Frases de efeito, adequação de estatísticas, incorreções e uma grande viagem de ego, são algumas das percepções deixadas na entrevista do presidente Lula, realizada e publicada pelo jornal Valor Econômico.
Destaque para a usual capacidade do nosso presidente em transformar a informação a seu favor, coisa de quem aprendeu o ofício da comunicação nos palcos da vida, exercício contínuo na sua trajetória política, haja visto os índices de popularidade que continua mantendo.
Algumas vezes ele se mostra tomado pelo espírito getulista ao propor a Consolidação das Leis Sociais, outras vezes de um chavismo perigoso, ao conclamar as empresas privadas a carregar a bandeira nacionalista, á margem do interesse dos próprios acionistas.
Dizer que quem sustentou a crise foi o governo e o povo pobre, é tentar ganhar a glória de um gol que ele não fez, pelo menos, não sozinho. Em primeiro lugar, o sustento da crise teve por alicerce, os sólidos fundamentos da nossa economia, coisa que não é devida ao seu governo, cujo grande mérito foi dar prosseguimento aos planos executados em governos passados. O que realmente sustentou o Brasil foi o consumo. Ele sim fez a máquina continuar girando.
Agora parece que Lula tomou consciência que o tal mega show do PAC terá que ter sua data adiada.
Muito pouco foi feito. As obras se arrastam pelos caminhos da burocracia e da politica. Assim sendo, já propõe um novo PAC para o quadriênio de 2011-2015. Com o anterior paralisado, a troca pelo novo é sempre uma maneira de adiar.
Considerar a extinção da CPMF como uma das desonerações do seu governo é uma obra de arte.
É como dizer que o filho pediu o castigo para o pai.
Segundo Lula, o papel do Estado é o de induzir e fiscalizar, nunca o de gerenciar, tornando-se o administrador.
Levando-se em conta suas últimas incursões na Petrobrás e na Vale, parece que o discurso está desencontrado. Talvez seja esse o ponto. A culpa não é do seu governo, os erros não são seus . Nós é que não temos a capacidade de entender.
Quem sabe até por um problema de edição. Afinal, no seu caso, a fala nunca bate com a legenda.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
As falas de Lula
Marcadores:
acionistas,
chavismo,
crise,
economia,
getulismo,
lula,
planos,
trajetória
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário