Apontada por alguns como o país que assumirá o comando do mundo e, por outros, como a grande ameaça para a economia mundial, a China segue como uma verdadeira incógnita para a maioria dos mortais.
Sentada em cima de uma reserva de mais de US$ 2 trilhões e com uma população de 1,3 bilhão de habitantes, tudo nessa economia é gigantesco. Porém, suas necessidades também são imensas.
A taxa de desemprego chinesa supera a marca de 4%, ou seja, 52 milhões de pessoas sem ter aonde trabalhar. É mais do que toda a população da Inglaterra
Não está computada nesses números, a população denominada de trabalhadores imigrantes.
São pequenos proprietários rurais, que por não terem como sobreviver de suas propriedades, deixam suas famílias com a terra e partem à procura de empregos temporários pelo país.
Os trabalhadores imigrantes já atingiram a casa dos 130 milhões de pessoas.
Sem nenhuma perspectiva de melhora, passam a vida a vagar pelas estradas e cidades chinesas. Um verdadeiro exército de desesperançados.
Para efeito de comparação, o efetivo dos dez maiores exércitos do mundo, não chega a 9 milhões de soldados.
A China, para manter a roda girando, precisa comprar muito, produzir muito e, principalmente, exportar muito.
E é justamente nas exportações chinesas, que reside o grande risco para países como o Brasil.
Enquanto do lado de cá, a estabilidade brasileira e o fluxo de investimentos internacionais, fazem com que o real se valorize a cada dia perante o dólar, a China mantém a sua moeda - o yuan, atrelada a uma taxa cambial fixa em relação a moeda americana.. Assim, cada vez que o dólar apresenta desvalorização em relação às principais moedas do mundo, o yuan também se desvaloriza.
Com isso, os produtos chineses se tornam muito mais baratos no mercado mundial. A China já está chegando inclusive ao requinte de conseguir reduzir seus preços em dólar. E, para ajudar um pouco mais, os encargos sobre os salários chineses são de 15%, enquanto no Brasil são da ordem de 100%.
Diante desse quadro, muitas empresas brasileiras estão preferindo importar produtos acabados, deixando para colocar aqui as suas marcas próprias.
Algumas delas já ensaiam os primeiros passos para instalarem suas fábricas na China. Dizem que o nosso aço exportado com base no dólar câmbio Brasil, fica muito mais barato comprado na China com dólar pelo câmbio local.
A equação - menos exportação, mais importação resulta sempre em desemprego. Pode ser também o início de um perigoso processo de desindustrialização brasileira.
Já passou da hora das nossas autoridades atacarem o problema pelo ângulo correto. Não é com taxas e restrições que vamos resolvê-lo.
Precisamos da reforma tributária. Nossas indústrias precisam ficar mais competitivas. Vamos aproveitar o câmbio chinês e importar máquinas e equipamentos. Vamos desonerar a folha de pagamento das empresas. Vamos estimular o aumento da produtividade com qualidade.
Essa é a verdadeira chave da vitória para nosso país e para a nossa indústria.
Produtividade com qualidade.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
A China não é aqui
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