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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Uma banqueta de 3 pés...

A quem interessa um Legislativo fraco?

O povo brasileiro, a cada dia que passa, encontra-se mais desiludido com os seus(??) representantes no Legislativo.

Corrupção, conchavos, acertos e prevaricações, sempre fizeram parte do cotidiano dos lídimos "homens do povo".

Hoje a exposição é ainda maior.Uma verdadeira enxurrada de mazelas e desmandos.

Para dar uma resposta aos brados da população, elegeu-se um culpado na função de ovelha oferecida ao sacrifício, como se a sua eliminação carregasse todos os males do mundo.

E a ovelha, que todos nós sabemos ser na verdade um velho lobo, começa a berrar: "...olha gente, eu não sou a única, aqui somos todas ovelhas!".

Berros para o povo e aviso para os seus iguais "...somos um castelo de cartas, se eu cair....."

O Executivo corre em auxílio. Convoca todos os seus cavaleiros para a defesa. E como nos filmes sobre a Máfia avisa que cobra lá na frente. Pensa que manter o Legislativo submisso, devedor de seus favores é a estratégia mais adequada ao seu projeto de perpetuação do poder.

Rapidamente é montado um "juri especial", trazendo para a presidência um obscuro e desconhecido político, que no ocaso da vida, sem nada à perder, enxerga a sua chance de brilhar.

Sua missão. Controlar uma imensa pá para enterrar nos arquivos qualquer denúncia contra a presidente do Senado e seus correligionários.

Do lado de cá, sentados na platéia do circo, estamos nós, olhando impotentes todo o desenrolar dessa pantomima.

A cada encenação mais distantes ficamos da sua compreensão. Gradativamente passamos a achar que aquilo não tem jeito e por não ter solução é melhor esquecer, deixar de lado e seguir com as nossas vidas. Como se isso fosse possível.

O povo precisa acreditar em suas lideranças.

O país precisa contar com as suas instituições fortes, independentes, soberanas.

O equilíbrio entre os Três Poderes é fundamental para o desenvolvimento da nação. Um não pode prescindir do outro. É no conjunto que se encontra a força.

Certa vez, na minha adolescência às voltas com meus estudos de desenho geométrico, querendo mostrar a um tio todo o meu conhecimento, disparei a queima roupa:

" - Tio, você sabe que três pontos são necessários e suficientes para determinar um plano?"

Meu tio, velho marceneiro de profissão, pouco estudo mas uma inteligência e perspicácia de dar inveja a qualquer bacharel, com um olhar zombeteiro responde:

" É claro que sei. Se a gente quiser fazer uma banqueta que se equilibre em qualquer tipo de terreno, é só fazê-la com 3 pés apenas!"

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