"Nunca tive arrependimento do que fiz. Contra a ocupação, só a resistência é a resposta".
Essa frase, dita por Abdel Hadi Ghnim - um dos 477 dos 1.000 presos palestinos trocados pelo israelense Gilat Shalit - dá a exata dimensão do problema que Israel poderá ter no futuro.
Abdel, em 1989, assumiu a direção de um ônibus lotado de israelenses e o jogou em um desfiladeiro. Como saldo da sua ação 16 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas.
Condenado a 16 prisões perpétuas, o agora libertado Abdel não dá o menor sinal de arrependimento, ao contrário, dá a entender que a luta irá continuar. Nem mesmo após ter sido salvo do atentado graças ao atendimento médico israelense.
O serviço de inteligência israelense - Shin Bet - estima que 60% dos militantes palestinos libertados voltarão ao terrorismo.
Fawzi Barhoun, porta voz da facção islâmica Hamas, sinaliza que existem mais 5.000 palestinos em prisões israelenses e que não irão dar trégua até todos serem libertados.
A que custo?
Fawsi acredita que resistir a ocupação é a missão, não importando os meios a serem empregados.
Se as estimativas do Shin Bet estiverem corretas, Israel terá contra si mais 400 experientes militantes palestinos prontos para novos atentados.
Qual será a reação do povo israelense se mais filhos seus forem mortos pelos terroristas libertados?
Quantos pais, dos dois lados da guerra, ainda terão que enterrar seus filhos?
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Primo da Siemens, culpado ou inocente?
Existe alguma coisa estranha, mas muito estranha mesmo, na demissão de Adilson Primo da presidência da filial brasileira da Siemens.
A alegada "decorrência da descoberta de uma grave contravenção das diretivas da Siemens na sede nacional", pinta de preto o imenso vazio, ou seja, tudo é possível e nada é explicado.
Imediatamente surgiu uma versão, não oficial, divulgada a exaustão por todos os meios de informação, que Primo teria desviado 7 milhões de euros da Siemens, entre 2005 e 2006, para uma conta pessoal na Europa.
Esse seria mesmo o motivo?
Sob a batuta de Primo na presidência, a Siemens viu seu faturamento crescer mais de quatro vezes. Seus trinta e cinco anos de trabalho na companhia, além da experiência adquirida, deram a Primo um nível de informações e conhecimentos como muito poucos conseguiram alcançar.
Seriam 7 milhões de euros suficientes para fazer com que Primo colocasse em risco sua posição e todos os anos de dedicação a Siemens?
Ora, 7 milhões de euros são 7 milhões de euros!
Mas o que representa essa quantia no bolso do mais alto executivo de uma multinacional brasileira?
Para ajudar no nosso raciocínio, vamos aos números.
Em 2009, somente dois dos maiores bancos brasileiros pagaram R$ 500 milhões para seus principais diretores a título de bônus.
Na Vivo, em 2010, o principal posto de comando da companhia recebia R$ 3,1 milhões por ano e seus diretores amealharam algo como R$ 2 milhões de bônus.
Na PDG, no mesmo ano, o bônus médio anual dos diretores foi mais de R$ 4 milhões.
Em 2010, segundo a Towers Watson, uma das maiores consultorias mundiais na área de recursos humanos, em pesquisa com 360 companhias em atividade no Brasil, sendo 82% multinacionais, a remuneração destinada aos seus principais executivos atingiu a marca de R$ 1,7 bilhões.
No comando da Siemens há mais de dez anos, acumulando ano a ano índices de crescimento excepcionais, com bônus condizentes ao desempenho alcançado, certamente não seriam 7 milhões de euros motivos suficientes para tirar Primo dos trilhos.
Qual seria o motivo então?
Desfalque, participação da Siemens em concorrências com uso de propinas, inveja pela projeção alcançada pelo profissional. Boatos surgem de todas as partes.
Primo, na sua mineirice de São Lourenço, fecha-se em copas. Talvez até na espera do rumo que a prosa irá tomar, como costumava ouvir pelos botecos de frente para o Parque das Águas, principal atração turística daquela agradável cidade da serra.
Esperando para falar ou para esquecer.
A alegada "decorrência da descoberta de uma grave contravenção das diretivas da Siemens na sede nacional", pinta de preto o imenso vazio, ou seja, tudo é possível e nada é explicado.
Imediatamente surgiu uma versão, não oficial, divulgada a exaustão por todos os meios de informação, que Primo teria desviado 7 milhões de euros da Siemens, entre 2005 e 2006, para uma conta pessoal na Europa.
Esse seria mesmo o motivo?
Sob a batuta de Primo na presidência, a Siemens viu seu faturamento crescer mais de quatro vezes. Seus trinta e cinco anos de trabalho na companhia, além da experiência adquirida, deram a Primo um nível de informações e conhecimentos como muito poucos conseguiram alcançar.
Seriam 7 milhões de euros suficientes para fazer com que Primo colocasse em risco sua posição e todos os anos de dedicação a Siemens?
Ora, 7 milhões de euros são 7 milhões de euros!
Mas o que representa essa quantia no bolso do mais alto executivo de uma multinacional brasileira?
Para ajudar no nosso raciocínio, vamos aos números.
Em 2009, somente dois dos maiores bancos brasileiros pagaram R$ 500 milhões para seus principais diretores a título de bônus.
Na Vivo, em 2010, o principal posto de comando da companhia recebia R$ 3,1 milhões por ano e seus diretores amealharam algo como R$ 2 milhões de bônus.
Na PDG, no mesmo ano, o bônus médio anual dos diretores foi mais de R$ 4 milhões.
Em 2010, segundo a Towers Watson, uma das maiores consultorias mundiais na área de recursos humanos, em pesquisa com 360 companhias em atividade no Brasil, sendo 82% multinacionais, a remuneração destinada aos seus principais executivos atingiu a marca de R$ 1,7 bilhões.
No comando da Siemens há mais de dez anos, acumulando ano a ano índices de crescimento excepcionais, com bônus condizentes ao desempenho alcançado, certamente não seriam 7 milhões de euros motivos suficientes para tirar Primo dos trilhos.
Qual seria o motivo então?
Desfalque, participação da Siemens em concorrências com uso de propinas, inveja pela projeção alcançada pelo profissional. Boatos surgem de todas as partes.
Primo, na sua mineirice de São Lourenço, fecha-se em copas. Talvez até na espera do rumo que a prosa irá tomar, como costumava ouvir pelos botecos de frente para o Parque das Águas, principal atração turística daquela agradável cidade da serra.
Esperando para falar ou para esquecer.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Mr. Steve "Disney" Jobs
Hoje, a cada milésimo de segundo, os veículos de informação e as redes sociais estão sendo tomadas de assalto por milhões de post, e mails e depoimentos sensibilizados de um contingente impressionante de fãs e adoradores de Steve Jobs.
Uma morte que apesar de estar aguardada por todos, provocou uma das maiores comoções digitais que a mídia já teve conhecimento.
O gênio inventivo, a inteligência aguçada, a capacidade infinita de se comunicar e o poder de traduzir os mais loucos sonhos digitais em realidade ao alcance dos dedos, fizeram de Steve Jobs, um ser tão próximo a todos e a vida de cada um, que passou a fazer parte da família.
Mas será que não existe um exagero grande nessa reação?
Afinal, Jobs era tão imprescindível assim? Suas criações foram tão decisivas para a vida de tantas pessoas? Qual é a razão de tanta loucura?
De repente me vejo criança. A data era 15 de dezembro de 1966 e eu ouvia inconformado o locutor da rádio informando que acabara de morrer Walter Elias Disney, Walt Disney.
Mas como era possível? pensava entre uma lágrima e um soluço. Como ele podia ter deixado órfãos milhares de crianças no mundo inteiro? Choravam o Mickey, Pato Donald e Pinóquio, Branca de Neve abraçava desesperada os Sete anões e a Cinderela se recusava a abandonar o seu castelo.
Seria o fim da magia que a cada história me transportava para um mundo de alegria e diversão? Todos esses amigos do imaginário iriam morrer também?
A recordação daquele momento traz a resposta as minhas indagações.
A semelhança entre as duas situações, mais do que a doença que levou os dois, reside exatamente no mundo que cada um deles criou ou possibilitou acessar.
Assim como aquela criança que fui, feliz por poder me transportar para o convívio dos meus personagens preferidos, os equipamentos criados por Jobs muito mais que facilitar a vida das empresas e das pessoas, permitiu com que cada um de nós pudéssemos nos transportar para um mundo de amigos em redes universais, um mundo em que nos tornarmos personagens da nossa própria história.
Hoje, para tristeza de todos, Branca de Neve e a maça estão unidas em mais uma história.
Vamos esperar a chegada de um novo príncipe para mais uma vez acordar cada menina e menino que existe dentro de nós.
Uma morte que apesar de estar aguardada por todos, provocou uma das maiores comoções digitais que a mídia já teve conhecimento.
O gênio inventivo, a inteligência aguçada, a capacidade infinita de se comunicar e o poder de traduzir os mais loucos sonhos digitais em realidade ao alcance dos dedos, fizeram de Steve Jobs, um ser tão próximo a todos e a vida de cada um, que passou a fazer parte da família.
Mas será que não existe um exagero grande nessa reação?
Afinal, Jobs era tão imprescindível assim? Suas criações foram tão decisivas para a vida de tantas pessoas? Qual é a razão de tanta loucura?
De repente me vejo criança. A data era 15 de dezembro de 1966 e eu ouvia inconformado o locutor da rádio informando que acabara de morrer Walter Elias Disney, Walt Disney.
Mas como era possível? pensava entre uma lágrima e um soluço. Como ele podia ter deixado órfãos milhares de crianças no mundo inteiro? Choravam o Mickey, Pato Donald e Pinóquio, Branca de Neve abraçava desesperada os Sete anões e a Cinderela se recusava a abandonar o seu castelo.
Seria o fim da magia que a cada história me transportava para um mundo de alegria e diversão? Todos esses amigos do imaginário iriam morrer também?
A recordação daquele momento traz a resposta as minhas indagações.
A semelhança entre as duas situações, mais do que a doença que levou os dois, reside exatamente no mundo que cada um deles criou ou possibilitou acessar.
Assim como aquela criança que fui, feliz por poder me transportar para o convívio dos meus personagens preferidos, os equipamentos criados por Jobs muito mais que facilitar a vida das empresas e das pessoas, permitiu com que cada um de nós pudéssemos nos transportar para um mundo de amigos em redes universais, um mundo em que nos tornarmos personagens da nossa própria história.
Hoje, para tristeza de todos, Branca de Neve e a maça estão unidas em mais uma história.
Vamos esperar a chegada de um novo príncipe para mais uma vez acordar cada menina e menino que existe dentro de nós.
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