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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A troca de Israel

"Nunca tive arrependimento do que fiz. Contra a ocupação, só a resistência é a resposta".
Essa frase, dita por Abdel Hadi Ghnim - um dos 477 dos 1.000 presos palestinos trocados pelo israelense Gilat Shalit - dá a exata dimensão do problema que Israel poderá ter no futuro.
Abdel, em 1989, assumiu a direção de um ônibus lotado de israelenses e o jogou em um desfiladeiro. Como saldo da sua ação 16 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas.
Condenado a 16 prisões perpétuas, o agora libertado Abdel não dá o menor sinal de arrependimento, ao contrário, dá a entender que a luta irá continuar. Nem mesmo após ter sido salvo do atentado graças ao atendimento médico israelense.
O serviço de inteligência israelense - Shin Bet - estima que 60% dos militantes palestinos libertados voltarão ao terrorismo.
Fawzi Barhoun, porta voz da facção islâmica Hamas, sinaliza que existem mais 5.000 palestinos em prisões israelenses e que não irão dar trégua até todos serem libertados.
A que custo?
Fawsi acredita que resistir a ocupação é a missão, não importando os meios a serem empregados.
Se as estimativas do Shin Bet estiverem corretas, Israel terá contra si mais 400 experientes militantes palestinos prontos para novos atentados.
Qual será a reação do povo israelense se mais filhos seus forem mortos pelos terroristas libertados?
Quantos pais, dos dois lados da guerra, ainda terão que enterrar seus filhos?

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