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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Russomano e a cabeça do eleitor

Cabeça de eleitor e bolsa de mulher a gente nunca sabe o que tem dentro.
Nem mesmo os institutos de pesquisa.

O que poderá ter acontecido para que Celso Russomano, líder disparado nas intenções de voto durante toda a campanha política, tenha ficado tão somente com a terceira posição?

Uma campanha apoiada basicamente pelo seu “carisma de apresentador de programas de televisão” e catapultada pela Igreja Universal, mais que um grupo de fé, um dos mais poderosos grupos de comunicação brasileiros.
Essa associação, do mesmo jeito que o conduziu a liderança isolada, pode ter sido o fator decisivo para alijá-lo do segundo turno.
Lá vão três razões:

1 – os outros veículos de comunicação, depois da inércia inicial, perceberam os danos que poderiam ser causados ao seu negócio com a associação entre a fé, comunicação e governo de uma cidade que representa o maior mercado anunciante brasileiro.

2 – os candidatos adversários vendo Russomano - após o inicio da campanha na televisão- subir cada vez mais na pontuação (ao contrário da previsão de todos os marqueteiros de plantão), resolveram na reta final, já com o apoio da mídia desperta, começar os ataques diretos para desconstrução da candidatura adversária.

3 – a igreja católica. Essa talvez tenha sido a primeira a perceber o perigo representado pela vitória de Russomano e da
Igreja Universal. Ao ver a grande aliança de igrejas que estava se formando em apoio ao candidato, partiu para o confronto, não sem antes convocar toda a horda de arcanjos, querubins e agregados. Como a maioria da população brasileira é católica, apesar de fazer uma “fezinha” na umbanda, espiritismo, pentecostais, judaísmo e outras tantas, a candidatura de Russomano sofreu um abalo comprovadamente irreversível.

Afinal esse é um país onde os próprios ateus estão sempre a pedir a ajuda divina, não é?

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