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terça-feira, 25 de agosto de 2009

E agora, Aloísio.....

Senador Aloísio Mercadante, que confusão você se meteu!

Decisão tomada , a permanência na liderança do partido, conversa de pé de orelha com o presidente, um companheiro de mais de 30 anos como você mesmo discursou. Será?
Senão vejamos.

Primeiro, a atitude de se opor as diretrizes do partido, ao discursar contra o arquivamento dos processos de Sarney, ao mesmo tempo que agradava uma ala dissidente do PT, colocava contra a sua pessoa todos os membros fieis às ordens partidárias.

Depois foi a revogação do irrevogável. Com isso, quem estava a favor ficou contra. Já quem estava contra, não se unirá mais em torno de sua provável candidatura.
No primeiro caso, dava uma demonstração inequívoca de que ainda existia nos quadros do PT, pessoas com a sensibilidade necessária para representar os interesses da grande maioria da população brasileira.Poderia até, em caso extremo, abandonar as fileiras do partido, sendo recebido como herói pelos partidos da oposição. E o que melhor, em paz com a sua consciência.

Com a atitude tomada, certamente tornou suas chances de ser eleito candidato pelo PT a reeleição muito pequenas. Como também tornou difícil sua aceitação por um outro partido de expressão. Afinal, a fraqueza demonstrada pela sua rendição, deixa no ar um certo aroma de covardia.
Dizer que é um soldado do partido, que não abandona um companheiro na luta, são expressões que soam um pouco antigas e sem sentido nesse caso.

Escolher um partido é comungar ideais. Se os ideais se tornam divergentes, ou usamos o nosso peso político para que o partido retorne ao caminho certo, ou partimos em busca de um novo espaço de trabalho.
Fidelidade é uma avenida de duas mãos.


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Que tristeza companheiro...

Nunca fui um eleitor do PT,mas acompanhei os primeiros passos do nascimento do partido, suas lutas e ideais, diretrizes e princípios que pareciam amalgamados no mais puro aço.

A frente de todas as ações, oferecendo o seu peito à bala, seu carismático líder sempre destemido, enfrentando o chamado "poder militar", com a mesma bravura de um Don Quixote em carga contra seus moinhos de vento. Ao seu lado não um Sancho Pança, mas grandes nomes do pensamento brasileiro.

Assim o partido conquistou o seu espaço. Pouco a pouco, passo a passo.Uma prefeitura aqui e outra lá, como se treinasse para uma posição maior.

E ela chega na forma da presidência do Brasil.

Confesso que no fundo eu até queria acreditar que algo novo poderia surgir, uma prova que eu estava errado, com medo e aflições infundadas. A esperança de uma nova geração política, ética e em busca de novos valores e de uma nova verdade.

As minhas aflições se mostraram justificáveis.

Aquele combativo líder, até então fiel aos seus princípios e ideologia, ao assumir o poder se transforma. Esquece do porque lutou e passa a lutar pelo que conquistou. É o poder fazendo mais uma vítima.

Um homem que teve ao seu lado, companheiros de uma grandeza de Betinho, Florestan Fernandes e Hélio Bicudo, alia-se agora á aqueles que sempre combateu.

Na luta para se manter no poder, sob a escusa de estar criando um novo mundo para o seu povo, agrega como aliados e "irmãos" de infância, José Sarney, Fernando Collor de Melo e Renan Calheiros.

Submete o seu partido a constrangimentos que jogam ao ralo, todas as noções básicas de ética, decência e princípios.

Para acalmar a consciência em crise de seu líder na Camara, usou a frase " ... em política não existe a palavra irrevogável". Será que também aplica o pensamento para os desvios da sua trajetória?

O PT no poder faz o mesmo caminho que todos os outros partidos que ele sempre criticou.

Os jovens que carregavam a sua bandeira da esperança, hoje lotam as páginas do twitter com mensagens de repúdio e desilusão.

Seus aliados de hoje são mesmos, que durante anos e anos, expuseram o povo nordestino a miséria, a fome e a servidão.

Para manutenção do seu projeto de poder, quantos homens do partido ainda deverão ser queimados? Quantos filhos do PT esse pai vai abandonar?

Companheiro, quando você se olha no espelho, qual Lula você enxerga?

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Marina, uma consciência ética..

A saída da senadora Marina Silva do PT, dá uma demonstração irrefutável de que ainda existe luz no fim do túnel.
Ética, correta, sem intrigas ou acusações, Marina sai deixando claro que os caminhos escolhidos pelo PT, não são os mesmos que ela quer percorrer.
Fundadora do partido, integrante de lutas desde a sua origem, Marina talvez tenha chegado ao limite entre a emoção e a razão, ou melhor, a consciência.
Sempre participativa, teve seu trabalho, à frente do Ministério do Meio Ambiente, muito pouco apoiado pelo governo e pelos próprios integrantes do seu partido.
Todas as manobras do governo e do PT para proteger a candidatura da ministra Dilma a presidência, construindo acordos inaceitáveis até para alguns membros do próprio partido, acrescentaram a gota de água que faltava.
Provavelmente outras baixas serão acrescentadas nas fileiras do PT. Quem sabe os senadores Tião e Jorge Viana, tão amigos de Marina.
Flávio Arns já declarou na Comissão de Ética que está se retirando do partido - aliás, essa Comissão pode ser tudo, menos ética.
A situação de Aloísio Mercadante também é muito incomoda. As posições por ele defendidas - contrárias as determinações do PT, levaram-no a renunciar a liderança do partido. Após uma conversa de "pé de orelha" com Lula, ele voltou atrás, permanecendo na liderança. Essa atitude pode afastá-lo da candidatura para a reeleição em 2.010.
Do outro lado do balcão, no quesito ética, a oposição também recebeu uma nota baixa.
O PSDB aceitou rápido o acordo para arquivar o processo contra o senador e líder do partido Arthur Virgílio.
Perdeu uma grande oportunidade de exigir a total apuração do caso, dando assim um exemplo de lisura na sua conduta.
Para quem almeja seguidores, os exemplos (bons) são sempre necessários.
Enquanto isso, continuamos a observar e conviver com a violência e desrespeitos a ética, moral e cidadania.
Vida longa a nossa morena Marina. Vida longa a Marina Silva!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sarney e a sua "redação"....

A cada dia que passa, José Sarney mais se envolve na barafunda das suas explicações e frases descabidas.
Ao responder essa semana no Senado, as acusações de compra de apartamentos em São Paulo, saiu-se com a seguinte pérola: " nem eu nem meus colegas senadores devemos explicações sobre compra de qualquer coisa que usemos na vida".
Vindo de uma pessoa pública, representante do povo, essa frase gera perplexidade em qualquer eleitor razoavelmente informado.
É do conhecimento de todos no Senado, que Sarney contratou uma equipe de quinze jornalistas, para fazer frente ao que ele chama "campanha infame e mal intencionada da mídia".
Pois bem, essa "quase redação", ou não está conseguindo controlar as atitudes do senador,ou não está executando o seu trabalho com a devida competência.
Todas as respostas de Sarney, ao invés de apagar, só tem colocado mais lenha na fogueira.
Por mais que possa nos parecer líquida e certa a associação da família Sarney com a construtora Holdenn - que tem conseguido contratos do governo na área que Sarney possui notável ingerência, até agora nenhum documento apresentado é prova cabal para condenar Sarney.
Não provam a propriedade do senador.
O filho tem a cara do pai, o gênio do pai, o jeito do pai. Mas se não for apresentado junto com o exame de DNA, nenhum juiz vai conceder a paternidade.
Seria muito mais simples para José Sarney, exigir o que qualquer pessoa acusada de algum crime exige: que seja provada a culpa. Claro e simples.
Ou como diria a ministra Dilma e o presidente Lula - que seja mostrada a agenda!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O "bafo no cangote" dos bancos

O Banco do Brasil chega a marca de R$ 598,8 bilhões em ativos e volta a ocupar a liderança entre os bancos brasileiros. Um crescimento de 43% sobre o 1º semestre de 2.008.
O Itaú Unibanco, que retorna a segunda posição, acompanha muito de perto, com R$ 596,4 bilhões.
Dois são os fatores apontados para esse resultado do Banco do Brasil - o aumento na captação de recursos e a expansão na carteira de crédito.
Na captação de recursos a injeção de dinheiro público teve uma participação preponderante. Também foi do governo o comando para irrigar as fontes de crédito, aumentando as linhas de crédito.
Essa operação gerou críticas da concorrência, que alegou que os spreads ( diferença entre as taxas que o banco paga para captar o dinheiro e as taxas que ele cobra para emprestá-lo )praticados pelos bancos públicos eram insustentáveis. São??
No ranking do ROE - retorno sobre o patrimônio, o Banco do Brasil conserva também a liderança com 12,9%, seguido do Bradesco com 11,2% e do Itaú com 10,1%.
Traduzindo, o Banco do Brasil não só possui ativos maiores como também uma melhor rentabilidade. Fazendo uma coisa que talvez a maioria tenha esquecido, emprestar dinheiro para quem precisa.
Não é essa a missão dos bancos?
Claro que tudo não é como o nosso Ministro da Fazenda vitoriosamente proclama . A distância entre o Banco do Brasil e o Itaú de R$ 2,4 bilhões está mais para "um bafo no cangote" do que para " ...eles vão comer poeira" .
Vamos aguardar os próximos lances dessa disputa. Em briga de cachorro grande, quem ganha é o veterinário.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Uma banqueta de 3 pés...

A quem interessa um Legislativo fraco?

O povo brasileiro, a cada dia que passa, encontra-se mais desiludido com os seus(??) representantes no Legislativo.

Corrupção, conchavos, acertos e prevaricações, sempre fizeram parte do cotidiano dos lídimos "homens do povo".

Hoje a exposição é ainda maior.Uma verdadeira enxurrada de mazelas e desmandos.

Para dar uma resposta aos brados da população, elegeu-se um culpado na função de ovelha oferecida ao sacrifício, como se a sua eliminação carregasse todos os males do mundo.

E a ovelha, que todos nós sabemos ser na verdade um velho lobo, começa a berrar: "...olha gente, eu não sou a única, aqui somos todas ovelhas!".

Berros para o povo e aviso para os seus iguais "...somos um castelo de cartas, se eu cair....."

O Executivo corre em auxílio. Convoca todos os seus cavaleiros para a defesa. E como nos filmes sobre a Máfia avisa que cobra lá na frente. Pensa que manter o Legislativo submisso, devedor de seus favores é a estratégia mais adequada ao seu projeto de perpetuação do poder.

Rapidamente é montado um "juri especial", trazendo para a presidência um obscuro e desconhecido político, que no ocaso da vida, sem nada à perder, enxerga a sua chance de brilhar.

Sua missão. Controlar uma imensa pá para enterrar nos arquivos qualquer denúncia contra a presidente do Senado e seus correligionários.

Do lado de cá, sentados na platéia do circo, estamos nós, olhando impotentes todo o desenrolar dessa pantomima.

A cada encenação mais distantes ficamos da sua compreensão. Gradativamente passamos a achar que aquilo não tem jeito e por não ter solução é melhor esquecer, deixar de lado e seguir com as nossas vidas. Como se isso fosse possível.

O povo precisa acreditar em suas lideranças.

O país precisa contar com as suas instituições fortes, independentes, soberanas.

O equilíbrio entre os Três Poderes é fundamental para o desenvolvimento da nação. Um não pode prescindir do outro. É no conjunto que se encontra a força.

Certa vez, na minha adolescência às voltas com meus estudos de desenho geométrico, querendo mostrar a um tio todo o meu conhecimento, disparei a queima roupa:

" - Tio, você sabe que três pontos são necessários e suficientes para determinar um plano?"

Meu tio, velho marceneiro de profissão, pouco estudo mas uma inteligência e perspicácia de dar inveja a qualquer bacharel, com um olhar zombeteiro responde:

" É claro que sei. Se a gente quiser fazer uma banqueta que se equilibre em qualquer tipo de terreno, é só fazê-la com 3 pés apenas!"

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A criação e a coincidência....

O mundo das artes é sempre pródigo de coincidências criativas.
Além da literatura, design, música e publicidade, muitas vezes elas surgem também nas reportagens e textos da imprensa.
A busca pela mesma informação, fontes iguais, acontecimentos comuns e até mesmo referências próximas, sejam elas de vida ou culturais.
Em outras situações, as coincidências podem ocorrer pela própria figura do personagem central da matéria ou texto, que acaba induzindo o redator a associações mais comuns.
Dois fatos acontecidos essa semana comprovam essas idéias.
Ontem- dia 6/08 nesse mesmo blog, escrevi um pequeno texto(Sarney e seus iguais) sobre a situação do Senado Federal e o discurso feito pelo Sarney na tribuna da Casa.
Em determinado momento, comparei a frase por ele usada, de que todos os senadores são iguais, ao Tavares - personagem de Chico Anísio, que fechava seu quadro com a frase "sou, mas quem não é?".
Hoje - 7/08, lendo o Estado de São Paulo, observo que o muito bem feito editorial da página 3, tinha como título - "A tática do Chico Anísio", comparando Sarney ao personagem do mesmo bordão.
Como eu não poderia imaginar a edição do dia seguinte do Estado e acredito não servir de referência para os editoriais do jornal, temos aqui a primeira coincidência.
No dia 16 de julho, após a queda do Tupolev do Irã, escrevi um texto intitulado "Vidas que se perdem". Nele sugiro "... a criação de uma grande central de informações, disponibilizada via internet em tempo real, onde cada fabricante de avião e companhia aérea, disponibilizasse a qualquer pessoa,empresa ou orgãos controladores, dados atualizados da revisão e manutenção de cada aeronave em voo.Uma chancela de "revisão feita na concessionária", sem a qual não seria permitido a decolagem ou pouso em nenhum aeroporto do mundo. Os espaços aéreos de qualquer nação estariam fechados as aeronaves sem os necessários documentos de vistoria."
No dia 5 de agôsto, o Valor Econômico publicou um artigo escrito pelo empresário Francisco Soares Brandão apresentando a sua sugestão para o problema da segurança dos voos, que por coincidência vem a ser irmã gemea da minha idéia. Surge assim a segunda coincidência da semana.
CQC - Conforme Queremos Demonstrar, para lembrar os velhos tempos de escola.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sarney e seus iguais......

Bastou os aliados de Sarney ameaçarem divulgar dossiês com as possíveis "maracutaias" da oposição, para que todos corressem para vestir os aventais, juntar ingredientes e preparar a massa.
Os clamores exigindo a renúncia do presidente do Senado, foram substituídos por um "talvez, quem sabe, um pequeno afastamento..".
Para completar, Sarney em seus discurso na tribuna do Senado, já passava o recado: "....Todos aqui somos iguais. Nenhum senador é maior que o outro e por isso não pode exigir de mim que cumpra a sua vontade política de renunciar".
Em outras palavras, lembrando nosso grande humorista Chico Anísio, em seu impagável personagem Tavares " Sou, mas quem não é?".
Após a defesa sem quartel de Renan e Collor ao patriarca do Maranhão, parece que o Senado Federal reedita uma política café com leite da República Velha, só que nesse caso poderíamos chamar de arroz - cana de açúcar.
Claro que essa alusão a antiga alternância de poder entre São Paulo e Minas (café com leite), não é tão precisa.
Primeiro porque Alagoas - com a cana de açúcar e o Maranhão - com o arroz, ocupam com seus principais produtos, apenas o 4º lugar no ranking nacional da produção agrícola.
Depois, para sermos fiéis aos números, tanto o café como o leite, levam a liderança o mesmo estado da federação - Minas Gerais.
São Paulo perdeu o privilégio de ser o maior produtor brasileiro de café. Trocou tudo pela primeira posição no plantio da cana de açúcar.
De qualquer jeito, agora só nos resta aguardar a chegada do molho e da mussarela, para que os nossos políticos possam finalizar o prato italiano mais famoso de Brasília.
E torcer. Torcer para que na próxima eleição possamos eleger mais "diferentes" no lugar dos iguais do Sarney.
Pelo menos acreditar, que enquanto a Marina Silva não receber comissões dos madeireiros da Amazônia e o Suplici não entrar em "acordo" com a máfia da Merenda Escolar, sempre haverá políticos honestos e interessados em nos defender.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um semestre de muitos números

Segundo dados do FMI - Fundo Monetário Internacional os governos do mundo já injetaram mais de U$ 10 trilhões de dólares na economia , na tentativa de conter os efeitos nefastos da crise mundial.

Para que se avaliar o tamanho desse dinheiro, seria como se o Brasil disponibilizasse o resultado total de quase 7 anos do PIB brasileiro.

Apesar da crença dos economistas, de que esse montante possa ser recuperado na próxima década, o mais provável - principalmente nos países ricos, será a convivência com grandes deficits orçamentários.

É como se a grande dúvida fosse comer agora correndo o risco de passar fome no futuro, ou não comer e não ter futuro.

Do lado de cá, na terra da marola, os números alternam projeções otimistas com resultados que ainda preocupam muito.

A Bolsa alcança seu maior nível em um ano. Os investidores externos retornam suas aplicações e o setor imobiliário começa a atrair novamente os fundos de investimentos. É a confirmação da posição do Brasil como país e mercado com os melhores fundamentos, menos afetados pela crise.

A balança comercial brasileira apresenta um resultado de R$ 16,9 bilhões no primeiro semestre de 2.009, contra R$ 14,6 bilhões do primeiro semestre de 2.008.
Apesar dos quase 15% de aumento, a análise dos números demonstra uma queda de 24% nas importações e de 20% nas exportações.
Queda nas importações pode significar menos máquinas para produção entrando no país. A das exportações, significa menos gente trabalhando por aqui.

As viagens corporativas cairam 13%, dando um sinal claro da contenção das despesas por parte das grandes empresas.E as companhias aéreas ainda tiveram que "amargar", uma queda de 26% nas viagens ao exterior.

Os automóveis, na esteira da isenção dos impostos, apresentaram um crescimento de 3,23% sobre o mesmo período do ano passado. Fica a dúvida para o comportamento do mercado futuro, após o término da isenção.

Tudo isso "regado" a grave crise do Senado.

De um lado Renan e Collor defendendo Sarney. Sim, o mesmo Collor que em campanhas eleitorais passadas, chamava Saney de "típico ditador sul- americano".
Do outro lado, em ataque ao estilo "carga da brigada ligeira", Pedro Simon e a bancada do PSDB e do DEM, engordada agora com a dissidência de militantes do PT.
Realmente isso me traz lembranças da infância.
Um tempo em que passava horas grudado na televisão assistindo ao programa "Reis do Ringue". Uma espécie de luta do Bem contra o Mal. Claro, que tanto um quanto outro eram definidos nos bastidores do programa,de acordo com a preferência do público....

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Em favor da ética

Uma boa notícia que tivemos o mês passado, foi sobre o projeto em fase de conclusão na CGU - Controladoria Geral da União e no Ministério da Justiça, para responsabilizar e punir - civil e administrativamente, empresas que cometerem crimes contra a administração pública.
Dentro desse espectro estão as propinas a servidores, fraudes em licitações, lavagens de dinheiro e maquiagens de serviços ou produtos. Dependendo da gravidade as punições poderão variar de multas até a extinção da empresa.
Para se ter uma idéia da "encrenca", segundo dados do próprio site da CGU, alguns números surpreendem:
8.051 fiscalizações executadas para avaliar o cumprimento de metas do Plano Plurianual do Governo Federal.
-25.000 sindicâncias e processos administrativos, nos últimos 6 anos
-1959 punições. Desse total 31,83% valimento de cargo e 16,46% improbidade administrativa.
- perto de 1.000 empresas incluidas no Cadastro de Empresas Inidôneas ou Suspesas.
Pelo texto do novo projeto, a empresa sera julgada também pelos atos praticados por seus funcionários ou representantes, mesmo que não tenha havido uma ordem expressa.
Em outras palavras, cuidado com LandRoovers dados de presente, só pela amizade!
A aprovação do projeto pelo Congresso, pode fazer com que as relações entre as empresas privadas e os orgãos do governo passem a ser realizadas em um outro patamar.
As punições que podem vir a ser aplicadas, "moralizarão" esses relacionamentos, não pelo apelo da conduta ética, mas com certeza por afetar as empresas em sua parte mais sensível -o seu patrimônio.