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sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Amazon PC beija a lona...

Essa semana a Amazon PC deu entrada, na Primeira Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, do seu pedido de recuperação judicial, tentando fugir da falência.
Num período de apenas sete anos, a Amazon se torna o terceiro grande fabricante nacional de pcs e notebooks a "beijar a lona"
A Metron, em 2.002, foi a primeira a ter sua falência decretada. Uma empresa que apoiada no sucesso de vendas do Computador do Milhão, uma engenhosa parceria com Sílvio Santos e seu programa "Show do Milhão", alcançou em tempo recorde e pela primeira vez na história, o posto de número 1 no mercado nacional de vendas de computadores.
Em 2.007 foi a vez da Novadata, então na liderança em vendas, de solicitar o reescalonamento de suas dívidas.
Agora a Amazon aumenta a lista e começa a sua luta pela sobrevivência.
Segundo previsão da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, apesar da queda de 12% nas vendas no primeiro semestre, o mercado de computadores deve fechar o ano de 2.009 com 12 milhões de unidades vendidas, repetindo o resultado de 2.008.
Um número bastante expressivo.Considerando-se R$ 2.000 como preço médio, estamos falando de um mercado de R$ 24 bilhões/ano.
Então, qual é a razão da constante de se tornar líder em vendas, para logo depois, ter sérios problemas financeiros, chegando a concordatas e até mesmo a falência?
Variações cambiais, grande parte dos componentes importados?
Variações de mercado, as oscilações e a crise?
A concorrência desleal do chamado mercado pirata ou "cinza"?
As redes de distribuição e de assistência técnica?
Talvez o verdadeiro motivo esteja no preço a ser pago para alcançar essa liderança.
É sabido por todos do setor, que quem conquista o mercado do varejo, as chamadas grandes lojas, cadeias de hipermercado e atacados, tem estrada livre para alcançar o posto máximo.
As próprias rede de atacado acabam lançando suas "marcas próprias".
Ter essa fatia do mercado nas mãos é primordial para o sucesso. Mas, para isso, é necessário trabalhar com margens de lucratividade próximas a zero. É aí que "mora" o perigo.
Com margens tão estreitas e volumes muito grandes, qualquer variação expõe a empresa a situações de caixa complicadas. Na sequência, bancos, empréstimos, e aí sim, as variações do câmbio e baixas circunstânciais de vendas cuidam do resto.
A vida é dura até para as próprias redes de distribuição.
O Pão de Açucar informou que estará retirarando de circulação, os computadores Kennex, marca própria do Grupo.
Enquanto isso, a Dell e a HP observam a distância. Como já dizia o ditado"em rio que tem piranha..."
Hay que se pensar!

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