas definidas em contrato assinado com o governo do Estado de São Paulo e com a agência reguladora.
Confirma ainda, que dos R$ 2 bilhões de reais parcelados que deve pagar pela outorga, já havia quitado R$ 1,225 bilhões.
Nessa mesma semana, mais especificamente ontem, a Justiça de Guarulhos determinou a paralisação imediata das obras e projetos relacionados ao Expresso Aeroporto e do trem de Guarulhos.
Segundo a promotoria, a CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos teria apresentado em seus estudos e relatório para obtenção da licença ambiental, falhas e vícios que não permitiam a análise da sua viabilidade para o meio ambiente.
Não quero aqui discutir os méritos das questões expostas , muito menos estabelecer qual lado deva vencer.
Trata-se de quem realmente perde enquanto durar o impasse.
E quem perde somos nós. Nós que temos que trafegar por estradas intransitáveis e perigosas.
Nós que podemos levar mais de três horas para chegar ao Aeroporto de Guarulhos, suportando um trânsito infernal e poluído.
É toda uma população que pode chegar ao seu trabalho e retornar as suas casas, de uma maneira mais rápida, a um custo menor.
O produto só é caro quando não entrega aquilo que promete.
O que é melhor, caminhos seguros de uma estrada bem conservada ou a aventura dos buracos e desníveis que ninguém enxerga?
Qual é o impacto ao meio ambiente gerado por milhares de carros parados a queimar petróleo?
Qual é o custo de tudo isso?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O Big Brother da Caixa Econômica...

Uma grande notícia.

A Caixa Econômica Federal está abrindo licitação - a ser realizada através de pregão público, para a compra de imagens de satélite.

As imagens serão adquiridas para o projeto Caixa Sim Brasil Geo, que tem como um dos principais objetivos o acompanhamento das obras do PAC e do programa Minha Casa,Minha Vida.

Com isso a Caixa espera poder aumentar o poder de fiscalização das obras financiadas por ela. Gerando mais informações e reduzindo custos de constantes visitas as obras.

É o "Big Brother" sendo levado para o universo das empresas, dos negócios e principalmente para a administração pública.

Quando todo o projeto estiver concluído, será possível a qualquer um de nós, acompanhar através da internet - em "real time", cada projeto financiado com dinheiro da Caixa.

Será possível checarmos se existe laje e cimento onde antes havia mato.Sim, porque até hoje, o mais comum era o gasto de muitos milhões de reais para se chegar a conclusão que só o mato havia crescido.

Aí está a tecnologia a nos ajudar. O poder de "derrubar muros", eliminar mentiras, trazer ao conhecimento de todos, em qualquer parte, tudo que acontece no mundo. Sem censuras, no exato momento da notícia.

A camera de um telefone celular com mais poder que um fuzil. O ser humano mais comum tornando-se repórter da história.

Bola dentro da Caixa. Parabéns por tão atualizado e necessário projeto.

Que tal, como sugestão para todo o governo, lançar a TV Dilma, com um menu de programação com todas as obras do PAC?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

AmBev, um gole amargo

O Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica, aplicou uma multa de R$ 352,7 milhões a AmbBev - Companhia de Bebidas das Américas.
A condenação teve como causa um programa de relacionamento com bares, restaurantes,supermercados e mercearias, chamado "To Contigo".
Segundo o julgamento do Cade, o programa induzia os estabelecimentos participantes a darem exclusividade às cervejas da AmBev,o que acarretava em prejuízos á concorrência e aos consumidores finais.

A AmBev - dona das marcas Antártica, Brahma, Boêmia e Skol, ainda pode recorrer. Do outro lado do muro, observando com grande interesse, estão a Kaiser (Femsa) e a Schin (Schincariol).

Sem discussão de mérito, estamos falando da maior cervejaria da América Latina, líder com 68,9% de participação de mercado, reconhecida pelos seus constantes lançamentos de produtos e inovações. Claro que isso não lhe confere o direito de assumir posturas comerciais condenáveis, nem passar ao largo das leis a que está submetida.

A ocupação de um maior espaço na prateleira dos comerciantes, deve estar condicionada a fatores predominantes nos mercados de livre concorrência -preço, qualidade e atendimento. Nunca pela proibição do concorrente.

Talvez devessemos tomar isso como exemplo, para outras situações tão presentes no nosso cotidiano.

Quantas vezes não fomos pagar uma conta e somos informados que naquele estabelecimento só aceitava o cartão de crédito de bandeira X?

Ou então, ao sentarmos á mesa de um restaurante, o garçon nos avisa que a casa só trabalhava com o guaraná da marcaY?

A compra do apartamento novo com facilidades maiores, desde que optassemos pelo financiamento do banco Z?

Certamente o comerciante pode escolher os seus parceiros comerciais. Eleger quem deve ou não fazer parte das suas opções de serviços e produtos. É uma estratégia dele, do seu negócio. Soberano na sua decisão, sem coerção.

Por outro lado, cabe ao consumidor o ato final - a compra. É dele a decisão.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Um acordo "paraguaio"...

Realmente o presidente Lula é um especialista na arte de girar o prato sem balançar a sopa que está dentro.
O caldo da vez são as pretensões do presidente paraguaio sobre o excedente da energia gerada por Itaipu, levando-se em conta que o consumo do Paraguai é de apenas 5% da geração.
Fernado Lugo teve como um dos pilares da sua eleição, a revisão do Tratado de Itaipu, com duas questões básicas: a revisão de valores cobrados e a possibilidade de vender livremente o excedente da sua cota de energia. Hoje, por força do tratado, todo o excedente deve ser vendido a Eletrobrás, pelo preço fixo de U$ 45 o megawatt/hora (MWh).
Com a matreirice que anos de negociações sindicais lhe conferiram, Lula resolveu a discussão entre o Ministério das Minas e Energia e o Itamarati. Liberou o Paraguai para vender a sua energia, de uma forma gradual, diretamente no mercado livre brasileiro.
Grande ato, pouco fato.
Claro, que é do conhecimento do nosso presidente, que para reformular o tratado de Itaipu, precisam ser alteradas duas leis importantes que lhe dão suporte ( lei 5.899 e a lei 10.438).
Isso exige consentimento do Congresso brasileiro, que precisa colocar em pauta e promover as alterações necessárias. Com todas as idas e vindas, apartes e "data venias", não deveremos ter isso em discussão antes das eleições presidenciais do ano que vem. Aí........
Um outro ponto, que talvez o presidente Lugo não tenha atentado, é o da oferta e procura.
A colocação do excedente de energia paraguaia no mercado livre brasileiro, pode gerar um quadro em que a oferta é muito maior que a demanda. Com isso os preços caem.O Paraguai pode acabar levando para casa um valor até menor do que hoje tem garantido.
Está parecendo, por todo o seu retrospecto, que o forte do presidente Lugo é "dar a luz" e não negociá-la!

terça-feira, 21 de julho de 2009

A Importação do lixo

Enfim após anos de intensos esforços governamentais, parece que o comércio bilateral Inglaterra /Brasil começa a render bons frutos.
A Inglaterra acaba de incluir mais um produto na lista das exportações para o Brasil: lixo tóxico.
Quem diria que os portos brasileiros - sempre aberto às nações amigas, acostumados a receber produtos químicos e farmaceuticos, adubos, bebidas, os famosos chás, entre tantos outros produtos ingleses, estariam recebendo contêineres repletos de resíduos plásticos tóxicos.
Talvez as importações brasileiras de pneus usados chineses, tenham estimulados os ingleses a agregar esse novo item em suas exportações.
Ou será uma vingança por nos haver apresentado o futebol e hoje só serem conhecidos como a pátria do criquete ou do polo ?
Uma triste constatação da impotência ou descaso com que é tratada a fiscalização nos portos brasileiros.
O problema pode ser ainda mais grave. Foram descobertos 41 contêineres contendo lixo tóxico em portos paulistas, mas segundo levantamento feito pela Centronave e publicado pelo O Estado de São Paulo, o número de contêineres abandonados em portos brasileiros já somam 5.000.
Quantos mais podem estar repletos de lixo ou substâncias tóxicas?
Considerando-se a metragem média dos contêineres marítimos, estamos falando de quase 112.000 m² de incógnitas.
Fora os óbvios prejuizos econômicos, que vão da amarzenagem a imobilização dos equipamentos, o perigo que isso pode representar para a saúde pública é enorme.
Que o governo brasileiro seja duro e rápido nas suas atitudes. Que as nossas autoridades portuárias sejam mais eficientes na fiscalização de tudo que aqui chega.
Centenas de anos nos separam da época em que daqui tudo se levava e só a escória era trazida.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Poder e a Juventude....

O encontro do presidente Lula com os estudantes, na abertura do 51º Congresso Nacional da UNE - União Nacional dos Estudantes, mostrou que talvez alguns dos maiores valores creditados á juventude, estejam entrando no mais completo desuso.
Sempre associada a símbolos como a rebeldia, o inconformismo, paixão, luta, ideais humanitários e políticos, nossos estudantes deram uma demonstração do mais puro "peleguismo".
Parece que todas essas marcas, sempre presentes em nossa juventude, foram soterradas pelos pesos dos cofres governamentais e das estatais , que vem despejando generosos auxílios financeiros e verbas de patrocínios.
Ao invés dos gritos de ordem e protesto; aplausos e demonstrações entusiasmadas de apoio as políticas do governo.
O que está acontecendo? O mundo mudou ou a juventude não é mais a mesma?
A manutenção do "satus quo", o conforto do "não é comigo", a garantia da sobrevivência sem sustos, justifica o abandono dos sonhos e princípios?
Parece que isso, muito mais que estarrecer antigos líderes estudantis - muitos deles hoje fazendo parte dos altos postos do governo, deve provocar uma grande decepção.
E não precisamos nem voltar á época da ditadura. Há dezessete anos atrás, nossos jovens foram ás ruas, com as caras pintadas, pedindo o impeachement de Fernando Collor de Mello.
Será que não somos responsáveis por grande parte de tudo isso?
Educar acima de tudo é dar exemplos.
Quais são os exemplos dados quando deixamos nossas crianças mendigando nos faróis? Quando nos conformamos com todas as mazelas dos políticos? Quando aceitamos o suborno e o jeitinho como práticas usuais do comportamento do brasileiro ( isso quando não somos nós mesmos a praticá-los )? Quanto buscamos o sucesso pessoal a qualquer preço ?
Talvez antes de qualquer crítica feita á nossos jovens, devessemos fazer uma profunda reavaliação dos nossos valores e comportamentos.
Quem sabe não é a hora para que cada um de nós redescubra o seu "jovem esquecido"?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Amazon PC beija a lona...

Essa semana a Amazon PC deu entrada, na Primeira Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, do seu pedido de recuperação judicial, tentando fugir da falência.
Num período de apenas sete anos, a Amazon se torna o terceiro grande fabricante nacional de pcs e notebooks a "beijar a lona"
A Metron, em 2.002, foi a primeira a ter sua falência decretada. Uma empresa que apoiada no sucesso de vendas do Computador do Milhão, uma engenhosa parceria com Sílvio Santos e seu programa "Show do Milhão", alcançou em tempo recorde e pela primeira vez na história, o posto de número 1 no mercado nacional de vendas de computadores.
Em 2.007 foi a vez da Novadata, então na liderança em vendas, de solicitar o reescalonamento de suas dívidas.
Agora a Amazon aumenta a lista e começa a sua luta pela sobrevivência.
Segundo previsão da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, apesar da queda de 12% nas vendas no primeiro semestre, o mercado de computadores deve fechar o ano de 2.009 com 12 milhões de unidades vendidas, repetindo o resultado de 2.008.
Um número bastante expressivo.Considerando-se R$ 2.000 como preço médio, estamos falando de um mercado de R$ 24 bilhões/ano.
Então, qual é a razão da constante de se tornar líder em vendas, para logo depois, ter sérios problemas financeiros, chegando a concordatas e até mesmo a falência?
Variações cambiais, grande parte dos componentes importados?
Variações de mercado, as oscilações e a crise?
A concorrência desleal do chamado mercado pirata ou "cinza"?
As redes de distribuição e de assistência técnica?
Talvez o verdadeiro motivo esteja no preço a ser pago para alcançar essa liderança.
É sabido por todos do setor, que quem conquista o mercado do varejo, as chamadas grandes lojas, cadeias de hipermercado e atacados, tem estrada livre para alcançar o posto máximo.
As próprias rede de atacado acabam lançando suas "marcas próprias".
Ter essa fatia do mercado nas mãos é primordial para o sucesso. Mas, para isso, é necessário trabalhar com margens de lucratividade próximas a zero. É aí que "mora" o perigo.
Com margens tão estreitas e volumes muito grandes, qualquer variação expõe a empresa a situações de caixa complicadas. Na sequência, bancos, empréstimos, e aí sim, as variações do câmbio e baixas circunstânciais de vendas cuidam do resto.
A vida é dura até para as próprias redes de distribuição.
O Pão de Açucar informou que estará retirarando de circulação, os computadores Kennex, marca própria do Grupo.
Enquanto isso, a Dell e a HP observam a distância. Como já dizia o ditado"em rio que tem piranha..."
Hay que se pensar!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vidas que se perdem....

Mais um avião que cai.
Desta vez foi no Irã, um Tupolev - avião de fabricação russa, de manutenção reconhecidamente obsoleta, com 168 pessoas a bordo.
O avião pertencia a companhia aérea iraniana Caspian Airlines. Desconhece-se ainda as causas do acidente. Suspeitas de falhas técnicas, o que se levarmos em consideração o estado crítico que vive a aviação iraniana, tem grande chance de ter ocorrido.
Em 31 de maio tivemos queda do Airbus A330 da Air France no Oceano Atlântico, com 228 pessoas a bordo. Um mês depois - dia 31 de junho, cai no Iêmem mais um Airbus, um A310 com mais 153 mortes.
Num espaço de dois meses e meio, três quedas e 549 vidas perdidas.
A aviação, como qualquer meio de transporte coletivo, deve ter na segurança e confiabilidade de seus equipamentos e tripulação, as razões primordiais de sua existência.
Quanto mais o risco se aproxima do zero, quanto mais seguro é o meio de transporte.
E não vamos aqui colocar a máxima de que avião é o transporte mais seguro que existe, com os menores índices estatísticos. Perdas percentuais só são pequenas na matemática, para os parentes das vítimas as perdas são enormes.
Além das perdas pessoais, também existe as de ordem econômica. Nesse caso, tanto para as famílias, como também para as companhias aéreas, seguradoras e até mesmo para os fabricantes, que veem suas imagens "arranhadas" a cada avião que cai.
Porque não se cria então uma grande central de informações, disponibilizada via internet em tempo real, onde cada fabricante de avião e companhia aérea, disponibilizasse a qualquer pessoa,empresa ou orgãos controladores, dados atualizados da revisão e manutenção de cada aeronave em voo?
Uma chancela de "revisão feita na concessionária", sem a qual não seria permitido a decolagem ou pouso em nenhum aeroporto do mundo. Os espaços aéreos de qualquer nação estariam fechados as aeronaves sem os necessários documentos de vistoria.
Utopia? Já existe coisa parecida?
Não sei. Só que como dito anteriormente, estaríamos mais próximo talvez do risco zero.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Empregos crescem.Crescem?

Carlos Lupi, Ministro do Trabalho, declarou hoje que o Brasil fechou (ou seria melhor, abriu.?) o primeiro semestre de 2.009, com 300 mil novos postos de trabalho com carteira assinada.
Seria uma boa notícia, não tivesse esse número sido de 1.360.000 no mesmo período em 2.008.
Não é ruim, mas não deve servir de vento para as desfraldadas bandeiras otimistas do governo.
Outros bons dados ainda podem ser observados.
Os analistas econômicos melhoraram a projeção para a queda nesse ano do PIB (Produto Interno Brasileiro), passando de 0,55% para 0,34%. Alguns chegam até a apostar em uma pequena margem positiva, de 0,3% a 0.5%.
Os insumos domésticos estão substituindo, em parte, os importados.
A indústria se não está contratando, parou de demitir.
O consumo interno brasileiro tem mantido nossas contas sob controle.
A procura por crédito cresceu 4% em junho, superando índices pré crise ( apesar de estar aumentando a inadimplência entre as pequenas e médias empresas).
Talvez o que seja necessário mesmo, é mudar a forma de comparação.
O crescimento e os índices alcançados nos dois últimos anos, principalmente em 2.008, não serão obtidos tão cedo.
A crise começa a esboçar sinais de seu fim. Claro que a "guerra" enfrentada, como toda guerra, deixará sequelas.Será necessário todo um trabalho de reconstrução.
Mas o que precisa ficar absolutamente claro para todo mundo, é que a retomada não se dará nos mesmos patamares anteriores á crise.
Precisamos ter a consciência que será dado um passo atrás. Os números e metas devem deixar isso claro, para não nos deixar a sensação que voltaremos a mesma festa.
O salão e os convidados serão os mesmos, mas o buffet deve ser bem mais espartano.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Hospitais com saúde perfeita

O nosso Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, bem que tem lutado contra a resistência da bancada governista (incluindo o próprio PT), para aprovar a criação de fundações estatais de direito privado.
Alguns assessores do ministro anunciaram ao Conselho Nacional de Saúde, que poderiam desistir da aprovação da proposta no Congresso, mas o ministro permanece firme na tentativa de aprová-lo.
Temporão, que por ironia do destino, tem a origem do nome vinda do latim "temporanu", que significa segundo mestre Aurélio - "aquele que vem ou acontece fora ou antes do tempo", parece que está absolutamente dentro do tempo real.
As fundações estatais de direito público, possuem como principal característica, a possibilidade de contratar e demitir funcionários pela CLT, exigindo deles cumprimento de metas e padrões de desempenho.
Rio de Janeiro, Acre, Bahia, Pernambuco e Sergipe, já possuem legislação que autoriza o funcionamento das fundações.
No entanto, é em São Paulo que o sistema encontra seus melhores resultados
Criado em 1998, sob a gestão do governador Mario Covas (PSDB), aqui chamadas de OSS -Organizações Sociais da Saúde, são entidades de direito privado, com atividades dirigidas à saúde e cultura, sem fins lucrativos.
O estado entrega a gerência dos hospitais e laboratórios, para as OSS que possuam a experiência necessária na área. Mantem financeiramente esses hospitais, controlando como e onde o dinheiro público é investido Os hospitais devem atender 100% voltados para o SUS.
Todos os dados de gastos,indicadores de produção e satisfação da população, são passados ao Tribunal de Contas do Estado através de relatórios mensais.
Um dos mais brilhantes exemplos dessa parceria é o Hospital Geral de Pedreira, situado na região de Interlagos em São Paulo.
Hospital considerado de excelência pelos padrões do SUS, é administrado pela Associação Congregação da Santa Catarina, que entre outros, é proprietária também do Hospital Santa Catarina, um dos mais respeitados hospitais privados de São Paulo.
Segundo seu site, o Hospital Geral de Pedreira realizou durante o ano de 2.008, mais de 1.482.698 atendimentos, que vão de consulta a exames e cirurgias.
Uma simples divisão entre a verba recebida em 2.008 (R$ 90 milhões) e o número de atendimentos, demonstra um resultado unitário de R$ 60,00 por intervenção!
São 1.200 funcionários, 280 leitos (dentro da média padrão de 4,5/5 funcionário/leito) e uma garantia de salários e equipamentos superiores aos da administração direta.
Funcionários satisfeitos trabalham melhor, com mais atenção. Isso reflete nos próprios pacientes.
O índice de satisfação dos usuários chega a 95%.
Segundo levantamento da Secretária Estadual de Saúde, os hospitais gerenciados pelas OSS, atendem 25% mais pacientes, com gastos 10% menores que os da administração direta.
Parabéns á direção do Hospital Geral de Pedreira, parabéns ao projeto das OSS administrado pela Secretaria da Saúde. Um trabalho de muita competência.
Que tal aproveitarmos a ideia e tentar melhorar as nossas escolas agora?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Acordo ou Desemprego

Enquanto o desemprego atinge índices recordes de 9,5% nos EUA, a Alemanha busca a salvação da sua "lavoura", com um sistema de proteção ao emprego batizado de Kurzarbeit.
A manutenção da mão de obra é garantida pelas empresas, que por sua vez, podem reduzir a jornada de trabalho e os salários.
O Governo, por um período, isenta as empresas de pagar ao Estado as contribuições ao sistema de saúde, aposentadoria e seguro desemprego, que passam a ser cobertos por ele próprio.
Realmente uma ideia para se pensar do lado de cá, a terra dos impostos, que acaba sempre dobrando o custo de cada trabalhador contratado.
No entanto, a resposta que ainda nenhum país deu foi:
Quando a situação normalizar e as atividades forem retomadas, como cada trabalhador vai ser ressarcido de suas perdas?
Sairá dos novos resultados das empresas e do governos, a compensação dos sacrifícios agora suportados?
As respostas a essas perguntas certamente trarão mais conforto e boa vontade para qualquer negociação realizada.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O exterminador.....

Parece que o famoso “jeitinho brasileiro”, passou a ser incorporado ao “way of life” californiano.
Arnoldo Schwarzenegger, governador da Califórnia, tornou pública
a situação de seu estado, que não tem mais dinheiro para pagar suas contas.
Para fazer frente às dívidas, Schwarzenegger lançou os IOU - títulos de reconhecimento de dívida, que serão usados para pagar todas as despesas correntes do governo.
Os IOU - são na verdade, os chamados "registered warrant",
que se tornaram conhecidos pela sigla IOU ou popularmente I Owe You ( Eu devo a Você).
Tradicionalmente sempre representaram um
reconhecimento de dívida e um compromisso de pagamento.
O mais inusitado no processo, é que os documentos emitidos agora,
não especificam data de quitação, ficando dependentes dos saldos de caixa do governo.
A recessão californiana é grave. Alguns economistas preveem que possa
durar mais até que a do próprio Estados Unidos.
A bolha do mercado imobiliário americano atingiu profundamente a California.
Mais da metade dos empregos gerados no estado, nos últimos anos, vinham desse setor.
Ao que tudo indica, Schwarzenegger vai viver dias de popularidade e "bilheteria" baixa.
Clint Eastwood, também ator e republicano, teve melhor sorte administrando a cidade californiana de Carmel.
Os inimigos das telas dos cinemas eram mais fáceis de enfrentar. Um efeito
especial aqui e outro ali, faziam com que hordas alienígenas fossem
dissolvidas pelos seus raios laser.
Schwarzenegger mudou o rumo da sua vida, buscando o reconhecimento
do político,talvez para que o ator, que tanto sucesso fez,
fosse definitivamente sepultado.
O cuidado agora é não retornar ao passado e voltar a ser conhecido por todos os californianos como o "Exterminador do Futuro".....

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A recuperação sob ameaça

A economia mundial continua a emitir sinais contraditórios.
As bolsas oscilam como jangadas em mar revolto.
O Brasil tem recorde na balança comercial pela queda das importações- o que pode significar uma menor demanda interna, ao mesmo tempo que nossas exportações recuam 22,2%, comparando-se igual período do ano passado.
Segundo novo relatório da OMC -Organização Mundial do Comércio, a crise deve provocar uma queda maior do que se previa nas exportações dos países emergentes em 2.009. As primeiras previsões apontavam para 3% de queda. Agora ela já pode chegar a 7%.
Nos países ricos, a queda das exportações pode chegar a 14%.
O dinheiro continua sendo injetado na economia mundial, na tentativa de estancar a crise e promover a sua recuperação.
Mora aí o grande perigo, o endividamento.
Todos os planos de relançamento da economia estão baseados em aumentos das dívidas dos governos, empresas e das famílias.
Os economistas apontam o crescimento enorme do nível de endividamento.
Em 2.007 era 350% do PIB global. Hoje já está na casa dos 550%.
Só para efeito de comparação, no tão conhecido desastre de 1929, o percentual era de 250%.
Portanto, como dizia a minha avó, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Plano de gaveta

A Telefônica, na sexta passada, apresentou o seu "novo" plano de investimentos.
Antonio Carlos Valente, presidente do grupo, entregou a Ronaldo Sardenberg - presidente da Anatel, o plano de emergência para ampliar a capacidade e a segurança da rede de banda larga Speedy.
Após quatro panes sucessivas, que garantiram a Telefônica a liderança absoluta nos índices de reclamações da Anatel e do Procon, apresenta agora um plano com cara de jantar requentado.
O plano terá suporte em um investimento de R$ 70 milhões, de um total de R$ 750 milhões já orçados para investimentos em 2.009 pelo grupo.
Prevê seu trabalho em três etapas, divididas em 30, 90 e 180 dias.
Somente á partir da segunda e terceira etapa, ou seja, entre três a seis meses, é que a Telefônica começara a ampliação da capacidade da rede.
Algumas perguntas permanecem sem resposta.
Qual é o tempo real, para que os atuais clientes tenham problemas resolvidos?
As medidas iniciais irão zerar as panes?
Caso a Anatel libere as vendas do Speedy , levando-se em conta que a ampliação real só começará dentro de 90 dias, a entrada de novos clientes não aumentará os problemas?
Com certeza o que não está bom piorará. Ou não?
Primeiro deve se construir as estradas, depois chamar os carros.
Como se expande o tráfego sem acertar a rede?
Olha o bispo aí de novo gente!!

Trabalho em Brasília

Procura-se funcionário para empresa em inicio de atividade.
Otima remuneração. Salário anual - base de R$ 5.000.000 (média do faturamento de 2.008).
Curriculum necessário:
Idade 27 anos e o candidato deve experiência mínima de um(1) ano no setor de empréstimos de algum banco. Contará pontos na escolha do candidato o parentesco com a presidência do Senado Federal.
Os candidatos interessados devem se dirigir a Sacris, empresa especializada na intermediação de empréstimos consignados para funcionários do Senado - Brasília.

Atenção! Este é um anúncio de ficção. Qualquer semelhança com a realidade, será mera casualidade.