Desta vez vamos falar de futebol, o fálico orgulho nacional, o brio e afirmação da grande maioria dos brasileiros.
Claro, o tema predominante é a queda do Santos diante do poderosíssimo time do Barcelona, ou talvez para cutucar um pouco mais a nossa vaidade, do argentino Messi.
Porem precisamos colocar as coisas nos devidos lugares e buscar a perspectiva correta dos acontecimentos.
Que o Barcelona é uma máquina mágica de jogar futebol não existe nenhuma dúvida. Que o Messi é o maior jogador (de clube) do futebol mundial atual, também não. De clube sim, pois, Messi jamais conseguiu repetir o seu futebol-maravilha na seleção argentina. Tenho minhas dúvidas se um dia conseguirá fazê-lo.
Nesse mister, na Argentina, somente um, Maradona, esse sim um incomparável.
Voltando ao Santos, a equipe que disputou a final com o Barça, independentemente da enorme capacidade de jogar futebol de Neymar, está muito longe de representar o futebol brasileiro.
Muitos dirão, não foram eles campeões da Libertadores, credenciando-se para essa disputa final?
Foram sim, é verdade. Mas o time que disputou a Libertadores, ao contrário da equipe do Barcelona, sofreu grandes transformações em relação ao campeão da etapa sulamericana da competição.
Dois jogadores importantes taticamente para a conquista da Libertadores foram embora. Zé Eduardo seguiu para o Genoa e Maikon Leite voltou para o Palmeiras.
Elano, após a recuperação de uma contusão complicada, não mais conseguiu repetir o seu eficiente futebol.
E o Ganso, esse já é um caso à parte.
A culpa, nesse caso, já não pode nem ser atribuída à grave contusão sofrida. O Ganso, que hoje entra nos gramados para defender as cores santistas, já abandonou internamente a camisa do Santos há muito tempo.
O time que entrou em campo para disputar a final com o Barcelona foi o décimo colocado no Campeonato Brasileiro, recém vencido pelo Corinthians.
Somou 15 derrotas na competição, perdendo para equipes como Figueirense e o Atlético Goiano, que apesar de não ter feito 4 gols como o Barça, venceu por 2 x 0 aos santistas.
O Santos perdeu até do Atlético do Paraná, time que acabou sendo rebaixado no campeonato brasileiro.
Posto isso, acredito que a verdadeira lição que podemos aprender com essa final é que uma grande equipe não se faz da noite para o dia. É preciso planejamento, persistência e muito, mas muito comprometimento.
Afinal, até para se fazer mágica é necessário treinar, repetir até a exaustão o mesmo truque.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Estacionar ou não estacionar, eis a questão?
Agora que as férias de final de ano vão tomando conta do cenário das grandes cidades, modificando as exigências de fluidez do trânsito urbano, é um bom momento para se refletir sobre os distúrbios provocados a esse mesmo trânsito, nos horários de entrada e saída das aulas, pelas principais escolas particulares brasileiras.
Como a quase totalidade delas não dispõe de um recuo ou estacionamento para o embarque e desembarque de seus alunos, acabam se apropriando da via pública, que após a sinalização devida, acaba se transformando em faixa exclusiva dos clientes daqueles estabelecimentos.
Assim, com benefício de uma pequena parcela da população, que tem como escusa a segurança das crianças, um enorme transtorno é gerado para a grande maioria dos usuários daquelas vias.
Ora, não deveriam as leis e as normas de convivência e conduta ter como meta a segurança e o bem estar da maioria?
As escolas, assim como qualquer outro tipo de estabelecimento ou negócio, não precisam de alvará de funcionamento?
As escolas, assim como qualquer outro tipo de estabelecimento ou negócio, não precisam adequar as suas instalações ao tipo de serviço a ser prestado?
Sob a imparcialidade absoluta da lei, qual é a diferença que existe em um bar que ocupa a calçada em frente ao seu negócio e a escola que toma conta do chamado leito carroçável?
O fato de não se expor as crianças ao risco de acidentes e possíveis atropelamentos não é desculpa pelo abuso.
A melhor maneira de protegê-las, assim como aos seus pais e responsáveis, seria só liberar os alvarás de funcionamento á escolas que tenham equacionado, dentro dos seus próprios limites, a questão do embarque e desembarque.
As escolas particulares são um negócio, aliás, extremamente rentáveis, portanto devem ser regidas pelas mesmas regras aplicáveis a qualquer outro comércio.
Senão, estaremos correndo o risco de reforçar o ensinamento mais comum as nossas crianças, de que perante a lei todos somos iguais, só que alguns são mais iguais que os outros....
Como a quase totalidade delas não dispõe de um recuo ou estacionamento para o embarque e desembarque de seus alunos, acabam se apropriando da via pública, que após a sinalização devida, acaba se transformando em faixa exclusiva dos clientes daqueles estabelecimentos.
Assim, com benefício de uma pequena parcela da população, que tem como escusa a segurança das crianças, um enorme transtorno é gerado para a grande maioria dos usuários daquelas vias.
Ora, não deveriam as leis e as normas de convivência e conduta ter como meta a segurança e o bem estar da maioria?
As escolas, assim como qualquer outro tipo de estabelecimento ou negócio, não precisam de alvará de funcionamento?
As escolas, assim como qualquer outro tipo de estabelecimento ou negócio, não precisam adequar as suas instalações ao tipo de serviço a ser prestado?
Sob a imparcialidade absoluta da lei, qual é a diferença que existe em um bar que ocupa a calçada em frente ao seu negócio e a escola que toma conta do chamado leito carroçável?
O fato de não se expor as crianças ao risco de acidentes e possíveis atropelamentos não é desculpa pelo abuso.
A melhor maneira de protegê-las, assim como aos seus pais e responsáveis, seria só liberar os alvarás de funcionamento á escolas que tenham equacionado, dentro dos seus próprios limites, a questão do embarque e desembarque.
As escolas particulares são um negócio, aliás, extremamente rentáveis, portanto devem ser regidas pelas mesmas regras aplicáveis a qualquer outro comércio.
Senão, estaremos correndo o risco de reforçar o ensinamento mais comum as nossas crianças, de que perante a lei todos somos iguais, só que alguns são mais iguais que os outros....
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
O avião que saiu do radar
Segundo o ministro da Defesa da França, Gerard Longuet, em matéria publicada hoje no Estado de São Paulo, a Dassault - fabricante de aviões francesa - poderá encerrar a produção do seu caça Rafale.
Em 15 anos de fabricação, apenas o governo francês comprou o Rafale.
Possíveis compradores do avião, como os Emirados Árabes e a Suíça, desistiram de comprar por considerarem o produto não competitivo e com preço "irrealizável".
Essas notícias deverão abrir, novamente, o debate em terras brasileiras.
Afinal, esse não era o melhor projeto para revitalização da nossa força aérea, tão defendido por Lula? Nosso ex - ministro Nelson Jobim, contrariando estudos e preferência da área militar (da qual era comandante), não desembainhou a espada em defesa do projeto?
Parafraseando Shakespeare, aproveitando o cenário, “... existem mais mistérios entre o céu e a terra...."
Em 15 anos de fabricação, apenas o governo francês comprou o Rafale.
Possíveis compradores do avião, como os Emirados Árabes e a Suíça, desistiram de comprar por considerarem o produto não competitivo e com preço "irrealizável".
Essas notícias deverão abrir, novamente, o debate em terras brasileiras.
Afinal, esse não era o melhor projeto para revitalização da nossa força aérea, tão defendido por Lula? Nosso ex - ministro Nelson Jobim, contrariando estudos e preferência da área militar (da qual era comandante), não desembainhou a espada em defesa do projeto?
Parafraseando Shakespeare, aproveitando o cenário, “... existem mais mistérios entre o céu e a terra...."
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Doutor Sócrates
Ontem, quando ele chegou no céu, Deus ficou preocupado. Tá certo que o time celestial tinha adquirido o passe de um dos maiores talentos que o futebol conheceu. Mas, e aquela coisa de democracia? Será que seria uma boa influência para as hordas dos anjos e querubins? Como ficaria ele, o sempre Todo Poderoso? Afinal, a teocracia desde o início dos tempos era o sistema vigente. Sei não, esse camarada ainda vai me dar trabalho aqui em cima...
Assim sempre viveu o Dotô. Para "causar", para fazer a diferença. Um físico, que assim como de outro gênio das pernas tortas, não fora feito para jogar futebol. Mas, um cérebro e uma alma que raríssimas vezes se viu pelos nossos gramados.
Deus resolveu levá-lo num domingo, mas, não em um domingo qualquer.
Escolheu um domingo que o Corinthians do Dotô jogava uma final de Campeonato Brasileiro.
Sócrates assistiu à partida lá de cima. Ao lado Dele. Criticou jogadas e substituições, pulou e sofreu como qualquer um de nós, mesmo já sabendo qual seria o resultado.
O acordo havia sido esse. A tristeza da sua partida deveria ser amenizada por uma grande alegria para toda a nação corintiana.
Assim, ao final do jogo, as lágrimas trocaram de sabor.
Aquela dorzinha que todos nós, corintianos, estávamos sentindo, explodiu em um grito uníssono de vitória.
Lá de cima, o Dotô abriu um sorriso largo. Deixara mais uma vez seu povo feliz.
O céu foi tingido de preto e branco para cobrir toda a alegria do povo.
Vai, Dotô, siga em paz para a sua nova caminhada. Aqui, nós te agradecemos por tudo o que você fez nos gramados e pela nossa política.
Imortalidade é aquilo que você deixa e não o tempo que você vive...
Assim sempre viveu o Dotô. Para "causar", para fazer a diferença. Um físico, que assim como de outro gênio das pernas tortas, não fora feito para jogar futebol. Mas, um cérebro e uma alma que raríssimas vezes se viu pelos nossos gramados.
Deus resolveu levá-lo num domingo, mas, não em um domingo qualquer.
Escolheu um domingo que o Corinthians do Dotô jogava uma final de Campeonato Brasileiro.
Sócrates assistiu à partida lá de cima. Ao lado Dele. Criticou jogadas e substituições, pulou e sofreu como qualquer um de nós, mesmo já sabendo qual seria o resultado.
O acordo havia sido esse. A tristeza da sua partida deveria ser amenizada por uma grande alegria para toda a nação corintiana.
Assim, ao final do jogo, as lágrimas trocaram de sabor.
Aquela dorzinha que todos nós, corintianos, estávamos sentindo, explodiu em um grito uníssono de vitória.
Lá de cima, o Dotô abriu um sorriso largo. Deixara mais uma vez seu povo feliz.
O céu foi tingido de preto e branco para cobrir toda a alegria do povo.
Vai, Dotô, siga em paz para a sua nova caminhada. Aqui, nós te agradecemos por tudo o que você fez nos gramados e pela nossa política.
Imortalidade é aquilo que você deixa e não o tempo que você vive...
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O chamado latifúndio indígena
"Os índios são os verdadeiros donos da terra!"
Quantas vezes, desde os tempos da escola, você já ouviu essa frase?
Talvez dezenas, centenas, milhares de vezes.
Após a conclusão dos processos demarcatórios das terras indígenas, essa frase nunca fez tanto sentido.
Ao final de todas as devidas documentações, assinaturas e normatizações, o governo federal terá entregado a propriedade de 8,9 milhões de hectares de terras aos povos índios do Brasil.
Isso equivale a 13% de todo o território nacional, ou seja, dos nossos 8.515.692 km²,
1.107.039 km² serão propriedades dos nossos 817.000 índios, população aferida pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Assim, cada índio brasileiro será proprietário de 1,35 km².
Descontando-se da população total brasileira - 192 milhões de habitantes - os 817 mil índios e, do total do território nacional - 8,5 milhões de km²- os 1,1 milhão de km² destinado a eles,chega-se a conclusão que cada um de nós terá direito a 0,038 km²prá chamar de seu.
Ainda no sentido das comparações, na área entregue aos índios caberia com conforto a Espanha com seus 46 milhões de habitante e 504.030 km² e mais a França e seus 65 milhões de habitantes e 543.956 km².
A Espanha possui uma densidade populacional de 90 habitantes/km², a França 115 habitantes/km². Enquanto a média brasileira é de 22 habitantes/km², na região indígena ela cairia para 0,73 habitantes/km².
Uma tremenda solidão, não é?
Quantas vezes, desde os tempos da escola, você já ouviu essa frase?
Talvez dezenas, centenas, milhares de vezes.
Após a conclusão dos processos demarcatórios das terras indígenas, essa frase nunca fez tanto sentido.
Ao final de todas as devidas documentações, assinaturas e normatizações, o governo federal terá entregado a propriedade de 8,9 milhões de hectares de terras aos povos índios do Brasil.
Isso equivale a 13% de todo o território nacional, ou seja, dos nossos 8.515.692 km²,
1.107.039 km² serão propriedades dos nossos 817.000 índios, população aferida pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Assim, cada índio brasileiro será proprietário de 1,35 km².
Descontando-se da população total brasileira - 192 milhões de habitantes - os 817 mil índios e, do total do território nacional - 8,5 milhões de km²- os 1,1 milhão de km² destinado a eles,chega-se a conclusão que cada um de nós terá direito a 0,038 km²prá chamar de seu.
Ainda no sentido das comparações, na área entregue aos índios caberia com conforto a Espanha com seus 46 milhões de habitante e 504.030 km² e mais a França e seus 65 milhões de habitantes e 543.956 km².
A Espanha possui uma densidade populacional de 90 habitantes/km², a França 115 habitantes/km². Enquanto a média brasileira é de 22 habitantes/km², na região indígena ela cairia para 0,73 habitantes/km².
Uma tremenda solidão, não é?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
A Amazonia. Custer ou Villas Boas?
Antes de tudo, quero deixar bem claro que sou absolutamente a favor do projeto Movimento Gota Água - www.movimentogotadaagua.com.br. Não só por achar que o projeto Belmonte e seus filhotes amazônicos não foram suficientemente debatidos em todos os espectros da população brasileira, para que todos soubessem os riscos, consequencias e resultados, ou até mesmo as alternativas possíveis, como, o que é o pior, por não acreditar que Belmonte atinja o resultado que se espera. Refiro-me a questão da geração de energia, claro, porque sob a ótica das grandes empreiteiras e políticos intermediários, o sucesso será total.
Mas confesso que o que me deixou muito incomodado, foi assistir a reportagem feita por Allison Langdon para o 60 Minutes (sixtyminutes.nineemsn.com.au), que evidenciou o destino que as autoridades brasileiras dariam aos nossos índios que habitam na região a ser afetada pelas usinas.
Levar um "puxão de orelhas" dos Estados Unidos, como sempre transvestido de defensores dos oprimidos, é o fim!
Um país que gerou um General Custer, reconhecidamente um dos maiores dizimadores da população indígena dos EUA, não tem cacife para dar lição de moral em um país que gerou os irmãos Villas Boas.
Mas vamos á luta! Vamos defender a integridade da Amazônia e toda a sua biodiversidade. Não apenas pelos índios que lá habitam, mas também por todos nós, das grandes metrópoles ou não. Sem a preservação de nossas florestas e rios, o fim chegará para todos.
Mas confesso que o que me deixou muito incomodado, foi assistir a reportagem feita por Allison Langdon para o 60 Minutes (sixtyminutes.nineemsn.com.au), que evidenciou o destino que as autoridades brasileiras dariam aos nossos índios que habitam na região a ser afetada pelas usinas.
Levar um "puxão de orelhas" dos Estados Unidos, como sempre transvestido de defensores dos oprimidos, é o fim!
Um país que gerou um General Custer, reconhecidamente um dos maiores dizimadores da população indígena dos EUA, não tem cacife para dar lição de moral em um país que gerou os irmãos Villas Boas.
Mas vamos á luta! Vamos defender a integridade da Amazônia e toda a sua biodiversidade. Não apenas pelos índios que lá habitam, mas também por todos nós, das grandes metrópoles ou não. Sem a preservação de nossas florestas e rios, o fim chegará para todos.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
A troca de Israel
"Nunca tive arrependimento do que fiz. Contra a ocupação, só a resistência é a resposta".
Essa frase, dita por Abdel Hadi Ghnim - um dos 477 dos 1.000 presos palestinos trocados pelo israelense Gilat Shalit - dá a exata dimensão do problema que Israel poderá ter no futuro.
Abdel, em 1989, assumiu a direção de um ônibus lotado de israelenses e o jogou em um desfiladeiro. Como saldo da sua ação 16 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas.
Condenado a 16 prisões perpétuas, o agora libertado Abdel não dá o menor sinal de arrependimento, ao contrário, dá a entender que a luta irá continuar. Nem mesmo após ter sido salvo do atentado graças ao atendimento médico israelense.
O serviço de inteligência israelense - Shin Bet - estima que 60% dos militantes palestinos libertados voltarão ao terrorismo.
Fawzi Barhoun, porta voz da facção islâmica Hamas, sinaliza que existem mais 5.000 palestinos em prisões israelenses e que não irão dar trégua até todos serem libertados.
A que custo?
Fawsi acredita que resistir a ocupação é a missão, não importando os meios a serem empregados.
Se as estimativas do Shin Bet estiverem corretas, Israel terá contra si mais 400 experientes militantes palestinos prontos para novos atentados.
Qual será a reação do povo israelense se mais filhos seus forem mortos pelos terroristas libertados?
Quantos pais, dos dois lados da guerra, ainda terão que enterrar seus filhos?
Essa frase, dita por Abdel Hadi Ghnim - um dos 477 dos 1.000 presos palestinos trocados pelo israelense Gilat Shalit - dá a exata dimensão do problema que Israel poderá ter no futuro.
Abdel, em 1989, assumiu a direção de um ônibus lotado de israelenses e o jogou em um desfiladeiro. Como saldo da sua ação 16 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas.
Condenado a 16 prisões perpétuas, o agora libertado Abdel não dá o menor sinal de arrependimento, ao contrário, dá a entender que a luta irá continuar. Nem mesmo após ter sido salvo do atentado graças ao atendimento médico israelense.
O serviço de inteligência israelense - Shin Bet - estima que 60% dos militantes palestinos libertados voltarão ao terrorismo.
Fawzi Barhoun, porta voz da facção islâmica Hamas, sinaliza que existem mais 5.000 palestinos em prisões israelenses e que não irão dar trégua até todos serem libertados.
A que custo?
Fawsi acredita que resistir a ocupação é a missão, não importando os meios a serem empregados.
Se as estimativas do Shin Bet estiverem corretas, Israel terá contra si mais 400 experientes militantes palestinos prontos para novos atentados.
Qual será a reação do povo israelense se mais filhos seus forem mortos pelos terroristas libertados?
Quantos pais, dos dois lados da guerra, ainda terão que enterrar seus filhos?
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Primo da Siemens, culpado ou inocente?
Existe alguma coisa estranha, mas muito estranha mesmo, na demissão de Adilson Primo da presidência da filial brasileira da Siemens.
A alegada "decorrência da descoberta de uma grave contravenção das diretivas da Siemens na sede nacional", pinta de preto o imenso vazio, ou seja, tudo é possível e nada é explicado.
Imediatamente surgiu uma versão, não oficial, divulgada a exaustão por todos os meios de informação, que Primo teria desviado 7 milhões de euros da Siemens, entre 2005 e 2006, para uma conta pessoal na Europa.
Esse seria mesmo o motivo?
Sob a batuta de Primo na presidência, a Siemens viu seu faturamento crescer mais de quatro vezes. Seus trinta e cinco anos de trabalho na companhia, além da experiência adquirida, deram a Primo um nível de informações e conhecimentos como muito poucos conseguiram alcançar.
Seriam 7 milhões de euros suficientes para fazer com que Primo colocasse em risco sua posição e todos os anos de dedicação a Siemens?
Ora, 7 milhões de euros são 7 milhões de euros!
Mas o que representa essa quantia no bolso do mais alto executivo de uma multinacional brasileira?
Para ajudar no nosso raciocínio, vamos aos números.
Em 2009, somente dois dos maiores bancos brasileiros pagaram R$ 500 milhões para seus principais diretores a título de bônus.
Na Vivo, em 2010, o principal posto de comando da companhia recebia R$ 3,1 milhões por ano e seus diretores amealharam algo como R$ 2 milhões de bônus.
Na PDG, no mesmo ano, o bônus médio anual dos diretores foi mais de R$ 4 milhões.
Em 2010, segundo a Towers Watson, uma das maiores consultorias mundiais na área de recursos humanos, em pesquisa com 360 companhias em atividade no Brasil, sendo 82% multinacionais, a remuneração destinada aos seus principais executivos atingiu a marca de R$ 1,7 bilhões.
No comando da Siemens há mais de dez anos, acumulando ano a ano índices de crescimento excepcionais, com bônus condizentes ao desempenho alcançado, certamente não seriam 7 milhões de euros motivos suficientes para tirar Primo dos trilhos.
Qual seria o motivo então?
Desfalque, participação da Siemens em concorrências com uso de propinas, inveja pela projeção alcançada pelo profissional. Boatos surgem de todas as partes.
Primo, na sua mineirice de São Lourenço, fecha-se em copas. Talvez até na espera do rumo que a prosa irá tomar, como costumava ouvir pelos botecos de frente para o Parque das Águas, principal atração turística daquela agradável cidade da serra.
Esperando para falar ou para esquecer.
A alegada "decorrência da descoberta de uma grave contravenção das diretivas da Siemens na sede nacional", pinta de preto o imenso vazio, ou seja, tudo é possível e nada é explicado.
Imediatamente surgiu uma versão, não oficial, divulgada a exaustão por todos os meios de informação, que Primo teria desviado 7 milhões de euros da Siemens, entre 2005 e 2006, para uma conta pessoal na Europa.
Esse seria mesmo o motivo?
Sob a batuta de Primo na presidência, a Siemens viu seu faturamento crescer mais de quatro vezes. Seus trinta e cinco anos de trabalho na companhia, além da experiência adquirida, deram a Primo um nível de informações e conhecimentos como muito poucos conseguiram alcançar.
Seriam 7 milhões de euros suficientes para fazer com que Primo colocasse em risco sua posição e todos os anos de dedicação a Siemens?
Ora, 7 milhões de euros são 7 milhões de euros!
Mas o que representa essa quantia no bolso do mais alto executivo de uma multinacional brasileira?
Para ajudar no nosso raciocínio, vamos aos números.
Em 2009, somente dois dos maiores bancos brasileiros pagaram R$ 500 milhões para seus principais diretores a título de bônus.
Na Vivo, em 2010, o principal posto de comando da companhia recebia R$ 3,1 milhões por ano e seus diretores amealharam algo como R$ 2 milhões de bônus.
Na PDG, no mesmo ano, o bônus médio anual dos diretores foi mais de R$ 4 milhões.
Em 2010, segundo a Towers Watson, uma das maiores consultorias mundiais na área de recursos humanos, em pesquisa com 360 companhias em atividade no Brasil, sendo 82% multinacionais, a remuneração destinada aos seus principais executivos atingiu a marca de R$ 1,7 bilhões.
No comando da Siemens há mais de dez anos, acumulando ano a ano índices de crescimento excepcionais, com bônus condizentes ao desempenho alcançado, certamente não seriam 7 milhões de euros motivos suficientes para tirar Primo dos trilhos.
Qual seria o motivo então?
Desfalque, participação da Siemens em concorrências com uso de propinas, inveja pela projeção alcançada pelo profissional. Boatos surgem de todas as partes.
Primo, na sua mineirice de São Lourenço, fecha-se em copas. Talvez até na espera do rumo que a prosa irá tomar, como costumava ouvir pelos botecos de frente para o Parque das Águas, principal atração turística daquela agradável cidade da serra.
Esperando para falar ou para esquecer.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Mr. Steve "Disney" Jobs
Hoje, a cada milésimo de segundo, os veículos de informação e as redes sociais estão sendo tomadas de assalto por milhões de post, e mails e depoimentos sensibilizados de um contingente impressionante de fãs e adoradores de Steve Jobs.
Uma morte que apesar de estar aguardada por todos, provocou uma das maiores comoções digitais que a mídia já teve conhecimento.
O gênio inventivo, a inteligência aguçada, a capacidade infinita de se comunicar e o poder de traduzir os mais loucos sonhos digitais em realidade ao alcance dos dedos, fizeram de Steve Jobs, um ser tão próximo a todos e a vida de cada um, que passou a fazer parte da família.
Mas será que não existe um exagero grande nessa reação?
Afinal, Jobs era tão imprescindível assim? Suas criações foram tão decisivas para a vida de tantas pessoas? Qual é a razão de tanta loucura?
De repente me vejo criança. A data era 15 de dezembro de 1966 e eu ouvia inconformado o locutor da rádio informando que acabara de morrer Walter Elias Disney, Walt Disney.
Mas como era possível? pensava entre uma lágrima e um soluço. Como ele podia ter deixado órfãos milhares de crianças no mundo inteiro? Choravam o Mickey, Pato Donald e Pinóquio, Branca de Neve abraçava desesperada os Sete anões e a Cinderela se recusava a abandonar o seu castelo.
Seria o fim da magia que a cada história me transportava para um mundo de alegria e diversão? Todos esses amigos do imaginário iriam morrer também?
A recordação daquele momento traz a resposta as minhas indagações.
A semelhança entre as duas situações, mais do que a doença que levou os dois, reside exatamente no mundo que cada um deles criou ou possibilitou acessar.
Assim como aquela criança que fui, feliz por poder me transportar para o convívio dos meus personagens preferidos, os equipamentos criados por Jobs muito mais que facilitar a vida das empresas e das pessoas, permitiu com que cada um de nós pudéssemos nos transportar para um mundo de amigos em redes universais, um mundo em que nos tornarmos personagens da nossa própria história.
Hoje, para tristeza de todos, Branca de Neve e a maça estão unidas em mais uma história.
Vamos esperar a chegada de um novo príncipe para mais uma vez acordar cada menina e menino que existe dentro de nós.
Uma morte que apesar de estar aguardada por todos, provocou uma das maiores comoções digitais que a mídia já teve conhecimento.
O gênio inventivo, a inteligência aguçada, a capacidade infinita de se comunicar e o poder de traduzir os mais loucos sonhos digitais em realidade ao alcance dos dedos, fizeram de Steve Jobs, um ser tão próximo a todos e a vida de cada um, que passou a fazer parte da família.
Mas será que não existe um exagero grande nessa reação?
Afinal, Jobs era tão imprescindível assim? Suas criações foram tão decisivas para a vida de tantas pessoas? Qual é a razão de tanta loucura?
De repente me vejo criança. A data era 15 de dezembro de 1966 e eu ouvia inconformado o locutor da rádio informando que acabara de morrer Walter Elias Disney, Walt Disney.
Mas como era possível? pensava entre uma lágrima e um soluço. Como ele podia ter deixado órfãos milhares de crianças no mundo inteiro? Choravam o Mickey, Pato Donald e Pinóquio, Branca de Neve abraçava desesperada os Sete anões e a Cinderela se recusava a abandonar o seu castelo.
Seria o fim da magia que a cada história me transportava para um mundo de alegria e diversão? Todos esses amigos do imaginário iriam morrer também?
A recordação daquele momento traz a resposta as minhas indagações.
A semelhança entre as duas situações, mais do que a doença que levou os dois, reside exatamente no mundo que cada um deles criou ou possibilitou acessar.
Assim como aquela criança que fui, feliz por poder me transportar para o convívio dos meus personagens preferidos, os equipamentos criados por Jobs muito mais que facilitar a vida das empresas e das pessoas, permitiu com que cada um de nós pudéssemos nos transportar para um mundo de amigos em redes universais, um mundo em que nos tornarmos personagens da nossa própria história.
Hoje, para tristeza de todos, Branca de Neve e a maça estão unidas em mais uma história.
Vamos esperar a chegada de um novo príncipe para mais uma vez acordar cada menina e menino que existe dentro de nós.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
A memória que fica
Antes de tudo quero deixar claro que faço parte da legião de admiradores fervorosos do Ronaldo Nazário - o nosso Ronaldo.
Depois, para um melhor conhecimento dos amigos da minha capacidade de avaliação sobre jogadores, esclareço que faço parte de uma geração que teve a oportunidade de ver jogar craques da grandeza Garrincha, Rivelino, Zico e Maradona.
Que tive a oportunidade de ver jogar e se despedir dos campos de futebol do maior de todos eles, Pelé.
Como o próprio já disse uma vez, ao ser perguntado quem foi o melhor jogador de todos os tempos - ele ou Maradona - as comparações devem ser feitas tendo por base as conquistas alcançadas pelo atleta.
Pelé foi dez vezes campeão paulista, quatro vezes campeão Rio/São Paulo, cinco vezes campeão da taça Brasil, duas vezes campeão da Libertadores, duas vezes campeão mundial de clubes e três vezes campeão mundial de seleções, isso sem contar a infinidade de torneios regionais conquistados por ele e seus companheiros.
Edu Jonas, um dos maiores ponta esquerda do futebol brasileiro e companheiro por muitos anos de Pelé, no Santos e na seleção, confidenciou-me uma vez que, qualquer esporte que Pelé tivesse escolhido, seria sempre o maior. Na primeira concentração em estiveram juntos - disse Edu - Pelé participou pela primeira vez de um jogo de sinuca. Três dias depois, ninguém vencia mais Pelé.
Mas o assunto de hoje, divagações á parte, não é estabelecer uma comparação sobre jogadores e suas carreiras, mas sim, como eles realizam as suas despedidas.
Quero contrapor as emoções das homenagens recebidas por Pelé, do Santos e da seleção brasileira, com o "espetáculo" da festa de despedida do Ronaldo no jogo dessa terça feira.
Lamentável em brilho, cor e participação. Um evento sem a menor emoção, por mais que o locutor tivesse tentado passar o contrário. Uma final de um campeonato de truco no bar do clube certamente seria mais emocionante.
Quando a exibição do homenageado, não que estivéssemos esperando um Ronaldo ágil, inteligente e veloz - suas melhores qualidades - mas o que vimos chegou a ser patético. Vinte e um jogadores fazendo o possível para que Ronaldo deixasse sua marca na despedida. Contra ele apenas dois, o goleiro da Romênia e o seu estado físico deplorável.
Por instantes me fez lembrar a despedida de outro gênio do futebol - Garrincha - em um jogo que os zagueiros adversários chegavam a deixar as pernas abertas para que ele conseguisse o drible de efeito.
Esse menino de São Cristovão, Rio de Janeiro, que tantas alegrias nos deu, com tanto sacrifico pessoal e físico, merecia uma festa melhor, com mais respeito e preservação.
Talvez tenha faltado a Ronaldo a sabedoria de Pelé para escolher o momento certo de parar. A imagem correta para deixar na memória de todos.
A passagem mais adequada para entrar na história.
Depois, para um melhor conhecimento dos amigos da minha capacidade de avaliação sobre jogadores, esclareço que faço parte de uma geração que teve a oportunidade de ver jogar craques da grandeza Garrincha, Rivelino, Zico e Maradona.
Que tive a oportunidade de ver jogar e se despedir dos campos de futebol do maior de todos eles, Pelé.
Como o próprio já disse uma vez, ao ser perguntado quem foi o melhor jogador de todos os tempos - ele ou Maradona - as comparações devem ser feitas tendo por base as conquistas alcançadas pelo atleta.
Pelé foi dez vezes campeão paulista, quatro vezes campeão Rio/São Paulo, cinco vezes campeão da taça Brasil, duas vezes campeão da Libertadores, duas vezes campeão mundial de clubes e três vezes campeão mundial de seleções, isso sem contar a infinidade de torneios regionais conquistados por ele e seus companheiros.
Edu Jonas, um dos maiores ponta esquerda do futebol brasileiro e companheiro por muitos anos de Pelé, no Santos e na seleção, confidenciou-me uma vez que, qualquer esporte que Pelé tivesse escolhido, seria sempre o maior. Na primeira concentração em estiveram juntos - disse Edu - Pelé participou pela primeira vez de um jogo de sinuca. Três dias depois, ninguém vencia mais Pelé.
Mas o assunto de hoje, divagações á parte, não é estabelecer uma comparação sobre jogadores e suas carreiras, mas sim, como eles realizam as suas despedidas.
Quero contrapor as emoções das homenagens recebidas por Pelé, do Santos e da seleção brasileira, com o "espetáculo" da festa de despedida do Ronaldo no jogo dessa terça feira.
Lamentável em brilho, cor e participação. Um evento sem a menor emoção, por mais que o locutor tivesse tentado passar o contrário. Uma final de um campeonato de truco no bar do clube certamente seria mais emocionante.
Quando a exibição do homenageado, não que estivéssemos esperando um Ronaldo ágil, inteligente e veloz - suas melhores qualidades - mas o que vimos chegou a ser patético. Vinte e um jogadores fazendo o possível para que Ronaldo deixasse sua marca na despedida. Contra ele apenas dois, o goleiro da Romênia e o seu estado físico deplorável.
Por instantes me fez lembrar a despedida de outro gênio do futebol - Garrincha - em um jogo que os zagueiros adversários chegavam a deixar as pernas abertas para que ele conseguisse o drible de efeito.
Esse menino de São Cristovão, Rio de Janeiro, que tantas alegrias nos deu, com tanto sacrifico pessoal e físico, merecia uma festa melhor, com mais respeito e preservação.
Talvez tenha faltado a Ronaldo a sabedoria de Pelé para escolher o momento certo de parar. A imagem correta para deixar na memória de todos.
A passagem mais adequada para entrar na história.
quarta-feira, 23 de março de 2011
O Público e o "Privado"
A prepotência do governo federal, que parecia não ter acompanhado a troca da faixa presidencial, dá sinais de renascimento no governo Dilma.
A exigência da troca de comando da Vale, com a saída de Roger Agnelli da presidência, é uma demonstração clara do continuísmo do "modus operandi" do governo, que assim como faz com a Petrobrás- uma empresa de controle estatal - quer subjugar a Vale, que desde 1997 se tornou uma empresa privada.
Não que não seja permitido a qualquer acionista, de qualquer empresa privada, pleitear e requerer a troca de comando quando os rumos das empresas e os resultados dos acionistas não estão sendo bem conduzidos.
O governo federal, acionista e um dos principais controladores da Vale através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pode fazê-lo, bem como, a Bradespar (Bradesco) e a Mitsui Trading (capital japonês), as outras duas empresas do bloco de comando.
As coisas não vão bem, troca-se a administração da empresa. Tudo certo, não fosse por um pequeno detalhe. Durante os dez anos de comando de Agnelli, a Vale teve um crescimento exponencial, tornando-se a segunda maior empresa de mineração do mundo.
Em 2010, a Vale obteve um lucro líquido de R$ 30,1 bilhões, o maior de toda a história da mineração.
Então, onde está o problema?
A primeira "trombada" com o governo federal aconteceu em 2008, quando a Vale demitiu funcionários e suspendeu provisoriamente alguns investimentos para fazer frente a toda a crise mundial. Isso contrariava explicitamente o discurso do governo, que preconizava o Brasil como a Ilha da Fantasia, com empregos e trabalhos abundantes.
Quando tudo parecia acomodado, apesar do osso encalacrado na garganta do governo, vem a segunda tentativa governamental de meter as mãos nos cofres da Vale.
Uma dívida de R$ 4 bilhões em royalties para municípios mineiros, tida como certa pelo governo e contestada veementemente pela Vale, joga gasolina sobre a brasa adormecida.
A Vale quer resolver as coisas na justiça, o governo quer que tudo seja resolvido nos gabinetes palacianos, sem maiores envolvimentos da mídia.
O governo considera um desrespeito a chefia, uma insubordinação, uma falta de patriotismo de Agnelli, colocar os interesses dos acionistas da Vale acima dos interesses políticos do país.
O absurdo maior parte da boca do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: “O que são R$ 4 bilhões para uma empresa que teve um lucro líquido de mais de R$ 30 bilhões?”
A Vale é hoje a maior exportadora brasileira e conta com mais de 115.000 empregados. Será que preservar a empresa sadia, gerando exportações e empregos, não é atender os objetivos do governo federal?
A exigência da troca de comando da Vale, com a saída de Roger Agnelli da presidência, é uma demonstração clara do continuísmo do "modus operandi" do governo, que assim como faz com a Petrobrás- uma empresa de controle estatal - quer subjugar a Vale, que desde 1997 se tornou uma empresa privada.
Não que não seja permitido a qualquer acionista, de qualquer empresa privada, pleitear e requerer a troca de comando quando os rumos das empresas e os resultados dos acionistas não estão sendo bem conduzidos.
O governo federal, acionista e um dos principais controladores da Vale através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pode fazê-lo, bem como, a Bradespar (Bradesco) e a Mitsui Trading (capital japonês), as outras duas empresas do bloco de comando.
As coisas não vão bem, troca-se a administração da empresa. Tudo certo, não fosse por um pequeno detalhe. Durante os dez anos de comando de Agnelli, a Vale teve um crescimento exponencial, tornando-se a segunda maior empresa de mineração do mundo.
Em 2010, a Vale obteve um lucro líquido de R$ 30,1 bilhões, o maior de toda a história da mineração.
Então, onde está o problema?
A primeira "trombada" com o governo federal aconteceu em 2008, quando a Vale demitiu funcionários e suspendeu provisoriamente alguns investimentos para fazer frente a toda a crise mundial. Isso contrariava explicitamente o discurso do governo, que preconizava o Brasil como a Ilha da Fantasia, com empregos e trabalhos abundantes.
Quando tudo parecia acomodado, apesar do osso encalacrado na garganta do governo, vem a segunda tentativa governamental de meter as mãos nos cofres da Vale.
Uma dívida de R$ 4 bilhões em royalties para municípios mineiros, tida como certa pelo governo e contestada veementemente pela Vale, joga gasolina sobre a brasa adormecida.
A Vale quer resolver as coisas na justiça, o governo quer que tudo seja resolvido nos gabinetes palacianos, sem maiores envolvimentos da mídia.
O governo considera um desrespeito a chefia, uma insubordinação, uma falta de patriotismo de Agnelli, colocar os interesses dos acionistas da Vale acima dos interesses políticos do país.
O absurdo maior parte da boca do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: “O que são R$ 4 bilhões para uma empresa que teve um lucro líquido de mais de R$ 30 bilhões?”
A Vale é hoje a maior exportadora brasileira e conta com mais de 115.000 empregados. Será que preservar a empresa sadia, gerando exportações e empregos, não é atender os objetivos do governo federal?
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
O mundo conectado
Segundo a consultoria Deloitte, em 2011, mais de 50% dos dispositivos de informática vendidos no mundo não serão computadores.
Os tablets e os smartphones, com mais de 400 milhões de vendas previstas para 2011, serão "a bola da vez", estimulando e empurrando para cima a previsão de U$ 10 bilhões de receita para todo o setor.
Mais mobilidade e maior rapidez exigem internet e banda larga em expansão contínua. Ligações sem fio já ultrapassaram a marca de 100 Mbit/segundo.
O mundo que você pensou hoje de manhã já poderá estar velho na hora do jantar.
A velocidade com que as informações trafegam no mundo digital, pelas redes sociais, blogs e páginas de internet é espantosa.
Os jornais impressos, a bem pouco tempo atrás, pensavam como iriam adaptar o seu conteúdo a internet. Hoje isso já não basta. O formato necessário agora é o que caiba nos tablets e smartphones.
A necessidade sempre foi a mãe das invenções. Será que hoje, não são as invenções que estão gerando as necessidades?
Os tablets e os smartphones, com mais de 400 milhões de vendas previstas para 2011, serão "a bola da vez", estimulando e empurrando para cima a previsão de U$ 10 bilhões de receita para todo o setor.
Mais mobilidade e maior rapidez exigem internet e banda larga em expansão contínua. Ligações sem fio já ultrapassaram a marca de 100 Mbit/segundo.
O mundo que você pensou hoje de manhã já poderá estar velho na hora do jantar.
A velocidade com que as informações trafegam no mundo digital, pelas redes sociais, blogs e páginas de internet é espantosa.
Os jornais impressos, a bem pouco tempo atrás, pensavam como iriam adaptar o seu conteúdo a internet. Hoje isso já não basta. O formato necessário agora é o que caiba nos tablets e smartphones.
A necessidade sempre foi a mãe das invenções. Será que hoje, não são as invenções que estão gerando as necessidades?
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Fiat Lux no Brasil da Dilma Rousseff
O conhecimento da presidenta Dilma Rousseff do setor elétrico brasileiro nos faz crer que ela tenha o estofo necessário para desembrulhar o nó existente no setor, conduzindo a um bom caminho a necessidade de expansão da oferta de energia que o nosso desenvolvimento nos impõe.
O tamanho dos investimentos necessários, mesmo antes do corte orçamentário de R$ 50 bilhões, é muitas vezes superior a capacidade brasileira. O Brasil não tem caixa para custear todas as despesas demandadas. Portanto, os investidores externos, mais que bem aceitos, são imprescindíveis.
Como atrair esses investidores, se não remuneramos adequadamente o capital desejado?
Segundo uma importante empresa do setor, o governo brasileiro vem mantendo artificialmente baixo o valor das tarifas pagas aos geradores.
Isso, associado a uma carga tributária que pode chegar a 44%, desestimula a participação das empresas geradoras de energia nos leilões do governo.
O que se vê é a presença constante de grupos formados por construtoras, que por força do próprio "core business", podem perder em uma ponta para ganhar em outra.
O capital não aceita desaforo e as empresas do setor elétrico não estão dispostas a arcar com o chamado "custo Brasil".
A outra questão a ser resolvida é o tempo de construção e ativação das usinas hidroelétricas.
Razões financeiras, logísticas e até ambientais, impedem a rapidez na sua execução das obras necessárias, o que aumenta a distância entre a demanda e a oferta.
Talvez o Brasil precise construir mais usinas menores, até mesmo aquelas que empregam o gás como força motriz, para poder abastecer o mercado consumidor até que as maiores estejam prontas.
Apesar de serem consideradas nocivas ao meio ambiente, as usinas a gás podem ser uma alternativa. A matriz energética brasileira é extremamente limpa e mesmo com a utilização pontual do gás, estaremos ainda muito longe dos índices nocivos europeus.
A outra alternativa é a energia eólica. Com os atuais conflitos nos países árabes e a alta no preço do petróleo, a energia eólica volta a ter seus custos competitivos.
No Brasil, vento e espaço nunca faltam.
O tamanho dos investimentos necessários, mesmo antes do corte orçamentário de R$ 50 bilhões, é muitas vezes superior a capacidade brasileira. O Brasil não tem caixa para custear todas as despesas demandadas. Portanto, os investidores externos, mais que bem aceitos, são imprescindíveis.
Como atrair esses investidores, se não remuneramos adequadamente o capital desejado?
Segundo uma importante empresa do setor, o governo brasileiro vem mantendo artificialmente baixo o valor das tarifas pagas aos geradores.
Isso, associado a uma carga tributária que pode chegar a 44%, desestimula a participação das empresas geradoras de energia nos leilões do governo.
O que se vê é a presença constante de grupos formados por construtoras, que por força do próprio "core business", podem perder em uma ponta para ganhar em outra.
O capital não aceita desaforo e as empresas do setor elétrico não estão dispostas a arcar com o chamado "custo Brasil".
A outra questão a ser resolvida é o tempo de construção e ativação das usinas hidroelétricas.
Razões financeiras, logísticas e até ambientais, impedem a rapidez na sua execução das obras necessárias, o que aumenta a distância entre a demanda e a oferta.
Talvez o Brasil precise construir mais usinas menores, até mesmo aquelas que empregam o gás como força motriz, para poder abastecer o mercado consumidor até que as maiores estejam prontas.
Apesar de serem consideradas nocivas ao meio ambiente, as usinas a gás podem ser uma alternativa. A matriz energética brasileira é extremamente limpa e mesmo com a utilização pontual do gás, estaremos ainda muito longe dos índices nocivos europeus.
A outra alternativa é a energia eólica. Com os atuais conflitos nos países árabes e a alta no preço do petróleo, a energia eólica volta a ter seus custos competitivos.
No Brasil, vento e espaço nunca faltam.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
"Fecham-se as cortinas..."
Hoje, lembrei-me de um dos maiores narradores esportivos do rádio brasileiro - Fiori Giglioti.
Um profissional capaz de transmitir um lance de uma partida de futebol com tamanha perfeição que parecia que estávamos no próprio campo de futebol, observando cada detalhe da jogada.
É dele o famoso bordão “abrem-se as cortinas e começa o espetáculo", início de todas as suas transmissões.
Sim, porque isso foi o que sempre significou o futebol. Um maravilhoso espetáculo executado por um grupo de artistas, pintando com cores inimagináveis, as suas mais belas jogadas, fazendo desse esporte um momento de pura devoção.
Pelé, Garrincha, Didi, Rivelino, Gérson e tantos outros, que a cada domingo, como se fosse uma procissão, transportavam multidões aos estádios, todos sempre a espera da jogada inesquecível.
A bola parecia fazer parte de seus corpos, uma extensão das próprias pernas, tal era a cumplicidade e reverência com que era tratada.
Transformado em business, o futebol perdeu um pouco da sua paixão, do seu atrevimento.
Os artistas cederam lugar para os guerreiros, cada partida uma batalha, a magia sendo trocada pela eficiência espartana, regras do novo negócio.
Mas, os deuses do futebol, saudosistas que são, volta e meia enviam aqui para a Terra, artistas dispostos a transgredir as determinações estabelecidas.
Aparecem os Maradonas, Zicos, Rivaldos, Messis, Romários, que com genialidade desconcertante, desafiam todas as táticas planejadas. Surgem para lembrar que o prazer da arte sempre será maior que o simples e mecânico resultado.
Espalham a sua magia por todo o mundo, fazendo ressuscitar em nossos corações a velha chama da paixão.
Como filhos dos deuses do futebol são reverenciados por todas as nações. Reis, príncipes e presidentes estão sempre dispostos a adulá-los, na tentativa inútil de transferir a popularidade alcançada por esses ídolos, as suas nem sempre honestas condutas.
Só que até mesmo filhos de deuses têm prazo de validade. Nem mesmo eles resistem ao tempo.
Ontem foi o dia de mais um desses heróis tirarem o seu manto de divindade e voltar a ser um simples mortal.
O menino do São Cristovão que conquistou o mundo.
Talvez ninguém tenha personificado tão bem o encontro do passado com o futebol moderno como ele.
A irreverência dos antigos com a força dos deuses de hoje. Uma dádiva que fez dele um ídolo de todas as bandeiras, até mesmo de equipes rivais as quais serviu.
Agora ele se retira. Mais uma vez o tempo foi implacável. mais uma vez nos deixou órfãos.
Resta um vazio. Um vazio e a esperança que os deuses se compadeçam das nossas aflições e enviem mais um de seus filhos. Alguém que nos faça acreditar que a magia nunca termina.
A cortina se fechou pondo fim ao espetáculo.
Eu, como milhares de outros torcedores, permaneço na platéia. Silencioso, na espera da cortina novamente se abrir e poder mais uma vez levar aos campos toda a minha emoção.
Um profissional capaz de transmitir um lance de uma partida de futebol com tamanha perfeição que parecia que estávamos no próprio campo de futebol, observando cada detalhe da jogada.
É dele o famoso bordão “abrem-se as cortinas e começa o espetáculo", início de todas as suas transmissões.
Sim, porque isso foi o que sempre significou o futebol. Um maravilhoso espetáculo executado por um grupo de artistas, pintando com cores inimagináveis, as suas mais belas jogadas, fazendo desse esporte um momento de pura devoção.
Pelé, Garrincha, Didi, Rivelino, Gérson e tantos outros, que a cada domingo, como se fosse uma procissão, transportavam multidões aos estádios, todos sempre a espera da jogada inesquecível.
A bola parecia fazer parte de seus corpos, uma extensão das próprias pernas, tal era a cumplicidade e reverência com que era tratada.
Transformado em business, o futebol perdeu um pouco da sua paixão, do seu atrevimento.
Os artistas cederam lugar para os guerreiros, cada partida uma batalha, a magia sendo trocada pela eficiência espartana, regras do novo negócio.
Mas, os deuses do futebol, saudosistas que são, volta e meia enviam aqui para a Terra, artistas dispostos a transgredir as determinações estabelecidas.
Aparecem os Maradonas, Zicos, Rivaldos, Messis, Romários, que com genialidade desconcertante, desafiam todas as táticas planejadas. Surgem para lembrar que o prazer da arte sempre será maior que o simples e mecânico resultado.
Espalham a sua magia por todo o mundo, fazendo ressuscitar em nossos corações a velha chama da paixão.
Como filhos dos deuses do futebol são reverenciados por todas as nações. Reis, príncipes e presidentes estão sempre dispostos a adulá-los, na tentativa inútil de transferir a popularidade alcançada por esses ídolos, as suas nem sempre honestas condutas.
Só que até mesmo filhos de deuses têm prazo de validade. Nem mesmo eles resistem ao tempo.
Ontem foi o dia de mais um desses heróis tirarem o seu manto de divindade e voltar a ser um simples mortal.
O menino do São Cristovão que conquistou o mundo.
Talvez ninguém tenha personificado tão bem o encontro do passado com o futebol moderno como ele.
A irreverência dos antigos com a força dos deuses de hoje. Uma dádiva que fez dele um ídolo de todas as bandeiras, até mesmo de equipes rivais as quais serviu.
Agora ele se retira. Mais uma vez o tempo foi implacável. mais uma vez nos deixou órfãos.
Resta um vazio. Um vazio e a esperança que os deuses se compadeçam das nossas aflições e enviem mais um de seus filhos. Alguém que nos faça acreditar que a magia nunca termina.
A cortina se fechou pondo fim ao espetáculo.
Eu, como milhares de outros torcedores, permaneço na platéia. Silencioso, na espera da cortina novamente se abrir e poder mais uma vez levar aos campos toda a minha emoção.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
O tempo da velocidade e a velocidade do tempo
Eu, como a maior parte da minha geração, cresci cultivando ídolos.
Eles -os meus ídolos - mais que modelos de atitudes e comportamentos tinham um poder mágico, um "pó de piripimpim" capaz de transportar todos nós para as suas ilusões em uma viagem mágica.
Uma cartucheira e um revólver de plástico bastavam para me transformar em Roy Rogers,
pronto para levar a justiça e a paz para todo o Velho Oeste. E, se por acaso ele estivesse em alguma outra missão, um pedaço de cabo de vassoura fazia às vezes de bengala e de pronto surgia Bat Masterson.
Na musica, Creedence Clearwater Revival e os Beatles faziam a trilha sonora. Claro, sem esquecer de Roberto Carlos e a sua Jovem Guarda, que nos colocava, todos os domingos à tarde, sem exceção, na frente dos televisores.
No futebol, a lista era ainda maior. Pelé, Garrincha, Rivelino, Gerson, Tostão, Ademir da Guia eram incorporados quase que mediunicamente por todos os garotos do bairro, sem distinção de classes sociais, da bola de meia a bola de capotão.
Nossos ídolos eram agentes das mudanças, instigadores dos nossos pensamentos e atitudes, padrões dos nossos comportamentos.
Tempos duros também surgiram. A ditadura chegou atuante, sempre pronta para sufocar qualquer liderança que não comungasse dos mesmos princípios. Os meios de comunicação sob censura eram proibidos de divulgar qualquer notícia ou informação que, na opinião dos ditadores de plantão, colocasse em risco a chamada revolução.
Mas, tudo isso passou. A grande revolução que vivemos é a revolução da tecnologia. Tudo se transformando a uma velocidade espantosa. O que hoje é novidade, amanhã já estará ultrapassado. A lei da obsolescência planejada atingiu até os ídolos. Agora eles vem com prazo de validade.
Será que o tempo entre as gerações também diminuiu?
A chegada do homem a Lua, a televisão colorida, os computadores, feitos e criações que transformaram o mundo em que vivemos revoluções que presenciei de forma privilegiada.
Mas talvez, o fato mais impressionante que pudemos assistir, pelo menos nos últimos dez anos, foi o surgimento da primeira revolução sem liderança, sem nenhum ídolo no comando.
Uma revolução comandada por pontas de dedos e redes sociais.
Uma ditadura de mais de 30 anos e o oitava maior exército do mundo, postos de joelhos por um levante popular nascido na internet.
Sem armas, sem comando central. Uma revolução com o rosto do povo. A mais perfeita tradução de democracia, o povo para o povo.
Parafraseando a letra da música de Rodrix, imortalizada pela voz de Elis Regina "...os meus ídolos ainda são os mesmos...", mas agora posso dizer que presenciei a primeira Revolução Popular Digital da história.
ps.Cris Hori, obrigado pela cobrança
Eles -os meus ídolos - mais que modelos de atitudes e comportamentos tinham um poder mágico, um "pó de piripimpim" capaz de transportar todos nós para as suas ilusões em uma viagem mágica.
Uma cartucheira e um revólver de plástico bastavam para me transformar em Roy Rogers,
pronto para levar a justiça e a paz para todo o Velho Oeste. E, se por acaso ele estivesse em alguma outra missão, um pedaço de cabo de vassoura fazia às vezes de bengala e de pronto surgia Bat Masterson.
Na musica, Creedence Clearwater Revival e os Beatles faziam a trilha sonora. Claro, sem esquecer de Roberto Carlos e a sua Jovem Guarda, que nos colocava, todos os domingos à tarde, sem exceção, na frente dos televisores.
No futebol, a lista era ainda maior. Pelé, Garrincha, Rivelino, Gerson, Tostão, Ademir da Guia eram incorporados quase que mediunicamente por todos os garotos do bairro, sem distinção de classes sociais, da bola de meia a bola de capotão.
Nossos ídolos eram agentes das mudanças, instigadores dos nossos pensamentos e atitudes, padrões dos nossos comportamentos.
Tempos duros também surgiram. A ditadura chegou atuante, sempre pronta para sufocar qualquer liderança que não comungasse dos mesmos princípios. Os meios de comunicação sob censura eram proibidos de divulgar qualquer notícia ou informação que, na opinião dos ditadores de plantão, colocasse em risco a chamada revolução.
Mas, tudo isso passou. A grande revolução que vivemos é a revolução da tecnologia. Tudo se transformando a uma velocidade espantosa. O que hoje é novidade, amanhã já estará ultrapassado. A lei da obsolescência planejada atingiu até os ídolos. Agora eles vem com prazo de validade.
Será que o tempo entre as gerações também diminuiu?
A chegada do homem a Lua, a televisão colorida, os computadores, feitos e criações que transformaram o mundo em que vivemos revoluções que presenciei de forma privilegiada.
Mas talvez, o fato mais impressionante que pudemos assistir, pelo menos nos últimos dez anos, foi o surgimento da primeira revolução sem liderança, sem nenhum ídolo no comando.
Uma revolução comandada por pontas de dedos e redes sociais.
Uma ditadura de mais de 30 anos e o oitava maior exército do mundo, postos de joelhos por um levante popular nascido na internet.
Sem armas, sem comando central. Uma revolução com o rosto do povo. A mais perfeita tradução de democracia, o povo para o povo.
Parafraseando a letra da música de Rodrix, imortalizada pela voz de Elis Regina "...os meus ídolos ainda são os mesmos...", mas agora posso dizer que presenciei a primeira Revolução Popular Digital da história.
ps.Cris Hori, obrigado pela cobrança
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