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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

As lições de uma derrota

Desta vez vamos falar de futebol, o fálico orgulho nacional, o brio e afirmação da grande maioria dos brasileiros.
Claro, o tema predominante é a queda do Santos diante do poderosíssimo time do Barcelona, ou talvez para cutucar um pouco mais a nossa vaidade, do argentino Messi.
Porem precisamos colocar as coisas nos devidos lugares e buscar a perspectiva correta dos acontecimentos.
Que o Barcelona é uma máquina mágica de jogar futebol não existe nenhuma dúvida. Que o Messi é o maior jogador (de clube) do futebol mundial atual, também não. De clube sim, pois, Messi jamais conseguiu repetir o seu futebol-maravilha na seleção argentina. Tenho minhas dúvidas se um dia conseguirá fazê-lo.
Nesse mister, na Argentina, somente um, Maradona, esse sim um incomparável.
Voltando ao Santos, a equipe que disputou a final com o Barça, independentemente da enorme capacidade de jogar futebol de Neymar, está muito longe de representar o futebol brasileiro.
Muitos dirão, não foram eles campeões da Libertadores, credenciando-se para essa disputa final?
Foram sim, é verdade. Mas o time que disputou a Libertadores, ao contrário da equipe do Barcelona, sofreu grandes transformações em relação ao campeão da etapa sulamericana da competição.
Dois jogadores importantes taticamente para a conquista da Libertadores foram embora. Zé Eduardo seguiu para o Genoa e Maikon Leite voltou para o Palmeiras.
Elano, após a recuperação de uma contusão complicada, não mais conseguiu repetir o seu eficiente futebol.
E o Ganso, esse já é um caso à parte.
A culpa, nesse caso, já não pode nem ser atribuída à grave contusão sofrida. O Ganso, que hoje entra nos gramados para defender as cores santistas, já abandonou internamente a camisa do Santos há muito tempo.
O time que entrou em campo para disputar a final com o Barcelona foi o décimo colocado no Campeonato Brasileiro, recém vencido pelo Corinthians.
Somou 15 derrotas na competição, perdendo para equipes como Figueirense e o Atlético Goiano, que apesar de não ter feito 4 gols como o Barça, venceu por 2 x 0 aos santistas.
O Santos perdeu até do Atlético do Paraná, time que acabou sendo rebaixado no campeonato brasileiro.
Posto isso, acredito que a verdadeira lição que podemos aprender com essa final é que uma grande equipe não se faz da noite para o dia. É preciso planejamento, persistência e muito, mas muito comprometimento.
Afinal, até para se fazer mágica é necessário treinar, repetir até a exaustão o mesmo truque.

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