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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O perigo estatizante

Parece que o governo do presidente Lula quer, cada vez mais, ampliar o controle sobre os mais variados setores da política e economia brasileira.

O seu poder sobre o Legislativo é inegável.A casa tem se mostrado absolutamente serviente aos rumos e diretrizes estabelecidos pelo Executivo.

Agora, após estabelecer os novos planos de crescimento e investimentos da Petrobrás, parte para cima da Vale.

A convocação do Palácio do Planalto para que Roger Agnelli - presidente da Vale, tivesse uma "conversa de pé de orelha" com Lula, na verdade não passou de uma grande pressão para que a Vale repensasse seus investimentos e a sua posição de não atuar na construção de siderúrgicas.

As notícias desencontradas de que o empresário Eike Batista, após conversa com o ministro da Fazenda Guido Mantega, apresentou uma proposta de R$ 9 bilhões para comprar a parte do Bradesco na Vale, serviu para colocar mais calor no assunto.

O Bradesco negou dizendo estar muito satisfeito com o retorno que tem obtido com seu investimento na Vale.

Em todo esse imbrólio, deve ser lembrado que a indicação de Agnelli para a presidência da companhia partiu do próprio Bradesco. A saída do banco do bloco de controle da mineradora, enfraqueceria ainda mais a posição de Agnelli no comando.

Legislativo, Petrobrás, Vale, algumas escaramuças com o Judiciário, qual será o próximo passo?

Lobão -ministro das Minas e Energia informou que deve ser incluído no novo código de mineração, a criação de um novo fundo social, a ser alimentado através de aumentos dos royalties pagos pelo setor.

A Eletrobrás ja avisou que nos próximos leilões de concessão e geração de energia estará participando para ganhar. Essa disputa, mais do que ajudar, atrapalha. Amedronta e afasta os investimentos privados.Até o ressurgimento da Telebrás já está sendo cogitado. O que mais virá por aí?

Pelo visto o governo do presidente Lula busca uma volta ao passado.

Um tempo de estatais ineficientes, pesadas e prestando um péssimo serviço a população.

É a contra mão de todo o sucesso obtido por nossa economia. Sucesso que só foi alcançado pela competência do trabalho das empresas privatizadas.

Claro que o governo deve exercer o controle e a fiscalização das atividades. Traçar os limites entre o possível e o permitido. Coibir abusos e desrespeitos a lei a aos princípios de mercado.

Essa é a sua função. Estabelecer as regras e o campo de jogo.

O erro acontece quando ele quer se tornar também o jogador.

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