Qual é a verdadeira intenção da Colony Capital e de Bernard Arnault - CEO da LVMH, principais acionistas do Carrefour, ao pressionarem o conselho do grupo a se desfazerem das operações no Brasil e na China?
Enquanto as lojas europeias apresentam taxas de vendas declinantes, o crescimento nos dois países alvo é da ordem de dois dígitos, sendo que só no Brasil,no primeiro semestre do ano, as vendas bateram na casa dos 14% de expansão.
A alegação de que buscam elevar os preços das ações, para recuperar perdas passadas, não faz sentido.
Vender operações em mercados com altas taxas de crescimento nas vendas, para ficar com mercados estagnados, beira a maluquice, coisa que Arnault e Tom Barrack - fundador da Colony Capital decididamente não são.
Mesmo que a intenção da venda seja verdadeira, a mídia nunca é a primeira a saber. São negociações sigilosas, em petit comitê, com todas as medidas de segurança tomadas. Qualquer vazamento de informação pode derrubar o valor das ações.
Então porque a corrida à mídia?
Duas hipóteses podem ser levantadas para toda publicidade gerada.
O conselho do grupo, sentindo toda a pressão colocada pelos dois investidores, resolveu "levantar a tampa da panela" vazando a informação, na tentativa de inverter o sentido da pressão, enfraquecendo a força da Colony e Arnauld.
A outra hipótese, é que os dois investidores deixaram "escorregar" para a mídia todo o processo, esperando que a confusão causada jogasse para baixo o valor das ações. Comprariam na baixa, aumentando a participação no grupo.
Bernard Arnauld é conhecido pela sua agressividade e truculência nos negócios. A sua própria história na LVMH é prova disso.
Após promover a sua entrada no capital desse gigante do luxo francês, Arnauld soube como ninguém aproveitar todos os desentendimentos entre os outros acionistas, para se tornar majoritário e presidente da companhia.
O cenário está armado.
Vamos aguardar os próximos lances desse jogo.
A promessa é de intensas emoções.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Quem dá mais pelo Carrefour?
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