"Negócios são negócios" - frase proferida pelo chanceler Celso Amorim, quando em visita com o presidente Lula ao Guiné Equatorial, país que é dirigido há mais de 31 anos pelo ditador Teodoro Objiang Mbsogo.
Essa foi a justificativa à imprensa e a comunidade internacional, pela atitude do Brasil em estabelecer parcerias comerciais com mais uma ditadura do mundo.
Na boca de Celso Amorim a frase adquiriu uma "leveza", um tom corriqueiro, como se fosse a normalidade das atitudes e procedimentos de qualquer outra grande nação.
Ah! Mas é claro! Negócios são assim mesmo. O importante é procurar novos mercados, novos consumidores, ampliar nossa participação no market share mundial. Crescimento a qualquer custo.
Parece que isso vale para tudo. De alimentos e matérias primas, até armas e munição.
Nesse último caso, podemos vender para os dois lados, dobrando nossas vendas, não?
Vamos fortalecer as ditaduras do mundo, afinal serão sempre clientes cativos.
De "lambuja", ainda damos uma demonstração clara para o mundo de como somos imparciais, sem preconceitos.
Grande frase ministro Amorim! Poderia usar também "...os fins justificam os meios", caberia igual, mas talvez sem a modernidade da sua.
No Quênia, o presidente Lula clamou aos quatro ventos pela democracia, mas no Guiné Equatorial...Mas para que a preocupação com esses detalhes, afinal, "it´s only business".
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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Bem observado...os negócios estão acima de qualquer ideologia. Tudo é uma questão de bom senso, se continuarmos nesse rítimo além de não podermos mais dar umas palmadinhas em nossas crianças o governo brasileiro estará comprando armas atômicas do Irã. Let it be.
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