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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fiat Lux no Brasil da Dilma Rousseff

O conhecimento da presidenta Dilma Rousseff do setor elétrico brasileiro nos faz crer que ela tenha o estofo necessário para desembrulhar o nó existente no setor, conduzindo a um bom caminho a necessidade de expansão da oferta de energia que o nosso desenvolvimento nos impõe.
O tamanho dos investimentos necessários, mesmo antes do corte orçamentário de R$ 50 bilhões, é muitas vezes superior a capacidade brasileira. O Brasil não tem caixa para custear todas as despesas demandadas. Portanto, os investidores externos, mais que bem aceitos, são imprescindíveis.
Como atrair esses investidores, se não remuneramos adequadamente o capital desejado?
Segundo uma importante empresa do setor, o governo brasileiro vem mantendo artificialmente baixo o valor das tarifas pagas aos geradores.
Isso, associado a uma carga tributária que pode chegar a 44%, desestimula a participação das empresas geradoras de energia nos leilões do governo.
O que se vê é a presença constante de grupos formados por construtoras, que por força do próprio "core business", podem perder em uma ponta para ganhar em outra.
O capital não aceita desaforo e as empresas do setor elétrico não estão dispostas a arcar com o chamado "custo Brasil".
A outra questão a ser resolvida é o tempo de construção e ativação das usinas hidroelétricas.
Razões financeiras, logísticas e até ambientais, impedem a rapidez na sua execução das obras necessárias, o que aumenta a distância entre a demanda e a oferta.
Talvez o Brasil precise construir mais usinas menores, até mesmo aquelas que empregam o gás como força motriz, para poder abastecer o mercado consumidor até que as maiores estejam prontas.
Apesar de serem consideradas nocivas ao meio ambiente, as usinas a gás podem ser uma alternativa. A matriz energética brasileira é extremamente limpa e mesmo com a utilização pontual do gás, estaremos ainda muito longe dos índices nocivos europeus.
A outra alternativa é a energia eólica. Com os atuais conflitos nos países árabes e a alta no preço do petróleo, a energia eólica volta a ter seus custos competitivos.
No Brasil, vento e espaço nunca faltam.

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