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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sarney e seus iguais......

Bastou os aliados de Sarney ameaçarem divulgar dossiês com as possíveis "maracutaias" da oposição, para que todos corressem para vestir os aventais, juntar ingredientes e preparar a massa.
Os clamores exigindo a renúncia do presidente do Senado, foram substituídos por um "talvez, quem sabe, um pequeno afastamento..".
Para completar, Sarney em seus discurso na tribuna do Senado, já passava o recado: "....Todos aqui somos iguais. Nenhum senador é maior que o outro e por isso não pode exigir de mim que cumpra a sua vontade política de renunciar".
Em outras palavras, lembrando nosso grande humorista Chico Anísio, em seu impagável personagem Tavares " Sou, mas quem não é?".
Após a defesa sem quartel de Renan e Collor ao patriarca do Maranhão, parece que o Senado Federal reedita uma política café com leite da República Velha, só que nesse caso poderíamos chamar de arroz - cana de açúcar.
Claro que essa alusão a antiga alternância de poder entre São Paulo e Minas (café com leite), não é tão precisa.
Primeiro porque Alagoas - com a cana de açúcar e o Maranhão - com o arroz, ocupam com seus principais produtos, apenas o 4º lugar no ranking nacional da produção agrícola.
Depois, para sermos fiéis aos números, tanto o café como o leite, levam a liderança o mesmo estado da federação - Minas Gerais.
São Paulo perdeu o privilégio de ser o maior produtor brasileiro de café. Trocou tudo pela primeira posição no plantio da cana de açúcar.
De qualquer jeito, agora só nos resta aguardar a chegada do molho e da mussarela, para que os nossos políticos possam finalizar o prato italiano mais famoso de Brasília.
E torcer. Torcer para que na próxima eleição possamos eleger mais "diferentes" no lugar dos iguais do Sarney.
Pelo menos acreditar, que enquanto a Marina Silva não receber comissões dos madeireiros da Amazônia e o Suplici não entrar em "acordo" com a máfia da Merenda Escolar, sempre haverá políticos honestos e interessados em nos defender.

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