Hoje, dia 29/10, Dia do Livro, a palavra imprensa perde mais um espaço.
A morte anunciada é confirmada e o Jornal da Tarde (JT) do grupo Estado é descontinuado.
Melancólico final de um jornal que foi um marco na imprensa paulistana.
Infelizmente não será o último. Outros certamente seguirão o mesmo caminho.
Enquanto continuarmos discutindo o meio ou a forma e não o conteúdo, a solução será a mesma.
Não são os meios digitais que estão matando o jornalismo impresso, assim como a televisão não matou o rádio.
As pesquisas de opinião pública sempre colocaram o jornal como o veículo de maior credibilidade. Então o que mudou?
Talvez tenha sido o fato de acreditar que o grande inimigo era a internet, quando o real perigo morava dentro de casa.
Se o maior patrimônio dos jornais é a credibilidade, esse é o grande trunfo, esse é o diferencial que as outras mídias não conseguiram conquistar.
Não é a instantaneidade da informação, mas a sua confiabilidade.
O público não quer ver nas páginas do jornal a informação já vista nos sites ou nos telejornais.
O que ele quer, o que ele necessita, é saber de que maneira essa informação vai interferir na sua vida.
Claro que um novo modelo administrativo e de negócios precisa ser concebido. Novos caminhos publicitários precisam ser apresentados.
A fuga dos tradicionais anunciantes do chamado "papel impresso" não é de hoje. E como é sabido pelas pessoas do meio, o chamado varejo de automóveis e imobiliário - grandes frequentadores das páginas dos jornais - com seus descontos astronômicos, jamais ajudaram a fechar a conta.
Não entra dinheiro, demitem-se os jornalistas mais competentes e as redações são entregues para um pessoal mais junior.
Perde-se com isso a memória, perde-se a capacidade de interpretar a informação, perde-se o bem mais precioso, perde-se a Credibilidade.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
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