Seja qual for o desdobramento que tomar o acordo com o Irã, o grande ganhador do jogo, definitivamente, foi o presidente Lula. Uma vitória que ele sabia, sob a ótica
política,que viria desde o início.
No caso de sucesso nas negociações o pedestal da glória o aguardava. Quanto ao possível fracasso, o dano em sua base de eleitores seria praticamente nulo, até mesmo pela distância do tema junto a grande maioria da população brasileira.
O resultado alcançado até agora com certeza dificultará o trabalho dos países que defendem a imposição de sanções ao Irã. Até mesmo porque as bases aprovadas estão muito perto daquelas oferecidas à negociação pelo presidente Obama.
Agora,a esperança dos EUA reside na reprovação dos detalhes do acordo pela AIEA - Agência Internacional de Energia Atômica(ONU), ou, na tradicional intransigência iraniana, sempre pronta á descumprir acordos.
Talvez, nesse exato momento, em seu salão oval, Obama esteja repetindo para os seus assessores - "Esse é o cara?"
terça-feira, 18 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Quem paga a conta?
O corte de R$ 10 bilhões nas despesas anunciado pelo governo, as portas das eleições e em fim de mandato, terá o mesmo efeito que cortar o cafezinho de um jantar caro, um gesto de cena apenas.
Pirotecnia eleitoreira, o corte deverá acontecer na área de investimentos, não no custeio e despesas da máquina administrativa.
A solução é fácil e indolor. É só apresentar a conta para o PAC. Para isso o governo não precisará tomar nenhuma medida extra, é só deixar seguir a programação truncada e ineficiente dos três anos de programa.
Entre 2007 e 2009 apenas 40,3% das obras previstas foram concluídas. Dos R$ 638 bilhões de investimento alocado até 2010, só 63,3% foi utilizado, o que representa uma "economia" de R$ 234 bilhões.
O Ministro da Fazenda Guido Mantega já prometeu - "Vamos manter todo o programa de investimentos do PAC".
Portanto, como já dito, é só deixar seguir o programa. Com certeza "sobrará" para cobrir outros tantos buracos orçamentários.
Nessas coisas do governo, sempre aparece alguém para pagar o PAC.. digo, pato.
Pirotecnia eleitoreira, o corte deverá acontecer na área de investimentos, não no custeio e despesas da máquina administrativa.
A solução é fácil e indolor. É só apresentar a conta para o PAC. Para isso o governo não precisará tomar nenhuma medida extra, é só deixar seguir a programação truncada e ineficiente dos três anos de programa.
Entre 2007 e 2009 apenas 40,3% das obras previstas foram concluídas. Dos R$ 638 bilhões de investimento alocado até 2010, só 63,3% foi utilizado, o que representa uma "economia" de R$ 234 bilhões.
O Ministro da Fazenda Guido Mantega já prometeu - "Vamos manter todo o programa de investimentos do PAC".
Portanto, como já dito, é só deixar seguir o programa. Com certeza "sobrará" para cobrir outros tantos buracos orçamentários.
Nessas coisas do governo, sempre aparece alguém para pagar o PAC.. digo, pato.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
A "amiga" França
A França continua praticando com o Brasil a política do "bate e assopra".
Ao mesmo tempo em que o presidente Sarkozy dá o seu aval para Lula prosseguir como principal interlocutor nas negociações com o Irã, torpedeia a tentativa da UE - União Européia na busca de um acordo com o MERCOSUL.
Desse jeito, os aviões não decolam e os submarinos vão ao fundo, presidente!
Pensamentos....
Ao mesmo tempo em que o presidente Sarkozy dá o seu aval para Lula prosseguir como principal interlocutor nas negociações com o Irã, torpedeia a tentativa da UE - União Européia na busca de um acordo com o MERCOSUL.
Desse jeito, os aviões não decolam e os submarinos vão ao fundo, presidente!
Pensamentos....
Ficha Limpa ou "Limpa" a Ficha?
Vencer a primeira batalha não significa ganhar a guerra. A aprovação pela Câmara do Ficha Limpa(com o possível acordo de não valer para essa eleição), é apenas o primeiro obstáculo superado, muitos outros virão. Que tal pressionar os partidos a assumirem um compromisso público de proibir os seus "fichas sujas" de se candidatarem, agora em 2010?
Pensamentos...
Pensamentos...
quinta-feira, 6 de maio de 2010
O 13º trabalho de Hércules
A crise da Grécia está apenas começando.
Os 110 bilhões de euros que a UE disponibilizou para evitar a quebra grega- que geraria um "efeito cascata" no grupo de países do euro denominados PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Spain/Espanha) - podem não ser o suficiente.
O "engessamento do câmbio" (a que todos os países da zona do euro estão comprometidos), não permite a desvalorização cambial, o que torna ainda mais difícil a situação.
Embora represente metade de toda a sua dívida, essa ajuda financeira submeterá a Grécia a um controle inviável. O que não for tomado pelo aperto dos cintos e pelo aumento dos impostos, certamente será levado pelo pagamento dos juros da dívida.
As alternativas, com o passar do tempo, vão diminuindo. O problema da Grécia não é um caso isolado e, portanto, não deve ser tratado como um ponto fora do gráfico.
Como a maioria dos títulos soberanos, tanto da Grécia como dos outros países do euro com economia debilitada, estão em poder dos bancos europeus, não é complicado de se imaginar o risco que toda a UE está correndo.
O temor pelo não pagamento das dívidas desses países, promoveria a fuga desse tipo de investimento, levando o valor dos títulos a zero e a uma quebradeira geral.
A tarefa não é fácil.
Na terra de Zeus, que tal chamar o seu filho Hércules para propor o 13ºtrabalho?
Os 110 bilhões de euros que a UE disponibilizou para evitar a quebra grega- que geraria um "efeito cascata" no grupo de países do euro denominados PIGS (Portugal, Itália, Grécia e Spain/Espanha) - podem não ser o suficiente.
O "engessamento do câmbio" (a que todos os países da zona do euro estão comprometidos), não permite a desvalorização cambial, o que torna ainda mais difícil a situação.
Embora represente metade de toda a sua dívida, essa ajuda financeira submeterá a Grécia a um controle inviável. O que não for tomado pelo aperto dos cintos e pelo aumento dos impostos, certamente será levado pelo pagamento dos juros da dívida.
As alternativas, com o passar do tempo, vão diminuindo. O problema da Grécia não é um caso isolado e, portanto, não deve ser tratado como um ponto fora do gráfico.
Como a maioria dos títulos soberanos, tanto da Grécia como dos outros países do euro com economia debilitada, estão em poder dos bancos europeus, não é complicado de se imaginar o risco que toda a UE está correndo.
O temor pelo não pagamento das dívidas desses países, promoveria a fuga desse tipo de investimento, levando o valor dos títulos a zero e a uma quebradeira geral.
A tarefa não é fácil.
Na terra de Zeus, que tal chamar o seu filho Hércules para propor o 13ºtrabalho?
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