Será proibida de concorrer às eleições, pessoas condenadas em primeira instância ou com denuncias recebidas por um tribunal, por crimes de racismo, homicídio, estupro, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas, bem como, as condenadas por compra de votos ou uso da máquina administrativa.
Essa certamente é a parte do projeto de lei complementar - que chegou ao Congresso ancorada por um milhão e trezentas mil assinaturas populares, que representará o maior entrave à sua aprovação.
Segundo o site Congresso em Foco (www.congressoemfoco.ig.com.br ) até a data de 3 de junho de 2009, eram 150 parlamentares respondendo processos no Supremo Tribunal Federal, divididos em 129 deputados e 21 senadores. Entre eles, nomes como Antonio Palocci, Beto Mansur, Jader Barbalho, Jilmar Tato, João Paulo Cunha, José Genoino, Paulo Maluf, Fernando Collor, Marcio Perillo, Renan Calheiros, Romero Juca e até mesmo o próprio Michael Temer.
Com quase um quarto dos nossos deputados e senadores respondendo processo, a chance da lei "Ficha Limpa" ser aprovada na íntegra é praticamente nula.
Os que defendem que a sua aprovação fere o artigo 5º da Constituição, violando o princípio da presunção da inocência, certamente não levam em conta todos os meandros, trâmites e alternativas à disposição dos réus, que permitem o adiamento da sentença definitiva até a prescrição do crime, ou a posse do réu eleito, conquistando assim todas as prerrogativas do mandato legislativo.
O contra ponto dessa posição está na própria vida empresarial.
O fato de uma empresa estar com seus impostos atrasados ou em discussão na justiça, não faz dela uma criminosa.No entanto serve para afastá-la das concorrências públicas.
Um bom exemplo de como proceder, é o caso do jornalista Pimenta Neves. Condenado em primeira instância pelo assassinato da também jornalista Sandra Gomide, aguarda em liberdade a sentença definitiva.
Após concluir o curso de direito, teve seu registro negado pela OAB, por não reunir os princípios morais e éticos necessários para exercer a advocacia.
No caso da "Ficha Limpa" o primeiro passo foi dado. O povo deixou claro - explicitado através das um milhão e trezentas mil assinaturas, o seu desejo de buscar a moralização do Legislativo.
Cabe, mais uma vez, a esse mesmo povo fiscalizar e conferir os candidatos que não apoiam a sua vontade.
Que se faça como a OAB. Aquele que não representar condignamente os anseios do povo, que tenha nas urnas o seu castigo.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Quem é o golpista?
Parece que existem momentos em nossas vidas, que somos levados a pensar e agir como se todos os sentidos tivessem adquiridos uma nova perspectiva, nos levando até mesmo a supor que o azul é verde, pelo simples fato que a grande maioria das pessoas é estimulada a acreditar nisso.
Talvez esse torpor coletivo possa justificar todas as atitudes tomadas pelo Brasil, Estados Unidos e companhia, no caso de Honduras.
Uma situação que se agrava a cada dia, que pode levar o Brasil a ser responsabilizado por toda a violência que ainda venha a ocorrer.
Zelaya continua, apesar da determinação brasileira de que não fizesse pronunciamentos que acirrassem ainda mais os ânimos, falando muito, convocando inclusive uma manifestação popular para derrubar os "golpistas".
Por outro lado, o chamado governo de facto endurece, levando Honduras a uma típica situação de estado de sítio.
Vamos tentar colocar todo esse caos, dentro de uma análise menos emocional.
A constituição de Honduras determina em seu artigo 239, que presidentes e vice presidentes não podem ser reeleitos. Determina ainda que, aqueles que desrespeitarem, propuserem à sua reforma ou apoiarem direta ou indiretamente a sua mudança, perdem seus cargos e se tornam inabilitados por dez anos.
Zelaya, ao tentar convocar uma consulta popular para alterar o artigo, agiu exatamente contra a própria constituição. Qualquer mudança deveria partir e ser coordenada pelo legislativo hondurenho e não por uma decisão presidencial.
Com base no artigo vigente, a Suprema Corte julgou e suspendeu os poderes do presidente, ordenando que as forças armadas retirassem Zelaya do seu cargo. É preciso lembrar que a figura jurídica do impeachment não existe na constituição do país.
Isso feito, assume Roberto Micheletti - presidente do Congresso, já que o vice presidente de Honduras havia renunciado para candidatar-se as próximas eleições presidenciais.
Portanto, os principais poderes constituídos de Honduras - Judiciário e Legislativo ( o Executivo é reú),estão unidos e conscientes da decisão tomada.
As forças armadas hondurenhas não agiram por conta própria ao remover Zelaya. Cumpriram ordens da Suprema Corte.
Então, quem é o golpista? Aquele que pretende alterar a constituição em seu próprio benefício, na tentativa de perpetuar-se no poder, ou o governo de facto quem tem ao seu lado as duas maiores instituições do país?
Independente de qualquer outro juízo de valores, todas as instâncias previstas pela constituição hondurenha foram seguidas.
E como diz o próprio presidente Lula em seu discurso, " é preciso respeitar os costumes políticos de cada país".
Talvez esse torpor coletivo possa justificar todas as atitudes tomadas pelo Brasil, Estados Unidos e companhia, no caso de Honduras.
Uma situação que se agrava a cada dia, que pode levar o Brasil a ser responsabilizado por toda a violência que ainda venha a ocorrer.
Zelaya continua, apesar da determinação brasileira de que não fizesse pronunciamentos que acirrassem ainda mais os ânimos, falando muito, convocando inclusive uma manifestação popular para derrubar os "golpistas".
Por outro lado, o chamado governo de facto endurece, levando Honduras a uma típica situação de estado de sítio.
Vamos tentar colocar todo esse caos, dentro de uma análise menos emocional.
A constituição de Honduras determina em seu artigo 239, que presidentes e vice presidentes não podem ser reeleitos. Determina ainda que, aqueles que desrespeitarem, propuserem à sua reforma ou apoiarem direta ou indiretamente a sua mudança, perdem seus cargos e se tornam inabilitados por dez anos.
Zelaya, ao tentar convocar uma consulta popular para alterar o artigo, agiu exatamente contra a própria constituição. Qualquer mudança deveria partir e ser coordenada pelo legislativo hondurenho e não por uma decisão presidencial.
Com base no artigo vigente, a Suprema Corte julgou e suspendeu os poderes do presidente, ordenando que as forças armadas retirassem Zelaya do seu cargo. É preciso lembrar que a figura jurídica do impeachment não existe na constituição do país.
Isso feito, assume Roberto Micheletti - presidente do Congresso, já que o vice presidente de Honduras havia renunciado para candidatar-se as próximas eleições presidenciais.
Portanto, os principais poderes constituídos de Honduras - Judiciário e Legislativo ( o Executivo é reú),estão unidos e conscientes da decisão tomada.
As forças armadas hondurenhas não agiram por conta própria ao remover Zelaya. Cumpriram ordens da Suprema Corte.
Então, quem é o golpista? Aquele que pretende alterar a constituição em seu próprio benefício, na tentativa de perpetuar-se no poder, ou o governo de facto quem tem ao seu lado as duas maiores instituições do país?
Independente de qualquer outro juízo de valores, todas as instâncias previstas pela constituição hondurenha foram seguidas.
E como diz o próprio presidente Lula em seu discurso, " é preciso respeitar os costumes políticos de cada país".
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Um conto chamado "Qual é o plano B do Lula?"
Serra 34% Dilma 14% Ciro 14%
Bastou Ciro Gomes manifestar a idéia de concorrer nas eleições de 2.010, para a primeira pesquisa de candidatos colocá-lo com 14% das intenções de voto, empatado com Dilma Rousseff na segunda posição.
A pesquisa acrescenta mais lenha na fogueira, atiçada por parte da bancada governista que não acredita nas chances de vitória de Dilma.
Desde o início do seu segundo mandato, Lula vem carregando nos ombros, o peso do nome de Dilma como sua legítima sucessora.
Lula, mais do que ninguém, sabe os riscos de se lançar um candidato muito antes das eleições.
Como ele sempre disse, é dar um alvo para a oposição, ao mesmo tempo que isso acaba gerando um descontentamento em todos os possíveis candidatos da base de apoio do governo.
Se Lula sabe, porque lançou a candidatura de Dilma tão fora do prazo ideal?
O que estaria por trás dessa possível estratégia?
Dilma, sua fiel escudeira, faria a função de "boi de piranha", atraindo todas as armas da oposição, enquanto o verdadeiro candidato aguardava nos bastidores?
Após a munição dos opositores acabar, surgiria o grande nome dos governistas, encarregado da continuação da obra do Lula na condução do povo brasileiro à glória merecida?
Qual é o plano B do Lula?
Ciro, que acaba de entrar na disputa, certamente não faz o perfil de Lula. Independente e ambicioso demais para brincar de "siga o líder".
Marina Silva, que não representou uma opção interna do partido, também não deve representar uma ameaça fora. O discurso ambientalista, apesar de toda projeção atual, ainda soa para a maioria como distante do mundo real.
A pergunta volta, então quem?
Será, que nos últimos momentos da competição, não aparecerá o verdadeiro campeão do rei, aquele que a todos na liça derrota, salvando a princesa Brasil de um triste destino?
E se o campeão for o próprio rei?
Mas para isso precisamos mudar a constituição. Precisaria novamente ser proposto e votado o terceiro mandato.
Para isso, nossos deputados e senadores teriam que votar defendendo os interesses do atual governo. Difícil?
A grande questão é - e se o plano B for na verdade o plano A?
Bastou Ciro Gomes manifestar a idéia de concorrer nas eleições de 2.010, para a primeira pesquisa de candidatos colocá-lo com 14% das intenções de voto, empatado com Dilma Rousseff na segunda posição.
A pesquisa acrescenta mais lenha na fogueira, atiçada por parte da bancada governista que não acredita nas chances de vitória de Dilma.
Desde o início do seu segundo mandato, Lula vem carregando nos ombros, o peso do nome de Dilma como sua legítima sucessora.
Lula, mais do que ninguém, sabe os riscos de se lançar um candidato muito antes das eleições.
Como ele sempre disse, é dar um alvo para a oposição, ao mesmo tempo que isso acaba gerando um descontentamento em todos os possíveis candidatos da base de apoio do governo.
Se Lula sabe, porque lançou a candidatura de Dilma tão fora do prazo ideal?
O que estaria por trás dessa possível estratégia?
Dilma, sua fiel escudeira, faria a função de "boi de piranha", atraindo todas as armas da oposição, enquanto o verdadeiro candidato aguardava nos bastidores?
Após a munição dos opositores acabar, surgiria o grande nome dos governistas, encarregado da continuação da obra do Lula na condução do povo brasileiro à glória merecida?
Qual é o plano B do Lula?
Ciro, que acaba de entrar na disputa, certamente não faz o perfil de Lula. Independente e ambicioso demais para brincar de "siga o líder".
Marina Silva, que não representou uma opção interna do partido, também não deve representar uma ameaça fora. O discurso ambientalista, apesar de toda projeção atual, ainda soa para a maioria como distante do mundo real.
A pergunta volta, então quem?
Será, que nos últimos momentos da competição, não aparecerá o verdadeiro campeão do rei, aquele que a todos na liça derrota, salvando a princesa Brasil de um triste destino?
E se o campeão for o próprio rei?
Mas para isso precisamos mudar a constituição. Precisaria novamente ser proposto e votado o terceiro mandato.
Para isso, nossos deputados e senadores teriam que votar defendendo os interesses do atual governo. Difícil?
A grande questão é - e se o plano B for na verdade o plano A?
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Confusões da nossa política externa..
O governo brasileiro deu mais uma demonstração, que em matéria de política externa, adora arrumar confusão.
A concessão do refúgio para o presidente deposto de Honduras - Manoel Zelaya, já foi um tremendo vacilo da diplomacia brasileira. Agora, autorizá-lo a transformar nossa embaixada em escritório político - com direito a discursos inflamados nas varandas da casa, é insano.
Uma coisa é o Brasil - assim como a ONU e toda a comunidade internacional, manifestar a sua posição contrária a arbitrária deposição e expulsão de Zelaya, a outra é a intromissão nos assuntos políticos internos de outro país, inclusive "favorecendo" os ataques verbais de Zelaya dentro do próprio território hondurenho.
Não podemos aceitar que nossos diplomatas envolvam nosso país em um conflito internacional.
Celso Amorim - ministro das Relações Exteriores, alegou que não sabia que Zelaya pretendia procurar abrigo na embaixada brasileira. Só tomou conhecimento, através do encarregado de negócios em Honduras, quando Zelaya já se encontrava dentro da embaixada.
Ora, custa acreditar que um encarregado de negócios pudesse, isoladamente, tomar a decisão de conceder o refúgio. Até mesmo para o subsecretário do ministério isso seria difícil. Ou nosso ministro está muito mal informado, ou a história não bate.
Agora, após a concessão do refúgio, cabe ao governo brasileiro estabelecer as regras de conduta para Zelaya. Deve proibir qualquer manifestação que coloque a situação institucional brasileira em risco.
Já se tem notícias de conflitos entre as forças do governo de Roberto Michelletti e apoiadores de Zelaya. Combates e saques pelas ruas da capital de Honduras já causaram a primeira morte.
Isso pode ser apenas o começo. A atitude da chancelaria brasileira envolveu nosso país em um conflito absolutamente desnecessário.
Que seja encontrada uma solução no menor espaço de tempo possível, para que mais vidas não se percam.
Como diz o ditado, quem quebrou que arrume.
A concessão do refúgio para o presidente deposto de Honduras - Manoel Zelaya, já foi um tremendo vacilo da diplomacia brasileira. Agora, autorizá-lo a transformar nossa embaixada em escritório político - com direito a discursos inflamados nas varandas da casa, é insano.
Uma coisa é o Brasil - assim como a ONU e toda a comunidade internacional, manifestar a sua posição contrária a arbitrária deposição e expulsão de Zelaya, a outra é a intromissão nos assuntos políticos internos de outro país, inclusive "favorecendo" os ataques verbais de Zelaya dentro do próprio território hondurenho.
Não podemos aceitar que nossos diplomatas envolvam nosso país em um conflito internacional.
Celso Amorim - ministro das Relações Exteriores, alegou que não sabia que Zelaya pretendia procurar abrigo na embaixada brasileira. Só tomou conhecimento, através do encarregado de negócios em Honduras, quando Zelaya já se encontrava dentro da embaixada.
Ora, custa acreditar que um encarregado de negócios pudesse, isoladamente, tomar a decisão de conceder o refúgio. Até mesmo para o subsecretário do ministério isso seria difícil. Ou nosso ministro está muito mal informado, ou a história não bate.
Agora, após a concessão do refúgio, cabe ao governo brasileiro estabelecer as regras de conduta para Zelaya. Deve proibir qualquer manifestação que coloque a situação institucional brasileira em risco.
Já se tem notícias de conflitos entre as forças do governo de Roberto Michelletti e apoiadores de Zelaya. Combates e saques pelas ruas da capital de Honduras já causaram a primeira morte.
Isso pode ser apenas o começo. A atitude da chancelaria brasileira envolveu nosso país em um conflito absolutamente desnecessário.
Que seja encontrada uma solução no menor espaço de tempo possível, para que mais vidas não se percam.
Como diz o ditado, quem quebrou que arrume.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Cães sob ataque..
Hoje fujo um pouco do tema, para abordar um assunto polêmico.
Foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, o projeto 41/2000 que trata das regras para propriedade, posse, guarda e transporte de animais.
Apesar da abrangência, há toda uma nova leitura, principalmente no capítulo dos chamados cães perigosos.
De acordo com o novo texto, além da responsabilidade penal por danos físicos e materiais decorrentes de ataques ou agressões dos animais, o proprietário ou guardador ficará sujeito à responsabilidade civil.
Pelas emendas recebidas, o projeto voltará a Câmara para depois seguir para aprovação presidencial.
No entanto,mais que oportuno, o projeto é urgente e essencial.
São inúmeros os casos relatados pela imprensa de mortes e graves lesões, causadas pelos ataques de cães ferozes. Em muitos deles, a vitima é o próprio dono ou familiares.
No Brasil está proibido o porte de armas de fogo. Previsto em lei, aquele que é pego portando uma arma é imediatamente preso. Proteção a vida das outras pessoas, contenção da violência.
Ao contrário dos cães assassinos, que atacam sem o menor aviso ou estímulo dos seus donos, nunca se soube de um revólver que disparasse sozinho.
Se portar uma arma leva à cadeia, porque um animal agressor não deve levar à prisão o seu dono?
Para o dono desse tipo de animal, o deles é sempre inofensivo, só reagem a provocações. São dóceis e alegres.
Você já ouviu, alguma vez, alguém dizer que uma criança foi salva por um pit bull ou rotteweiler?
Não sei qual é o prazer que dá criar essas "máquinas de ataque". Como gosto não se discute, que sejam felizes.
O que não se pode admitir é a possibilidade das pessoas serem atacadas por esses animais.
Principalmente deixando seus donos impunes.
Foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, o projeto 41/2000 que trata das regras para propriedade, posse, guarda e transporte de animais.
Apesar da abrangência, há toda uma nova leitura, principalmente no capítulo dos chamados cães perigosos.
De acordo com o novo texto, além da responsabilidade penal por danos físicos e materiais decorrentes de ataques ou agressões dos animais, o proprietário ou guardador ficará sujeito à responsabilidade civil.
Pelas emendas recebidas, o projeto voltará a Câmara para depois seguir para aprovação presidencial.
No entanto,mais que oportuno, o projeto é urgente e essencial.
São inúmeros os casos relatados pela imprensa de mortes e graves lesões, causadas pelos ataques de cães ferozes. Em muitos deles, a vitima é o próprio dono ou familiares.
No Brasil está proibido o porte de armas de fogo. Previsto em lei, aquele que é pego portando uma arma é imediatamente preso. Proteção a vida das outras pessoas, contenção da violência.
Ao contrário dos cães assassinos, que atacam sem o menor aviso ou estímulo dos seus donos, nunca se soube de um revólver que disparasse sozinho.
Se portar uma arma leva à cadeia, porque um animal agressor não deve levar à prisão o seu dono?
Para o dono desse tipo de animal, o deles é sempre inofensivo, só reagem a provocações. São dóceis e alegres.
Você já ouviu, alguma vez, alguém dizer que uma criança foi salva por um pit bull ou rotteweiler?
Não sei qual é o prazer que dá criar essas "máquinas de ataque". Como gosto não se discute, que sejam felizes.
O que não se pode admitir é a possibilidade das pessoas serem atacadas por esses animais.
Principalmente deixando seus donos impunes.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Bola dentro de Serra
O governador de São Paulo - José Serra, viu o seu arremesso cair e marcar dois pontos. Na mesma "canetada", assegurou e ampliou a possibilidade da população carente do estado, de poder contar com um atendimento digno nos hospitais públicos.
Ao vetar a proposta da deputada Maria Lucia Amary - que estipulava que os hospitais públicos poderiam reservar 25% dos seus atendimentos para o setor privado (planos de saúde), vetou também a possibilidade de ser criada uma brecha para um atendimento privilegiado, que com certeza reduziria ainda mais as chances de atendimento dos mais necessitados.
Com a assinatura da lei complementar 1.095, Serra também estendeu a possibilidade dos hospitais antigos serem terceirizados, através das OSs - Organizações Sociais de Saúde, que tem apresentado um bom desempenho em áreas que o setor público é absolutamente ineficiente.
Ampliou ainda mais. Agora também serão incluídas no processo, as unidades públicas das áreas de esportes e amparo a pessoas com deficiência.
Como dito anteriormente, não se mexe em time que está ganhando.
Que se busque uma outra solução para cobrar dos planos de saúde, as contas que eles- muito espertamente, deixam "penduradas" nos hospitais públicos.
Ao vetar a proposta da deputada Maria Lucia Amary - que estipulava que os hospitais públicos poderiam reservar 25% dos seus atendimentos para o setor privado (planos de saúde), vetou também a possibilidade de ser criada uma brecha para um atendimento privilegiado, que com certeza reduziria ainda mais as chances de atendimento dos mais necessitados.
Com a assinatura da lei complementar 1.095, Serra também estendeu a possibilidade dos hospitais antigos serem terceirizados, através das OSs - Organizações Sociais de Saúde, que tem apresentado um bom desempenho em áreas que o setor público é absolutamente ineficiente.
Ampliou ainda mais. Agora também serão incluídas no processo, as unidades públicas das áreas de esportes e amparo a pessoas com deficiência.
Como dito anteriormente, não se mexe em time que está ganhando.
Que se busque uma outra solução para cobrar dos planos de saúde, as contas que eles- muito espertamente, deixam "penduradas" nos hospitais públicos.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
As falas de Lula
Frases de efeito, adequação de estatísticas, incorreções e uma grande viagem de ego, são algumas das percepções deixadas na entrevista do presidente Lula, realizada e publicada pelo jornal Valor Econômico.
Destaque para a usual capacidade do nosso presidente em transformar a informação a seu favor, coisa de quem aprendeu o ofício da comunicação nos palcos da vida, exercício contínuo na sua trajetória política, haja visto os índices de popularidade que continua mantendo.
Algumas vezes ele se mostra tomado pelo espírito getulista ao propor a Consolidação das Leis Sociais, outras vezes de um chavismo perigoso, ao conclamar as empresas privadas a carregar a bandeira nacionalista, á margem do interesse dos próprios acionistas.
Dizer que quem sustentou a crise foi o governo e o povo pobre, é tentar ganhar a glória de um gol que ele não fez, pelo menos, não sozinho. Em primeiro lugar, o sustento da crise teve por alicerce, os sólidos fundamentos da nossa economia, coisa que não é devida ao seu governo, cujo grande mérito foi dar prosseguimento aos planos executados em governos passados. O que realmente sustentou o Brasil foi o consumo. Ele sim fez a máquina continuar girando.
Agora parece que Lula tomou consciência que o tal mega show do PAC terá que ter sua data adiada.
Muito pouco foi feito. As obras se arrastam pelos caminhos da burocracia e da politica. Assim sendo, já propõe um novo PAC para o quadriênio de 2011-2015. Com o anterior paralisado, a troca pelo novo é sempre uma maneira de adiar.
Considerar a extinção da CPMF como uma das desonerações do seu governo é uma obra de arte.
É como dizer que o filho pediu o castigo para o pai.
Segundo Lula, o papel do Estado é o de induzir e fiscalizar, nunca o de gerenciar, tornando-se o administrador.
Levando-se em conta suas últimas incursões na Petrobrás e na Vale, parece que o discurso está desencontrado. Talvez seja esse o ponto. A culpa não é do seu governo, os erros não são seus . Nós é que não temos a capacidade de entender.
Quem sabe até por um problema de edição. Afinal, no seu caso, a fala nunca bate com a legenda.
Destaque para a usual capacidade do nosso presidente em transformar a informação a seu favor, coisa de quem aprendeu o ofício da comunicação nos palcos da vida, exercício contínuo na sua trajetória política, haja visto os índices de popularidade que continua mantendo.
Algumas vezes ele se mostra tomado pelo espírito getulista ao propor a Consolidação das Leis Sociais, outras vezes de um chavismo perigoso, ao conclamar as empresas privadas a carregar a bandeira nacionalista, á margem do interesse dos próprios acionistas.
Dizer que quem sustentou a crise foi o governo e o povo pobre, é tentar ganhar a glória de um gol que ele não fez, pelo menos, não sozinho. Em primeiro lugar, o sustento da crise teve por alicerce, os sólidos fundamentos da nossa economia, coisa que não é devida ao seu governo, cujo grande mérito foi dar prosseguimento aos planos executados em governos passados. O que realmente sustentou o Brasil foi o consumo. Ele sim fez a máquina continuar girando.
Agora parece que Lula tomou consciência que o tal mega show do PAC terá que ter sua data adiada.
Muito pouco foi feito. As obras se arrastam pelos caminhos da burocracia e da politica. Assim sendo, já propõe um novo PAC para o quadriênio de 2011-2015. Com o anterior paralisado, a troca pelo novo é sempre uma maneira de adiar.
Considerar a extinção da CPMF como uma das desonerações do seu governo é uma obra de arte.
É como dizer que o filho pediu o castigo para o pai.
Segundo Lula, o papel do Estado é o de induzir e fiscalizar, nunca o de gerenciar, tornando-se o administrador.
Levando-se em conta suas últimas incursões na Petrobrás e na Vale, parece que o discurso está desencontrado. Talvez seja esse o ponto. A culpa não é do seu governo, os erros não são seus . Nós é que não temos a capacidade de entender.
Quem sabe até por um problema de edição. Afinal, no seu caso, a fala nunca bate com a legenda.
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terça-feira, 15 de setembro de 2009
Os bancos não tem memória...
A vantagem do tempo vivido reside no fato, que com o passar dos anos, acumulamos conhecimento e experiência, que nos permitem resolver e até mesmo evitar situações que possam nos expor a situações de risco.
Para instituições centenárias como os bancos, parece que isso não é verdade.
Os maiores bancos do mundo, representados através da associação IIF - Instituto de Finanças Internacionais, já começam o trabalho de lobby e pressão, na tentativa de convencer os líderes do G-20, a não adotarem iniciativas de regulação e limites para o setor bancário.
É inacreditável a postura dos bancos. Agem como se não tivessem tido a menor participação em toda a crise mundial. Como se não fosse a falta de um controle maior pelo estado, que permitiu a bandalheira de empréstimos sem garantia real, da venda de "fumaça".
E o que é pior. Como se tudo houvesse ocorrido em um passado distante e o mundo já navegasse em mar calmo.
A crise ainda está aí. Não importa o formato que os economistas escolham. Se é em V, W, ou como eu mesmo definiria, levando-se em conta a modernidade, em www. Ela ainda não acabou.
Barack Obama afirma em seus discursos, que não permitirá a volta a era do comportamento de alto risco, que sempre deixa para os contribuintes, o ônus do resgate das instituições.
Mas como diz o título de um filme, o perigo é real e imediato.
Sabemos a força e o poder dos bancos e a criatividade de Wall Street. Mais do que isso, sabemos o tamanho da ganância humana. Da sua natureza, sempre a querer ganhar mais e mais.
E como dizia um outro filme antigo:
"Remember.....Lehman Brothers!"
Para instituições centenárias como os bancos, parece que isso não é verdade.
Os maiores bancos do mundo, representados através da associação IIF - Instituto de Finanças Internacionais, já começam o trabalho de lobby e pressão, na tentativa de convencer os líderes do G-20, a não adotarem iniciativas de regulação e limites para o setor bancário.
É inacreditável a postura dos bancos. Agem como se não tivessem tido a menor participação em toda a crise mundial. Como se não fosse a falta de um controle maior pelo estado, que permitiu a bandalheira de empréstimos sem garantia real, da venda de "fumaça".
E o que é pior. Como se tudo houvesse ocorrido em um passado distante e o mundo já navegasse em mar calmo.
A crise ainda está aí. Não importa o formato que os economistas escolham. Se é em V, W, ou como eu mesmo definiria, levando-se em conta a modernidade, em www. Ela ainda não acabou.
Barack Obama afirma em seus discursos, que não permitirá a volta a era do comportamento de alto risco, que sempre deixa para os contribuintes, o ônus do resgate das instituições.
Mas como diz o título de um filme, o perigo é real e imediato.
Sabemos a força e o poder dos bancos e a criatividade de Wall Street. Mais do que isso, sabemos o tamanho da ganância humana. Da sua natureza, sempre a querer ganhar mais e mais.
E como dizia um outro filme antigo:
"Remember.....Lehman Brothers!"
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
O perigo estatizante
Parece que o governo do presidente Lula quer, cada vez mais, ampliar o controle sobre os mais variados setores da política e economia brasileira.
O seu poder sobre o Legislativo é inegável.A casa tem se mostrado absolutamente serviente aos rumos e diretrizes estabelecidos pelo Executivo.
Agora, após estabelecer os novos planos de crescimento e investimentos da Petrobrás, parte para cima da Vale.
A convocação do Palácio do Planalto para que Roger Agnelli - presidente da Vale, tivesse uma "conversa de pé de orelha" com Lula, na verdade não passou de uma grande pressão para que a Vale repensasse seus investimentos e a sua posição de não atuar na construção de siderúrgicas.
As notícias desencontradas de que o empresário Eike Batista, após conversa com o ministro da Fazenda Guido Mantega, apresentou uma proposta de R$ 9 bilhões para comprar a parte do Bradesco na Vale, serviu para colocar mais calor no assunto.
O Bradesco negou dizendo estar muito satisfeito com o retorno que tem obtido com seu investimento na Vale.
Em todo esse imbrólio, deve ser lembrado que a indicação de Agnelli para a presidência da companhia partiu do próprio Bradesco. A saída do banco do bloco de controle da mineradora, enfraqueceria ainda mais a posição de Agnelli no comando.
Legislativo, Petrobrás, Vale, algumas escaramuças com o Judiciário, qual será o próximo passo?
Lobão -ministro das Minas e Energia informou que deve ser incluído no novo código de mineração, a criação de um novo fundo social, a ser alimentado através de aumentos dos royalties pagos pelo setor.
A Eletrobrás ja avisou que nos próximos leilões de concessão e geração de energia estará participando para ganhar. Essa disputa, mais do que ajudar, atrapalha. Amedronta e afasta os investimentos privados.Até o ressurgimento da Telebrás já está sendo cogitado. O que mais virá por aí?
Pelo visto o governo do presidente Lula busca uma volta ao passado.
Um tempo de estatais ineficientes, pesadas e prestando um péssimo serviço a população.
É a contra mão de todo o sucesso obtido por nossa economia. Sucesso que só foi alcançado pela competência do trabalho das empresas privatizadas.
Claro que o governo deve exercer o controle e a fiscalização das atividades. Traçar os limites entre o possível e o permitido. Coibir abusos e desrespeitos a lei a aos princípios de mercado.
Essa é a sua função. Estabelecer as regras e o campo de jogo.
O erro acontece quando ele quer se tornar também o jogador.
O seu poder sobre o Legislativo é inegável.A casa tem se mostrado absolutamente serviente aos rumos e diretrizes estabelecidos pelo Executivo.
Agora, após estabelecer os novos planos de crescimento e investimentos da Petrobrás, parte para cima da Vale.
A convocação do Palácio do Planalto para que Roger Agnelli - presidente da Vale, tivesse uma "conversa de pé de orelha" com Lula, na verdade não passou de uma grande pressão para que a Vale repensasse seus investimentos e a sua posição de não atuar na construção de siderúrgicas.
As notícias desencontradas de que o empresário Eike Batista, após conversa com o ministro da Fazenda Guido Mantega, apresentou uma proposta de R$ 9 bilhões para comprar a parte do Bradesco na Vale, serviu para colocar mais calor no assunto.
O Bradesco negou dizendo estar muito satisfeito com o retorno que tem obtido com seu investimento na Vale.
Em todo esse imbrólio, deve ser lembrado que a indicação de Agnelli para a presidência da companhia partiu do próprio Bradesco. A saída do banco do bloco de controle da mineradora, enfraqueceria ainda mais a posição de Agnelli no comando.
Legislativo, Petrobrás, Vale, algumas escaramuças com o Judiciário, qual será o próximo passo?
Lobão -ministro das Minas e Energia informou que deve ser incluído no novo código de mineração, a criação de um novo fundo social, a ser alimentado através de aumentos dos royalties pagos pelo setor.
A Eletrobrás ja avisou que nos próximos leilões de concessão e geração de energia estará participando para ganhar. Essa disputa, mais do que ajudar, atrapalha. Amedronta e afasta os investimentos privados.Até o ressurgimento da Telebrás já está sendo cogitado. O que mais virá por aí?
Pelo visto o governo do presidente Lula busca uma volta ao passado.
Um tempo de estatais ineficientes, pesadas e prestando um péssimo serviço a população.
É a contra mão de todo o sucesso obtido por nossa economia. Sucesso que só foi alcançado pela competência do trabalho das empresas privatizadas.
Claro que o governo deve exercer o controle e a fiscalização das atividades. Traçar os limites entre o possível e o permitido. Coibir abusos e desrespeitos a lei a aos princípios de mercado.
Essa é a sua função. Estabelecer as regras e o campo de jogo.
O erro acontece quando ele quer se tornar também o jogador.
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009
A César o que é de César.
Certas coisas na vida tomam um rumo inesperado, adquirindo uma proporção muito maior do que deveria, principalmente se levarmos em conta, a pauta de problemas, que nós brasileiros temos que resolver.
É a história de confundir para atrapalhar ou atrapalhar para confundir.
Ambiente ideal para a discussão do caso Cesare Battisti.
O STF - Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte brasileira, gastando horas e horas de trabalho, decidindo a permanência ou extradição do Brasil, desse cidadão italiano.
Claro que não considero aqui, todas as questões que compõe o cenário do julgamento, tais como, a soberania do Estado, tratados internacionais, direito a refúgio e que tais.Não por não atribuir a elas a devida importância, e sim, por achar que não se aplicam nesse caso.
Vamos estabelecer os principais fatos:
- Battisti foi condenado na Itália por envolvimento com morte de pessoas do povo - açougueiro e um joalheiro, sem nenhuma conotação política.
- está foragido desde 1981
- entrou no Brasil em 2.004, ilegalmente e com documentos falsos
- foi preso em 2.007 e só depois disso entrou com pedido de refúgio político
Ora, a Itália é um país absolutamente democrático, não havendo porque de duvidarmos da qualidade e lisura do seu julgamento.
Battisti é um cidadão italiano e, até onde se sabe, não gerou por aqui nenhum "filho greencard".
Caso ele realmente se achasse um perseguido político, porque não entrou com o pedido de asilo assim que chegou ao Brasil?
Em uma visão mais ampla, o que está sendo discutido, é dar asilo político a uma pessoa que foi não apenas julgada e condenada pela justiça italiana, mas um criminoso também perante a justiça brasileira.
Sim, entrar no Brasil ilegalmente e portar documentos falsos é crime. Portanto, passível de prisão também em terras brasileiras.
Como nossas prisões estão superlotadas e o tempero da comida da cadeia possa fazer mal ao seu paladar europeu, que tal mandarmos ele de volta para a sua querida Itália?
Vamos dar foco ao que necessita e carece de importância, Vamos resolver e não arrumar novos problemas.
Enfim, vamos dar a Cesare o que é de Cesare.
O bilhete de volta.
É a história de confundir para atrapalhar ou atrapalhar para confundir.
Ambiente ideal para a discussão do caso Cesare Battisti.
O STF - Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte brasileira, gastando horas e horas de trabalho, decidindo a permanência ou extradição do Brasil, desse cidadão italiano.
Claro que não considero aqui, todas as questões que compõe o cenário do julgamento, tais como, a soberania do Estado, tratados internacionais, direito a refúgio e que tais.Não por não atribuir a elas a devida importância, e sim, por achar que não se aplicam nesse caso.
Vamos estabelecer os principais fatos:
- Battisti foi condenado na Itália por envolvimento com morte de pessoas do povo - açougueiro e um joalheiro, sem nenhuma conotação política.
- está foragido desde 1981
- entrou no Brasil em 2.004, ilegalmente e com documentos falsos
- foi preso em 2.007 e só depois disso entrou com pedido de refúgio político
Ora, a Itália é um país absolutamente democrático, não havendo porque de duvidarmos da qualidade e lisura do seu julgamento.
Battisti é um cidadão italiano e, até onde se sabe, não gerou por aqui nenhum "filho greencard".
Caso ele realmente se achasse um perseguido político, porque não entrou com o pedido de asilo assim que chegou ao Brasil?
Em uma visão mais ampla, o que está sendo discutido, é dar asilo político a uma pessoa que foi não apenas julgada e condenada pela justiça italiana, mas um criminoso também perante a justiça brasileira.
Sim, entrar no Brasil ilegalmente e portar documentos falsos é crime. Portanto, passível de prisão também em terras brasileiras.
Como nossas prisões estão superlotadas e o tempero da comida da cadeia possa fazer mal ao seu paladar europeu, que tal mandarmos ele de volta para a sua querida Itália?
Vamos dar foco ao que necessita e carece de importância, Vamos resolver e não arrumar novos problemas.
Enfim, vamos dar a Cesare o que é de Cesare.
O bilhete de volta.
Como segurar o ar?
Chega a ser engraçada a tentativa do Legislativo de estabelecer regras e censura a internet nos períodos pré eleitorais.Será que eles inventaram um máquina de segurar fumaça?
Como criar medidas restritivas á um meio que tem se mostrado tão democrático e livre?
As redes sociais e os blogs se multiplicam em proporções geométricas. Manifestações, espontâneas ou não, são colocadas em sites das mais variadas tendências e matizes.
A possibilidade de sites serem construídos de fora para dentro é de 100%. Como impedir o efeito Paraguai.com? Entrevistas, declarações e pesquisas podem ser postadas a qualquer hora, em qualquer parte do mundo.
Que digam os chineses.
Como criar medidas restritivas á um meio que tem se mostrado tão democrático e livre?
As redes sociais e os blogs se multiplicam em proporções geométricas. Manifestações, espontâneas ou não, são colocadas em sites das mais variadas tendências e matizes.
A possibilidade de sites serem construídos de fora para dentro é de 100%. Como impedir o efeito Paraguai.com? Entrevistas, declarações e pesquisas podem ser postadas a qualquer hora, em qualquer parte do mundo.
Claro que no caso da publicidade paga o controle tem que existir. Deve ser de domínio público quem paga a conta. Assim como essa despesa deve fazer parte dos gastos de campanha.
Rádio e televisão são concessões do estado, jornais e revistas tem endereço fixo. É possível estabelecer medidas claras de controle. Mas, e na web?
Na web já fica mais difícil.Que digam os chineses.
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Vivendi, uma proposta que dá linha..
Muito boa a "tacada" do grupo francês Vivendi ao fazer sua oferta de compra das ações da operadora de telefonia GVT.
Com o "core business" centrado na mídia, a Vivendi é controladora da Universal Music e da produtora e operadora de tv francesa Canal+. Possue ainda a SFR - operadora de telefonia móvel na França e a Maroc Telecom, que opera a telefonia fixa e móvel em Marrocos, o que demonstra que ela não está percorrendo esse caminho pela primeira vez..
Na verdade a Vivendi faz o caminho inverso das principais operadoras brasileiras. Enquanto nossas empresas começam a dar os primeiros passos para agregar conteúdo para distribuição, a Vivendi chega para comprar a distribuição para o seu conteúdo.
Inverte-se a história.É o conteúdo comprando o meio.
Ainda é cedo para avaliarmos o resultado desse jogo. Novos segmentos e projetos deverão ser melhor testados e avaliados. Os processos de análises de compra e parcerias por parte das telefonicas serão acelerados. Pela primeira vez constataram que o balcão tem dois lados.
Quem sabe isso não sirva de inspiração para os grandes grupos internacionais de mídia, que atravessam uma fase das mais negras. Quem sabe isso não sirva de alerta para conscientização do qual é realmente o produto por eles fabricado.
Conteúdo. Essa é a moeda! O resto é meio.
Com o "core business" centrado na mídia, a Vivendi é controladora da Universal Music e da produtora e operadora de tv francesa Canal+. Possue ainda a SFR - operadora de telefonia móvel na França e a Maroc Telecom, que opera a telefonia fixa e móvel em Marrocos, o que demonstra que ela não está percorrendo esse caminho pela primeira vez..
Na verdade a Vivendi faz o caminho inverso das principais operadoras brasileiras. Enquanto nossas empresas começam a dar os primeiros passos para agregar conteúdo para distribuição, a Vivendi chega para comprar a distribuição para o seu conteúdo.
Inverte-se a história.É o conteúdo comprando o meio.
Ainda é cedo para avaliarmos o resultado desse jogo. Novos segmentos e projetos deverão ser melhor testados e avaliados. Os processos de análises de compra e parcerias por parte das telefonicas serão acelerados. Pela primeira vez constataram que o balcão tem dois lados.
Quem sabe isso não sirva de inspiração para os grandes grupos internacionais de mídia, que atravessam uma fase das mais negras. Quem sabe isso não sirva de alerta para conscientização do qual é realmente o produto por eles fabricado.
Conteúdo. Essa é a moeda! O resto é meio.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
A saúde pública estadual sob risco
A aprovação anteontem pela Assembléia Legislativa de São Paulo de um projeto de lei, que permite aos hospitais públicos da rede estadual serem terceirizados e autorizados a cobrar o atendimento a pacientes que tenham planos de saúde, é no mínimo preocupante.
Principalmente se levarmos em conta, o sucesso alcançado até agora pelas OSS - Organizações Sociais de Saúde, origem de todo o processo de terceirização dos hospitais do estado.
Criadas através de lei estadual em 1998 - no governo Mario Covas, as OSS- cuja função é trazer a expertise privada para a administração pública, apresentam como princípios, a gestão sem fins lucrativos e o atendimento 100% SUS.Os números obtidos em economia do erário estadual e na qualidade e melhoria do atendimento, somados a satisfação da população atendida, traduzem o êxito da iniciativa.
Agora, pelo projeto aprovado, tanto as OSS ( implantadas apenas em novos hospitais), como os hospitais estaduais mais antigos, poderão destinar 25% dos leitos e atendimentos a pacientes particulares e com planos de saúde, claro, que com a devida cobrança.
Segundo se comenta, a razão que tem elevado o governo de São Paulo a tomar essa atitude, é que da soma total de pacientes atendidos pela rede, 30% possuem planos de saúde. Economia para os planos, gastos para o estado.
Mas, muitas dúvidas precisam ser esclarecidas.
A receita obtida com essas cobranças vai reverter para o próprio sistema de saúde?
Vai ser um fator redutor das atuais despesas ou recurso para novos investimentos?
Vai servir para ampliação e melhoria do atendimento nas próprias unidades geradoras dos recursos?
Haverá a criação de alas com quartos e atendimento diferenciados para aqueles que pagam pelos serviços?
A medida não agravará ainda mais o já precário atendimento da população carente?
Qualquer que sejam as respostas, mais uma vez ficamos com a sensação que está se mexendo em uma coisa que começava a dar certo.
Quanto mais a balança pender para o atendimento aos pagantes, mais longe ficamos do conceito da benemerência, da proteção devida e indispensável daqueles que nada possuem.
Uma população que é sempre tratada como de segunda classe, corre agora o risco de receber o mesmo tratamento dentro das únicas alternativas que ainda lhe restam.
Na comparação pagante e não pagante, quem será o primeiro a ser atendido? Quem vai ter a sua internação garantida?
Hoje a fila é a mesma. E amanhã?
Uma das máximas do futebol - não mexer em time que está ganhando, parece que não tem aderência nas fileiras do governo. Pelo visto, sempre se pode piorar.
Hoje liberamos 25 % do atendimento. Amanhã, sob o pretexto de maiores investimentos na rede hospitalar, passamos á 50%. E aí?
Trazer o conhecimento da administração privada para a coisa pública é louvável. O que não podemos é privatizar a saúde, adotando todas as regras do "negócio".
Vamos aguardar os próximos passos com atenção
Principalmente se levarmos em conta, o sucesso alcançado até agora pelas OSS - Organizações Sociais de Saúde, origem de todo o processo de terceirização dos hospitais do estado.
Criadas através de lei estadual em 1998 - no governo Mario Covas, as OSS- cuja função é trazer a expertise privada para a administração pública, apresentam como princípios, a gestão sem fins lucrativos e o atendimento 100% SUS.Os números obtidos em economia do erário estadual e na qualidade e melhoria do atendimento, somados a satisfação da população atendida, traduzem o êxito da iniciativa.
Agora, pelo projeto aprovado, tanto as OSS ( implantadas apenas em novos hospitais), como os hospitais estaduais mais antigos, poderão destinar 25% dos leitos e atendimentos a pacientes particulares e com planos de saúde, claro, que com a devida cobrança.
Segundo se comenta, a razão que tem elevado o governo de São Paulo a tomar essa atitude, é que da soma total de pacientes atendidos pela rede, 30% possuem planos de saúde. Economia para os planos, gastos para o estado.
Mas, muitas dúvidas precisam ser esclarecidas.
A receita obtida com essas cobranças vai reverter para o próprio sistema de saúde?
Vai ser um fator redutor das atuais despesas ou recurso para novos investimentos?
Vai servir para ampliação e melhoria do atendimento nas próprias unidades geradoras dos recursos?
Haverá a criação de alas com quartos e atendimento diferenciados para aqueles que pagam pelos serviços?
A medida não agravará ainda mais o já precário atendimento da população carente?
Qualquer que sejam as respostas, mais uma vez ficamos com a sensação que está se mexendo em uma coisa que começava a dar certo.
Quanto mais a balança pender para o atendimento aos pagantes, mais longe ficamos do conceito da benemerência, da proteção devida e indispensável daqueles que nada possuem.
Uma população que é sempre tratada como de segunda classe, corre agora o risco de receber o mesmo tratamento dentro das únicas alternativas que ainda lhe restam.
Na comparação pagante e não pagante, quem será o primeiro a ser atendido? Quem vai ter a sua internação garantida?
Hoje a fila é a mesma. E amanhã?
Uma das máximas do futebol - não mexer em time que está ganhando, parece que não tem aderência nas fileiras do governo. Pelo visto, sempre se pode piorar.
Hoje liberamos 25 % do atendimento. Amanhã, sob o pretexto de maiores investimentos na rede hospitalar, passamos á 50%. E aí?
Trazer o conhecimento da administração privada para a coisa pública é louvável. O que não podemos é privatizar a saúde, adotando todas as regras do "negócio".
Vamos aguardar os próximos passos com atenção
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
Bradesco, olha as uvas Bradesco!
As justificativas apresentadas por Luiz Carlos Trabuco - presidente do Bradesco, pelo fim das negociações com a Porto Seguro, demonstram o grande mal estar que paira na sede do banco em Osasco.
Mal agravado pelo poderoso rival Itaú Unibanco, que em mais um lance de rapidez, ousadia e oportunismo, fechou em poucas horas o acordo que o coloca (e a Porto Seguro), na segunda posição do mercado de seguros brasileiro. Perto, mas muito perto mesmo da liderança do Bradesco.
Segundo o ranking da Austin Rating, no acumulado até junho, em Negócios de Seguros, Previdência e Capitalização, 23,1% do mercado está nas mãos do Bradesco. Em 2º lugar, com 16,4% está o Itaú, que se somar os 6,5% de participação da Porto Seguro, eleva o resultado da operação à 22,9% do mercado. O Bradesco continua na frente por apenas 0,2% de vantagem.
O constrangimento de Trabuco deve ser ainda maior, levando-se em conta que a derrota aconteceu no terreno que ele mais domina. Antes de assumir o comando do banco, ocupou por vários anos a cadeira da presidência da Bradesco Seguros.
Explicar uma derrota é como explicar uma piada. por mais jeito que se tenha, sempre vai parecer sem graça.
Na verdade, a distância para o Itaú só tem aumentado nesses últimos tempos.
Mesmo o grande esforço de mídia feito pelo Banco do Brasil, para anunciar a retomada do 1º lugar entre os bancos no primeiro semestre, provavelmente não resistirá ao fechamento do balanço 2.009.
O provisionamento para créditos duvidosos lançados pelo Itaú em seu balanço semestral- muito superior ao do Banco do Brasil, deve ajudar os números no fechamento do ano e , por consequência, a volta ao primeiro posto.
Assim, as explicações do Bradesco nos fizeram lembrar uma antiga fábula de Esopo - A raposa e as uvas. A raposa após várias tentativas de alcançar as uvas, desistiu deixando uma resposta " eu não queria mesmo, elas estavam verdes...."
Mal agravado pelo poderoso rival Itaú Unibanco, que em mais um lance de rapidez, ousadia e oportunismo, fechou em poucas horas o acordo que o coloca (e a Porto Seguro), na segunda posição do mercado de seguros brasileiro. Perto, mas muito perto mesmo da liderança do Bradesco.
Segundo o ranking da Austin Rating, no acumulado até junho, em Negócios de Seguros, Previdência e Capitalização, 23,1% do mercado está nas mãos do Bradesco. Em 2º lugar, com 16,4% está o Itaú, que se somar os 6,5% de participação da Porto Seguro, eleva o resultado da operação à 22,9% do mercado. O Bradesco continua na frente por apenas 0,2% de vantagem.
O constrangimento de Trabuco deve ser ainda maior, levando-se em conta que a derrota aconteceu no terreno que ele mais domina. Antes de assumir o comando do banco, ocupou por vários anos a cadeira da presidência da Bradesco Seguros.
Explicar uma derrota é como explicar uma piada. por mais jeito que se tenha, sempre vai parecer sem graça.
Na verdade, a distância para o Itaú só tem aumentado nesses últimos tempos.
Mesmo o grande esforço de mídia feito pelo Banco do Brasil, para anunciar a retomada do 1º lugar entre os bancos no primeiro semestre, provavelmente não resistirá ao fechamento do balanço 2.009.
O provisionamento para créditos duvidosos lançados pelo Itaú em seu balanço semestral- muito superior ao do Banco do Brasil, deve ajudar os números no fechamento do ano e , por consequência, a volta ao primeiro posto.
Assim, as explicações do Bradesco nos fizeram lembrar uma antiga fábula de Esopo - A raposa e as uvas. A raposa após várias tentativas de alcançar as uvas, desistiu deixando uma resposta " eu não queria mesmo, elas estavam verdes...."
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