Será proibida de concorrer às eleições, pessoas condenadas em primeira instância ou com denuncias recebidas por um tribunal, por crimes de racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas, bem como, as condenadas por compra de votos ou uso da máquina administrativa.
Essa certamente é a parte do projeto de lei complementar - que chegou ao Congresso ancorada por um milhão e trezentas mil assinaturas populares, que representará o maior entrave à sua aprovação.
Segundo o site Congresso em Foco (www.congressoemfoco.ig.com.br ) até a data de 3 de junho de 2009, eram 150 parlamentares respondendo processos no Supremo Tribunal Federal, divididos em 129 deputados e 21 senadores. Entre eles, nomes como Antonio Palocci, Beto Mansur, Jader Barbalho, Jilmar Tato, João Paulo Cunha, José Genoino, Paulo Maluf, Fernando Collor, Marcio Perillo, Renan Calheiros, Romero Juca e até mesmo o próprio Michael Temer.
Com quase um quarto dos nossos deputados e senadores respondendo processo, a chance da lei "Ficha Limpa" ser aprovada na íntegra é praticamente nula.
Os que defendem que a sua aprovação fere o artigo 5º da Constituição, violando o princípio da presunção da inocência, certamente não levam em conta todos os meandros, trâmites e alternativas à disposição dos réus, que permitem o adiamento da sentença definitiva até a prescrição do crime, ou a posse do réu eleito, conquistando assim todas as prerrogativas do mandato legislativo.
O contra ponto dessa posição está na própria vida empresarial.
O fato de uma empresa estar com seus impostos atrasados ou em discussão na justiça, não faz dela uma criminosa.No entanto serve para afastá-la das concorrências públicas.
Um bom exemplo de como proceder, é o caso do jornalista Pimenta Neves. Condenado em primeira instância pelo assassinato da também jornalista Sandra Gomide, aguarda em liberdade a sentença definitiva.
Após concluir o curso de direito, teve seu registro negado pela OAB, por não reunir os princípios morais e éticos necessários para exercer a advocacia.
No caso da "Ficha Limpa" o primeiro passo foi dado. O povo deixou claro - explicitado através das um milhão e trezentas mil assinaturas, o seu desejo de buscar a moralização do Legislativo.
Cabe, mais uma vez, a esse mesmo povo fiscalizar e conferir os candidatos que não apoiam a sua vontade.
Que se faça como a OAB. Aquele que não representar condignamente os anseios do povo, que tenha nas urnas o seu castigo.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Ficha limpa ou mãos sujas...
Marcadores:
ficha limpa,
impostos,
jornalista,
justiçamandato,
OAB,
Pimenta Neves,
processo,
projeto de lei,
Sandra Gomide,
Supremo Tribunal Federal
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário