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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A loteria dos economistas

O novo pacote de estímulos ao crescimento econômico, anunciado pelo ministro da Fazenda - Guido Mantega causou divergências entre os economistas.
Parte deles acredita que os estímulos fiscais já fizeram a sua parte, que o consumo está fortalecido e que - a sua continuidade pode fazer mais mal do que bem, para a política monetária.
Na oposição estão aqueles, que acham que o mercado ainda não está forte o suficiente, para dispensar as medidas de apoio. Sustentam que o governo deve enfatizar, também, os incentivos para os bens de capital - os que fazem a produção andar.
Os economistas, desde a hecatombe de Wall Street - que os deixou completamente expostos passaram a evitar o consenso. Na loteria econômica, os palpites são duplos ou triplos.
Para nós - pobre mortais, só nos resta à dúvida de qual jogo apostar. É como se fossemos um paciente, preso a um leito de hospital - todo entubado, cercado por uma junta médica, discutindo se deviam tirar ou não os tubos.
Além da angústia por desconhecer qual é o melhor caminho, o paciente é levado ao desespero, só imaginando o tamanho da conta do hospital, que terá que pagar no futuro.
Esse é o lado grave da questão. O governo parece não dar atenção aos gastos públicos, que veem aumentando em uma velocidade muito perigosa.
A equação, que soma os investimentos necessários para fazer o país andar, ao crescimento dos gastos públicos, pode resultar em uma conta, que o Brasil não está preparado para pagar.
Dessa forma, além de não salvar o paciente, gerará um débito enorme, para toda a família ter que quitar.

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