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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Uma situação Lewandowskiniana

O resultado do julgamento da partida entre o Palmeiras e o Internacional marcado para esse mês pode do ponto de vista prático, não modificar absolutamente nada.
O abatimento moral da equipe alviverde é tão grande, que a cada partida a queda para a série B do campeonato brasileiro parece mais próxima.
Mas... existe sempre um mas, o julgamento que pode não ajudar o Palmeiras, com certeza abre um discussão que pode provocar mudanças e jurisprudência importantes no futebol.
A alegação palmeirense é de erro de direito. O árbitro Francisco Carlos Nascimento após validar o gol do atacante Barcos, voltou atrás ao ser alertado pelo quarto árbitro que o gol teria sido feito com a mão, portanto ilegal.
Até aí tudo normal, não fosse o fato de que o quarto árbitro teria obtido a informação através das imagens da televisão, coisa que não é permitida pela FIFA.
O irônico é que há duas semanas, em um jogo do campeonato italiano, o atacante Klose do Lazio, ao fazer um gol com a mão, também confirmado pelo árbitro, confessou a infração em tempo de o gol ser anulado. Seu time perdeu a partida para o Napoli por 3 x 0.
Claro que Klose é alemão e o Barcos argentino, terra de Maradona o inventor da “Mano de Dios”.
A situação do STJD é complicada.
Caso haja a confirmação da interferência externa na anulação do gol, o STJD deve, pelas regras da FIFA, anular o anulado, ou seja, dar ganho de causa ao Palmeiras, cancelando o resultado e provavelmente promovendo uma nova partida.
Isso após todas as imagens das televisões comprovarem que o gol foi realmente feito com a mão, portanto, seria absolver uma ilegalidade com provas irrefutáveis.
Realmente uma situação que só mesmo o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, poderia dar um jeito.
Para os que conhecem os meandros do STJD, a aposta é que a tática a ser usada será “empurrar com a barriga” o julgamento, torcendo a cada jogo para que o pesadelo palmeirense seja confirmado, evitando assim uma decisão que provavelmente levaria meses para ser resolvida.
Para os apaixonados torcedores do futebol, o erro humano sempre fez parte do esporte. É material combustível para as discussões nas mesas dos bares, para as tradicionais gozações com os perdedores. Não existe máquina do tempo que possa voltar e corrigir erros cometidos no passado.
Senão, vejamos.
Barcos, ao colocar a mão na bola para marcar o gol, tentou ludibriar o árbitro, tentativa que pelas regras garantem a aplicação de cartão amarelo para o infrator.
Caso o árbitro Francisco Carlos Nascimento tivesse aplicado o cartão, seria o terceiro cartão amarelo de Barcos, o que o retiraria automaticamente da partida seguinte contra o Botafogo, jogo em que o atacante fez os dois gols no empate com o alvinegro carioca.
Caberia ao Botafogo recorrer contra o resultado no STJD?









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